quarta-feira, 31 de março de 2010

Franz Joseph Haydn

Franz Joseph Haydn nasceu em Rohrau, Baixa Áustria, a 31 de Março de 1732. De família pobre, filho de Mathias Haydn (1699-1763), um carpinteiro de carros, e de Maria Koller (1707-1754), uma cozinheira, Joseph foi o segundo de uma família de doze crianças.

Haydn foi, após instrução inicial com um mestre-escola em Hainburg (1736), admitido no coro da catedral de Santo Estevão, em Viena onde, conhecido por suas travessuras, completou a sua educação musical. Levou depois vida modesta de músico de tavernas e serenatas populares.

Através de Niccolo Porpora entrou em contacto com o grande mundo da música. Em 1759 foi nomeado director musical da câmara do conde Morzin, da Boêmia.

Em 1760, casou-se com Maria Anna Keller (1729-1800), uma mulher de pouca inteligencia e rabugenta.

Em 1761, após o casamento fracassado, deu-se um acontecimento decisivo para Haydn: foi contratado pelo príncipe Paulo António Esterházy como segundo mestre de capela em Eisentadt.

Posteriormente, instalou-se no castelo, servindo a quatro príncipes, estes grande entusiastas da música. Numa corte que pretendia rivalizar com Versalhes, Haydn tornou-se figura indispensável como director musical, tendo uma orquestra à sua disposição.

Realizava curtas viagens à Viena, onde tinha amizade com Mozart. Sob influência de L.Mozart, Haydn iniciou-se na maçonaria.

Grande parte do tempo servia ao príncipe conhecido como Nikolaus, o Magnífico, patrono que tinha uma compreensão aguçada de música e um gosto especial pelo barítono, instrumento grave de cordas, com cordas adicionais apropriadas que também podem ser dedilhadas, facto que levou o músico inglês Burney a descrevê-lo adequado somente para uma ilha deserta, onde o executante poderia dedilhar acompanhamento para si próprio.

Sua fama tornou-se internacional e, em 1791, com a morte do príncipe, adquiriu uma liberdade que era antes limitada.

Conheceu grandes sucessos em Londres, onde estagiou um ano e meio e apresentou seis novas sinfonias (n.ºs 93-98), a convite do empresário Salomon. Em Oxford, recebeu o título de doutor honoris causa. Em seu retorno à Viena, encontrou-se com Beethoven, que alguns meses mais tarde se tornaria seu aluno.

Em nova viagem para a Inglaterra (1794), ouviu os oratórios de Händel, e compôs e dirigiu as suas últimas sinfonias (n.ºs 99-104). Ao regressar, passou por Hamburgo com a esperança de conhecer C.P.E.Bach, sem saber que este havia morrido há sete anos.

Seus últimos anos em Viena foram de actividade intensa, como compositor oficial do império. Terminou seus dias cercado de constantes visitas, admiração e respeito, transmitindo seus ensinamentos aos jovens, dentre os quais o mais ilustre foi Beethoven.

Haydn morreu a 31 de Maio de 1809, ao ser a cidade ocupada pelas tropas de Napoleão, e foram os próprios oficiais franceses que formaram a guarda de honra no seu enterro. No decorrer de uma importante cerimonia em sua memória, no dia 15 de junho de 1809, foi executado o Requiem de seu amigo Mozart.

  • Caracterização
Haydn é o iniciador de uma nova fase na história da música. Não foi homem de grande cultura, mas de rara inteligência musical. Sua experiência em conjuntos ambulantes, nas ruas, onde era impossível o acompanhamento de baixo contínuo, levou-o a compreender a auto-suficiência do conjunto instrumental de cordas. Com a sua obra se desenvolve uma nova polifonia instrumental, sem o apoio harmónico do baixo contínuo.

Seu princípio construtivo será a forma-sonata, que teve precursor mais ilustre C.P.E.Bach. Esse esquema construtivo (exposição, modificação tonal e recapitulação, com desenvolvimento de temas constantes), torna-se a base da música instrumental de Haydn. Nela a forma-sonata se aperfeiçoa e se faz a pedra de toque do Classicismo vienense.

Haydn é o primeiro nome da tríade "clássica", seguido por Mozart e Beethoven. Mas não deve ser tomado por um iniciador primitivo de um estilo depois aperfeiçoado. Sua obra, ou pelo menos a parte válida de sua obra imensa, já é perfeita dentro de suas proposições. E o que se propôs foi justamente o aperfeiçoamento de uma nova linguagem musical.

Sua origem musical foi o folclore musical da Baixa Áustria, e nesse sentido sua música é inconfundivelmente austríaca, mas seu ponto de chegada, o enriquecimento da música instrumental, foi um idioma universal falado por todos os músicos modernos, e não só pelos clássicos vienenses.

  • Obra

A produção de Haydn foi imensa, abrangendo cerca de meio século de actividade. Embora tenha sido compositor essencialmente instrumental, sua produção compreende todos os géneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. À quantidade enorme se superpõe a dificuldade de, não se tendo ainda estabelecido uma edição completa de suas obras, muitas atribuições serem erróneas. Não sendo possível percorrer uma evolução cronológica, sua obra deve ser considerada em uma divisão básica: instrumental e vocal.

  • Música instrumental - Sinfonias

As secções mais importantes da música instrumental de Haydn são as sinfonias e quartetos. As primeiras sinfonias, que não sobreviveram no repertório, datam da década de 1760. Utiliza-se nelas de elementos da música barroca, conjugando, em pequenas orquestras, instrumentos de sopro e cordas. Quanto à estrutura, Haydn não tardou em adoptar a divisão em quatro movimentos: allegro, andante, minueto e segundo allegro.

A partir de 1768, atingindo a maturidade, o estilo de Haydn se transforma, tornando-se mais expressivo com o uso de modulações e contrastes entre os movimentos. Nessas obras predominam o gosto pela assimetria formal, o espirita, a nobreza aristocrática e a jovialidade popular. Entre as sinfonias que se destacam depois de 1770 estão a
  • Sinfonia n.º 48 em dó maior - Maria Teresa (1772)
  • Sinfonia n.º 63 em dó maior - RoxolaneLaudon (1778)
  • Sinfonia n.º 73 em ré maior - A caça (1781)
  • Sinfonia n.º 82 em dó maior - O urso (1786)
  • Sinfonia n.º 83 em sol menor - A galinha (1785)
  • Sinfonia n.º 85 em si bemol maior - A rainha (1786)
  • Sinfonia n.º 92 em sol maior - Oxford (1788).
  • Sinfonia n.º 69 em dó maior -
se Haydn foi de natureza complexa: homem do século aristocrático que não abandonou as raízes populares, católico ligado ao ambiente racionalista da maçonaria. Essas ambiguidadesreflectem nas tensões dramáticas de sua forma-sonata.

Suas últimas sinfonias são mais complexas, o naipe instrumental é mais diverso, com emprego da percussão e o uso de novos timbres. A influência de Mozart, nessa última fase, é evidente, mas não deve ser exagerada, tendo havido intercâmbio entre os dois mestres.

Das 12 grandes sinfonias londrinas, destacam-se a
  • Sinfonia n.º 100 em sol maior - Militar (1794)
  • Sinfonia n.º 101 em ré maior - O relógio (1794)
  • Sinfonia n.º 103 em mi bemol maior - O rufar dos tambores (1795)
  • Sinfonia n.º 104 em ré menor - Londres (1795).

Além de 104 sinfonias, Haydn escreveu dezenas de aberturas, marchas e divertimentos para pequenas orquestras, e vários concertos para cravo e orquestra. Mais importante, porém, é a sua obra de câmara.

Antes dos quartetos é preciso citar como obras muito pessoais as sonatas para piano, destacando-se a
  • Sonata para piano n.º 49 em mi bemol maior (1790).
Entre as obras de câmara tem lugar especial o
  • Trio para piano n.º 1 em si bemol maior - O cigano, cujo apelido deve-se aos seus elementos do folclore austríaco, eslavo e húngaro.
Mas foram os quartetos sua principal contribuição.

  • Música instrumental - Quartetos -
Haydn escreveu ao todo 83 quartetos. Nessas obras se dá a mais perfeita síntese inventiva entre o equilíbrio construtivo e a expressão emotiva.

São os quartetos da última fase que melhor representam o seu génio inventivo, no desenvolvimento de mutações melódicas e rítmicas. Neles é mais sensível a influência mozartiana, embora muito de sua inventividade se deva também à maturidade estilística de Haydn.

Destacam-se o
  • Quarteto n.º 1 em dó maior Op. 74 (1793),
  • Quarteto n.º 3 em sol menor Op. 74 - O cavaleiro (1793), de rico conteúdo folclórico,
  • Quarteto n.º 2 em ré menor Op. 76 - Quarteto das quintas, em geral considerado como a sua obra-prima no gênero, pela sua riqueza de contrastes,
  • Quarteto n.º 3 em dó maior Op. 76 - Imperador (1798), com variações sobre o hino alemão,
  • Quarteto n.º 4 em si bemol maior Op. 76 - Aurora (1798),
  • Quarteto n.º 5 em ré maior Op. 76
  • Quarteto do largo (1798)
  • Quarteto n.º 2 em fá maior Op. 77, de extrema gravidade em seu movimento intermediário.

  • Música vocal
Em suas obras vocais Haydn não é inovador como foi na música instrumental. Segue, relativamente, a tradição. Filho de um século profano, foi também operista.

Entre as suas óperas bufas, destaca-se
  • O boticário (1768), com texto de Carlo Goldoni.

Mas é na música litúrgica que se destaca mais. Curiosamente, embora cristão fervoroso, não fez muita distinção entre o religioso e o profano. Suas missas estão carregadas de elementos profanos, e nelas se sente a sombra do sinfonista, que se revela no contraste entre os solistas e o coro e no estilo concertante.

Eram consideradas inconvenientes para a liturgia e a sua época preferiu as missas do irmão, Michael Haydn.

As missas de Joseph Haydn, da última fase, revelam a influência de Mozart. Não tem contudo, aspecto litúrgico, mas de sinfonias corais.

A Missa em dó menor - Em época de guerra (1796) antecipa, em alguns trechos, a grande Missa Solemnis, de Beethoven.

Merecem destaque, ainda, a Missa em ré menor - Nelson (1792), de todas a que mais sobrevive, e a Missa para instrumentos de sopro em si bemol maior - Harmonia (1802).

Essa música pouco litúrgica despertou polémica em sua época. Haydn foi influenciado pelo estilo italiano de Alessandro Scarlatti, que transparece no seu Stabat Mater (1773). Sua obra coral mais famosa é

  • As sete palavras de Cristo na cruz, compostas de peças escritas originalmente para orquestra em 1785 e adaptadas para o coro em 1796, e posteriormente para quarteto de cordas.

Mais célebres ainda são os seus oratórios, do fim de sua vida.

  • A criação (1798) é a sua maior obra vocal, de grande complexidade emotiva, em sua inspiração semi-profana, semi-religiosa.
  • Mais francamente profano é As estações (1801), sobre o poema bucólico inglês de James Thomson. É obra que preludia, em alguns sentidos, a Sinfonia Pastoral, de Beethoven.

Compositor notavelmente fértil, Haydn deixou extensa obra vocal, incluindo cantatas para solo, árias, duetos, trios e quartetos vocais, e muitas canções de base folclórica, inclusive o coral que se tornou o hino nacional da Áustria.

Mas seu lugar na história da música está marcado pelas inovações que trouxe na música instrumental, desenvolvendo a forma-sonata e consolidando a estrutura de novos géneros, como a sinfonia e o quarteto.

segunda-feira, 29 de março de 2010

29 de Março

  • Em 29 de Março de 1806 Beethoven compôs a abertura Leonor nº3 op.72a, para a primeira revisão de sua ópera Fidelio, no Theater an der Wien,, sob sua própria direcção. Aqui a Bavarian Broadcast Symphony Orchestra sob direcção de Leonard Bernstei

domingo, 28 de março de 2010

28 de Março

  • Em 1940 Benjamin Britten estreia o seu Violino Concerto em ré menor Op. 15 interpreatdo perla New York Philharmonic conduzida por John Barbirolli, com Antonio Brosa como solista. Aqui a interpretação é de Janine Jansen, violino acompanhada pela  Orchestre de Paris dirigida por Paavo Järvi
  • 1ºMov.- Moderato con moto
  • 2ºMov-Vivace
  • 3ºMov.-Passacaglia: lento Andante (un poco meno mosso)

sábado, 27 de março de 2010

Ralph Vaughan William



Ralph Vaughan Williams (12 de outubro de 1872 - 26 de agosto de 1958) foi um compositor Inglês de sinfonias, música de câmara, ópera, música coral e trilhas sonoras de filmes. Ele também era um coleccionador de música folk inglesa e canções, o que também influenciou a sua abordagem editorial ao Hinário Inglês, que começou em 1904, muitos arranjos da canção folclórica foram sendo definidos como melodias de hinos, além de várias composições originais.


Ralph Vaughan Williams nasceu no dia 12 de outubro de 1872 em Down Ampney, Gloucestershire, onde seu pai, o reverendo Arthur Vaughan Williams, foi vigário. Após a morte de seu pai, em 1875, foi levado por sua mãe, Margaret Susan Wedgwood (1843-1937), a bisneta do oleiro Josiah Wedgwood, para viver com a sua família em Leith Hill Place, a casa da família Wedgwood nas North Downs . Também foi relacionado com Darwin, Charles Darwin sendo um tio-avô. Embora nascido na classe média privilegiada intelectual superior, nunca Vaughan Williams tomou isso como garantia e trabalhou toda a sua vida pelos ideais democráticos e igualitários em que acreditava.


Como aluno tinha estudado piano, "eu nunca poderia tocar, e o violino foi minha salvação musical." Depois de Charterhouse School frequentou o Royal College of Music (RCM) sob orientação de Charles Villiers Stanford. Estudou História e Música no Trinity College, em Cambridge, onde entre seus amigos e contemporâneos se incluíam os filósofos G.E. Moore e Bertrand Russell. Então retornou ao RCM e estudou composição com Hubert Parry, de quem se tornou amigo. Um de seus colegas estudantes no RCM foi Leopold Stokowski e durante o ano de 1896, ambos estudaram órgão com Sir Walter Parratt. Stokowski mais tarde passou a realizar seis sinfonias de Vaughan Williams para o público americano, fazendo a primeira gravação da Sexta Sinfonia, em 1949, com a Filarmónica de Nova York, e fazendo a estreia nos E.U. da Nona Sinfonia, no Carnegie Hall em 1958.
Outra amizade feita na RCM, crucial para o desenvolvimento de Vaughan Williams como compositor, foi com o colega estudante Gustav Holst que encontrou pela primeira vez em 1895. A partir deste momento, passaram vários dias no campo da leitura e fazendo críticas construtivas sobre as respectivas obras em curso.
A composição de Vaughan Williams desenvolveu-se lentamente e não foi antes dos 30 anos que a canção "Linden Lea" se tornou a sua primeira publicação. Misturou composição com realização, palestras e edição de música, nomeadamente a de Henry Purcell e do Hinário Inglês. Tinha outras lições com Max Bruch em Berlim em 1897 e, mais tarde, deu um grande passo em frente no seu estilo orquestral quando estudou, em Paris, com Maurice Ravel.


Em 1904, Vaughan Williams descobriu canções folclóricas inglesas, que foram rapidamente extintas devido à tradição oral através da qual elas existiram sendo prejudicadas pelo aumento da alfabetização e de partituras em áreas rurais. Viajou para o interior, transcrevendo e preservando muitas mesmo. Mais tarde, incorporou algumas canções e melodias nas suas próprias músicas, sendo fascinado pela beleza da música e da sua história anónima na vida profissional das pessoas comuns. Os seus esforços contribuiram muito para aumentar a valorização da melodia e da música popular tradicional inglesas. Mais tarde, actuou como presidente do English Folk Dance and Society Song (EFDSS), que, em reconhecimento do seu trabalho inicial e importância neste domínio.

Em 1905, Vaughan Williams realizou o primeiro concerto da recém-fundada Leith Hill Music Festival em Dorking que se realizou até 1953, quando passou o bastão para seu sucessor, William Cole.
Em 1909, ele compôs a música incidental para o Cambridge Greek Play. No ano seguinte, ele teve seu primeiro grande sucesso público conduzindo as estreias da Fantasia sobre uma tema de Thomas Tallis (At The Three Choirs Festival na catedral de Gloucester) e a sua sinfonia coral A Sea Symphony (Sinfonia N º 1). Disfrutou de um sucesso ainda maior com a Sinfonia de Londres (Symphony No. 2), em 1914, conduzida por Geoffrey Toye.

Vaughan Williams tinha 41 anos, quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Embora ele pudesse ter evitado o serviço militar totalmente, ou tentado uma comissão, escolheu alistar-se como soldado no Royal Army Medical Corps. Depois de um tempo fatigante como portador de maca em França e em Salônica, foi contratado como segundo-tenente na Royal Garrison Artillery em 24 de dezembro de 1917. Em uma ocasião, embora doente demais para ficar, ele continuou a dirigir sua bateria enquanto estava deitado no chão. A exposição prolongada ao tiroteio começou um processo de perda de audição que eventualmente causou uma surdez severa na velhice. Em 1918, foi nomeado Director de Música do Exército e isso ajudou a ajustar a volta à vida musical.

Após a guerra, adotou por um tempo um estilo um tanto místico na sua Sinfonia Pastoral (Sinfonnia N º 3), que se baseia nas suas experiências como um voluntário de ambulância na guerra, e Flos Campi, uma obra para viola solo, orquestra de pequeno porte, e coro sem palavras. A partir de 1924 uma nova fase na sua música começou, caracterizada pelo cruzamento animado de ritmos e harmonias. Principais obras deste período são Toccata Marziale, o balé Old King Cole, o Concerto para Pianoo, a oratória Sancta Civitas (a sua preferida da s suas obras corais) e do balé Job: A Masque for Dancing (Uma Máscara para dançar), que não é elaborada a partir da Bíblia, mas de Ilustrações do Livro de Job de William Blake. Também compôs um Te Deum em Sol para a entronização de Cosmo Gordon Lang como Arcebispo de Cantuária. Este período de sua música culminou com a Sinfonia n º 4 em fá menor, primeiramente tocada pela Orquestra Sinfónica da BBC em 1935. Dois anos depois, Vaughan Williams fez uma gravação histórica do trabalho com a mesma orquestra para HMV (His Master's Voice), sua única gravação comercial. Durante este período, leccionou nos Estados Unidos e Inglaterra, e conduziu o Coro Bach. Foi nomeado para a Order of Merit no King's Birthday Honours de 1935, tendo recusado o título de cavaleiro.

Vaughan Williams foi um amigo íntimo de longa data da famosa pianista britânica Harriet Cohen. Cohen estreou "Hymn Tune Prelude" de Vaughan Williams , em 1930, que ele lhe dedicou. Mais tarde, ela apresentou a peça em toda a Europa nos seus concerto. Em 1933 estreou o seu Concerto para Piano em C maior, um trabalho que foi mais uma vez dedicado a ela. Foi dado a Cohen o direito exclusivo de reproduzir a peça para um período de tempo. Cohen tocou e promoveu um trabalho de Vaughan Williams em toda a Europa, a URSS e os Estados Unidos.
A sua música entrou numa fase lírica madura, como no Five Tudor Portraits, o Serenade to Music (uma configuração de uma cena de cinco actos de O Mercador de Veneza, para orquestra e dezasseis solistas vocais composta como uma homenagem ao maestro Sir Henry Wood) e a Sinfonia N º 5 em D, que conduziu no Proms em 1943. Como estava agora com 70 anos, muitas pessoas consideraram-no uma canção de cisne, mas renovou-se novamente e entrou mais num período exploratório da harmonia e da instrumentação. O seu grande sucesso a Sinfonia n º 6 de 1946 teve uma centena de apresentações no primeiro ano. Surpreendeu tanto admiradores como críticos, muitos dos quais sugeriram que esta sinfonia (especialmente o seu último movimento), foi uma visão sombria do rescaldo de uma guerra atómica: normalmente, Vaughan Williams recusou-se a reconhecer qualquer programa por trás desse trabalho.
Antes de sua morte, em 1958, ele completou três sinfonias mais. A sua sétima, Sinfonia Antártica, exibe o seu interesse renovado na instrumentação e sonoridade. A Oitava Sinfonia, estreada em 1956, foi seguida pelo muito pesada Symphony No. 9 em Mi menor de 1956-57. Esta última sinfonia teve inicialmente uma recepção morna depois de sua primeira performance em Maio de 1958, apenas três meses antes da morte do compositor. Mas este trabalho escuro e enigmático é agora considerado por muitos uma conclusão adequada para a sua seqüência de obras sinfónicas.

Ele também completou uma série de obras instrumentais e corais, incluindo um Concerto Tuba, An Oxford Elegy em textos de Matthew Arnold, e a cantata de Natal Hodie. Ele também escreveu um arranjo do The Old One Hundredth Psalm Tune para o Serviço de Coroação da Rainha Elizabeth II. Na sua morte deixou inacabado um Concerto para violoncelo, uma ópera Thomas The Rhymer e música para uma peça de Natal, The First Nowell, que foi concluída pelo seu amanuense Roy Douglas (nascido em 1907).
Apesar da sua significativa participação na música de igreja, a religião foi tema de muitas de suas obras, ele foi descrito pela sua segunda esposa, como "um ateu ... que depois derivou para um agnosticista."
Também trabalhou como professor de Birkbeck College.

Vaughan Williams é uma figura central na música britânica por causa de sua longa carreira como professor, conferencista e amigo de muitos jovens compositores e maestros.

O seu primeiro casamento foi em 1896 com Adeline Fernandes (filha do historiador Herbert William Fisher). Ela morreu em 1951 depois de muitos anos sofrer de artrite paralisante.

Em 1953 casou-se com a poetisa Ursula Wood (1911-2007). Neste momento mudaram -se de Dorking, Surrey para Londres e ocupram uma casa no nº 10, Hanover Terrace, Regents Park. Ela encontrou Vaughan Williams em 1938 e começaram um caso enquanto ainda estavam casados com seus respectivos cônjuges. Após a morte do primeiro marido, Wood continuou seu relacionamento com Vaughan Williams, aparentemente com a aprovação tácita do Adeline. Ursula tornou-se conselheira literária de Ralph e sua assistente pessoal.

Foi enterrado na Abadia de Westminster.

Créditos : Coro da Cãmara de Beja-Biografias
publicado por ANIALBOR

27 de Março

  • Em 1914 Vaughan Williams estreia em Londres no Queen s Hall, a versão original da Sinfonia No. 2 a "Sinfonia de Londres", interpretada pela London Symphony.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Schubert-Piano Trio nº 2 em mi bemol maior op.100

  • Em 1828 Franz Schubert estreou em Viena o seu Piano Trio nº 2 em mi bemol maior op.100
Piano Trio nº 2 em mi bemol maior para piano, violino e violoncelo, D. 929, foi uma das últimas composições concluídas por Franz Schubert , datada de novembro de 1827 . Foi publicado pela Probst como Opus 100 no final de 1828, pouco antes da morte do compositor e apresentado pela primeira vez em uma festa privada em janeiro de 1828 para comemorar o noivado do amigo de escola de Schubert, Josef von Spaun. 

O Trio estava entre as poucas de suas últimas composições que Schubert ouviu tocar antes de sua morte.  Foi dada a sua primeira apresentação privada por Carl Maria von Bocklet no piano, Ignaz Schuppanzigh tocando violino, eJosef Linke tocando violoncelo.

Aqui a interpretração é da SEARMI PARK Violin, JOHN WALZ Cello, FRANCOIS CHOUCHAN Piano

Dvorak-Sinfonia Nº6 em ré maior op.60

  • Em 1881 Dvorák estreou a Sinfonia nº6 em ré maior op.60. interpretada pela Prague Philharmonic, com Adolf Cech na condução.Foi dedicada a Hans Richter , que foi o maestro da Orquestra Filarmónica de Viena .
Antonín Dvořák compôs sua Sinfonia nº 6 em Ré maior, Op. 60, B. 112, em 1880. 

Foi publicado originalmente como Sinfonia nº 1 e é dedicado a Hans Richter, que foi o maestro da Orquestra Filarmônica de Viena. Com um tempo de execução de aproximadamente 40 minutos, a peça em quatro movimentos foi uma das primeiras grandes obras sinfônicas de Dvořák a chamar a atenção internacional. 


A Sinfonia nº 6 de Dvořák foi composta para a Filarmônica de Viena. Para compreender o contexto em que compôs esta sinfonia, devemos ter em consideração o clima e a recepção das primeiras obras de Dvořák em Viena.

No final de 1879, Hans Richter regeu a Filarmônica de Viena em um concerto por assinatura que incluiu a Terceira Rapsódia Eslava. 
Esta sinfonia é composta pelos seguintes andamentos

I. Allegro non tanto
II. Adagio
III. Scherzo (Furiant)_ Presto
IV. Finale_ Allegro con spirito

terça-feira, 23 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

21 de Março

  • Em 1826 Beethoven estreia em Viena o seu String Quartet nº 13 em Si bemol maior, Op. 130, interpretado pelo Schuppanzigh Quartet.
A inclusão aqui da Grande fuga op.133 deve-se ao facto de Beethoven ter escrito essa peça fazendo parte no Quarteto nº 13 e que mais tarde foi separado por razão editoriais

sexta-feira, 19 de março de 2010

18 de Março

  • Em 1882 nasceu em Veneza o compositor italiano Gian Francesco MALIPIERO.Aqui pode ouvir-se o seu Concerto para Violino e Orquestra interpretado por ANDRE GERTLER no Violino e a Prague Symphony Orchestra

segunda-feira, 15 de março de 2010

15 de Março

  • Em 1821 Weber estreia em Berlim a sua Abertura Preciosa 0p.78 que aqui se apresenta a abertura. Aqui a interpreatção é da orchestra sinfonica accademici jupiter della brianza dirigida por Sergio Vecerina

domingo, 14 de março de 2010

Schubert-String Quartet Nº13 em lá menor Rosamunde 804

  • Em 1824 Franz Schubert estreia em Viena o String Quartet em lá menor Rosamunde D. 804. interpretado pelo Schuppanzigh Quartet. Este foi o únco trabalho de câmara publicado por Schubert em vida. Aqui a interpretação é de Pierre Colombet, violon
    Gabriel Le Magadure, violon
    Mathieu Herzog, alto
    Raphaël Merlin, violoncelle

sábado, 13 de março de 2010

13 de Março

  • Em 1797 Cherubini estreou no Théâtre Feydeau em Paris a sua ópera Medeia. Ópera com libreto de François-Benoît Hoffmann baseado na tragédia Euripides de Pierre Corneille
  • Em 1842 na mesma data viria a morrer em Paris Luigi Cherubini com 82 anos.
  • Abertura Medea. Aqui a interpretação é da Saint Cecilia Academy Orchestra & Chorus. dirigida por Lamberto Gardelli, 

sexta-feira, 12 de março de 2010

Kalinnikov-Sinfonia nº2 em lá maior

  • Em 1898 Kalinnikov estreia em Kiev a sua Sinfonia nº2 em lá maior. Aqui a interpretação é da Scottish National Orchestra, conduzida por Neeme Järvi

quinta-feira, 11 de março de 2010

11 de MARÇO

  • Em 1839 Mendelssohn estreia em Leipzig a sua Abertura Ruy Blas em dó menor op.95 .Aqui Eduardo Portal, Conduz a  Auckland Philharmonia Orchestra
A abertura de "Ruy Blas" foi escrito em 1839 para benefício do Fundo de Pensões Leipzig Theater, mas como Mendelssohn estava insatisfeito com o resultado só foi publicado depois da morte do compositor.

terça-feira, 9 de março de 2010

9 de Março

  • Em 1951 Arthur Honegger estreou a sua Sinfonia nº5 em ré maior "Di tre re", interpretado pela Boston Symphony Orchestra dirigido por Charles Münch.Aqui a interpretação é da Orchestre National de l'ORTF dirigida por Georges Tzipine ;

quinta-feira, 4 de março de 2010

4 de Março

  • Em 1932 nasceu em Electra no Texas o grande pianista americano Ivan Davis .Aqui interpreta a peça de Robert Schumann Arabesqe em dó op.18

quarta-feira, 3 de março de 2010

3 de Março

  • Em 1918 Bela Bartók estreia em Budapeste a sua String Quartet No. 2 em lá Op. 17, interepretado pelo Waldbauer Quartet a quem o concerto foi dedicado. Aqui a interpretação é do Novák Quartet

  • Moderato

  • Allegro molto capriccioso

  • Lento

terça-feira, 2 de março de 2010

2 de Março

  • Em 1874 Rimsky-Korsakov estreia em S.Petersburgo a sua Sinfonia nº3 em dó op. 32 conduzido pelo próprio compositor num concerto em benificio das vitimas do Volga. Esta sinfonia viria a ser revista em 1887
  • Aqui a interpretação é da Pazarjik Symphony Orchestra conduzida por Christo Pavlov

segunda-feira, 1 de março de 2010

1 de Março

  • Em 1942 Shostakovich estreia em Kuibyshev a sua Sinfonia nº07 em dó maior op.060 "Leningrado" .O Bolshoi Theatre Orchestra, conduzida por Samuil Samosud, fez uma performance empolgante que foi transmitido para toda a União Soviética e mais tarde no Ocidente também. A estreia em Moscovo teve lugar no dia 29 de março de 1942 no Hall da Câmara dos Sindicatos, por uma orquestra constituida pela Orquestra de Bolshoi e de todos os estados da União Soviética.
No seu tempo, a sinfonia foi extremamente popular na Rússia e no Ocidente como um símbolo de resistência e desafio ao totalitarismo nazista.

A peça é particularmente representativo das responsabilidades políticas que Shostakovich sentiu que tinha para o Estado, independentemente dos conflitos e críticas que enfrentou ao longo de sua carreira com a censura soviética e Stalin.

A sinfonia foi composta pelos 4 seguintes movimentos
  1. Allegreto
  2. Moderato (poco allegretto)
  3. Adagio
  4. Allegro non troppo