sábado, 16 de janeiro de 2021

Borodin-Sinfonia nº1 em mi bemol maior

Em 1869 a 16 de janeiro Alexander Borodin estreia em St. Petersburgo a sua Sinfonia nº1 em mi bemol maior 

 A Sinfonia nº 1 em mi bemol maior de Alexander Borodin é uma obra notável que reflete o talento de um compositor autodidata e o espírito da música russa do século XIX.

 Composta entre 1862 e 1867, a sinfonia marca a estreia de Borodin como compositor de música orquestral, equilibrando elementos da tradição sinfônica ocidental com traços distintivamente russos. 

 Características principais: 
Influência Ocidental e Russa: Embora Borodin tenha sido fortemente influenciado por compositores como Mendelssohn e Beethoven, o seu interesse pelas melodias folclóricas russas já se faz sentir. 
O uso de escalas exóticas e modos típicos da música russa sugere o início de sua contribuição ao movimento nacionalista, liderado pelo grupo conhecido como Os Cinco. 

 Estrutura Clássica: A sinfonia segue a forma tradicional em quatro movimentos:

 Allegro vivo: Um primeiro movimento animado com temas vigorosos. 
Andante: Lírica e introspectiva, com um caráter poético. 
Scherzo (Presto): Vivaz e brilhante, com passagens que mostram o virtuosismo orquestral. 
Finale (Allegro molto vivace): Energético e triunfante, sugerindo o otimismo da juventude de Borodin. 

Harmonia e Orquestração: 
Apesar de Borodin ainda não ter atingido a maturidade estilística de suas obras posteriores, como a Sinfonia nº 2 ou as Danças Polovetsianas da ópera Príncipe Igor, esta sinfonia já demonstra sua habilidade em orquestração e sua sensibilidade harmônica. 

 Recepção: A sinfonia foi bem recebida em sua estreia em 1869 e é frequentemente vista como uma peça promissora de um compositor em desenvolvimento. O próprio Borodin era muito autocrítico e continuou revisando suas obras. 


 Curiosidade: Borodin dividia seu tempo entre a composição e sua carreira como químico, o que torna ainda mais impressionante a qualidade e o impacto de sua produção musical.

Sem comentários: