segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

João Domingos Bontempo

João Domingos Bontempo nasceu em Lisboa, em 28 de Dezembro de 1775. Foi aluno primeiro de seu pai, Francisco Xavier Bontempo, músico da câmara real, e depois do seminário Patriarcal. Ainda antes dos catorze anos, foi admitido na Irmandade de Santa Cecília na qualidade de cantor da Bemposta.

Em 1804, dirigiu-se a Paris para tentar a sorte como pianista. Lá, publicou suas primeiras obras - uma sonata e dois concertos - que denotam a influência do estilo de Clementi.

Em 1810, salientou-se em público a sua Sinfonia n.º 1, que foi bem acolhida pela crítica. Ainda nesse mesmo ano, mudou-se para Londres, onde Clementi dava as suas obras mais recentes, entre as quais: Capriccio and god save the king Op. 8, as Grandes Sonatas para piano Op. 9 - a terceira com violino -, o Hino lusitano Op. 10 para piano, coro e orquestra, o Concerto para piano n.º 4 Op. 12, a Grande Fantasia para piano Op. 14, duas árias e uma ária popular com canções Op. 15, com piano e violino.


Em 1814, regressou a Portugal, onde, ao contrário do que esperava, só conseguiu apresentar-se em público numa festa diplomática em que representou a sua cantata O anúncio da paz. Desiludido, foi a Londres, onde publicou mais algumas obras, entre as quais, o Quinteto para piano Op. 16 e a Sinfonia n.º 1 Op. 11.

Nos finais de 1816 esteve do novo em Lisboa, onde viveu, com dificuldades durante os dois anos seguintes. Uma vez mais, deixou a pátria e fixou-se em Paris, onde publicou a Missa Requiem consagrada a Camões. Dado o êxito obtido pela partitura em Londres, foi para essa cidade e regressou a Portugal em 1820.

Em 1833 foi nomeado professor de música de D. Maria II e, em 1835, diretor do Conservatório, cargo que manteve até a morte -18 de agosto de 1842 - em virtude de problemas na bexiga.

Música religiosa: 2 missas, um Requiem, um Te Deum e várias composições religiosas; música de cena: uma ópera - Alexandre em Efeso, incompleta, 2 causas - Hino lusitano e A paz da Europa; música instrumental: sinfonias, vários concertos para piano, sonatas para piano, variações para soprano; música de câmara: vários quintetos e sextetos para piano. Escreveu também um Tratado de composição musical e um Tratado de harmonia e contraponto, incompleto.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

24 de Dezembro

  • Em 1453 morreu em Londres o compositor John Dunstable. Cantando Veni Sancte Spiritus por Linda Grace num concerto em 2008, com Alexandra Obradovich na flauta e Duncan Reid.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Dmitri Shostakovitch

Dimitri Shostakovitch nasceu em a São Petersburgo, 25 de setembro de 1906 e morreu em Moscovo em 1975, foi um compositor de música clássica russo, nascido na União Soviética

Embora tenha frequentemente trabalhado para o próprio governo soviético e seus líderes, como Josef Stalin, que lhr atribuíram por muitas vezes a função de escrever obras celebratórias, conseguiu criticar como poucos, utilizando-se apenas de sua música, a opressão stalinista e a atmosfera de terror que reinava na União Soviética.

Exactamente por isso sofreu diversas tentativas de censura, e continuou lutando pela independência da criação artística até o fim de sua vida.

Aos nove anos começou o aprendizado de piano com sua mãe, intérprete profissional deste instrumento.

Em 1919 ingressou no Conservatório de São Petersburgo (então Petrogrado), onde estuda piano com Leonid Nikolayev e composição com Maximilian Steinberg.

Os estudos de piano prolongaram-se até 1923 e os de composição até 1925. Em 1926, sua sinfonia nº1, peça de formatura da classe de composição, é bem recebida. Recebeu menção honorífica em piano no prestigioso Concurso Chopin de Varsóvia na edição de 1927.

Recebeu várias distinções
  • em 1954, de Artista do Povo da URSS e de Membro Honorário da Real Academia Sueca de Composição;
  • em 1956, a Medalha da Ordem de Lenin, além do Prêmio Lenin de Composição
  • em 1958 e 1966, e no mesmo ano de 1958 o título de Doutor honoris causa pela Universidade de Oxford e pela Universidade de Dublin, em 1968.
  • Em 1966 a medalha de ouro da Real Sociedade Filarmónica de Londres.
  • Em 1948 viajou para os Estados Unidos como delegado soviético na Conferência Mundial da Paz e pôde observar o sucesso que suas obras tinham no exterior, principalmente sua sinfonia nº 5.

Sua música costuma ser bastante envolvente, com forte uso de temas militares, comuns à época em que viveu (comunismo, Segunda Guerra Mundial, entre outros). Além disso,ao compor quinze sinfonias, foi um dos maiores sinfonistas do século XX.

Também escreveu uma suite para orquestra de jazz, dois concertos para piano e orquestra, concertos para violino e violoncelo e diversos quartetos de cordas, além de duas óperas e obras para piano solo.

Em finais da década de 1920 o clima cultural da União Soviética caracterizava-se por uma relativa liberdade. No campo musical, isso significava a possibilidade de conhecer as obras de músicos que, como Stravinsky ou Schönberg, estavam a realizar experiências muito importantes na linguagem musical.

Por exemplo, Bartók e Hindemith conseguiram visitar a URSS e apresentar suas próprias obras. Shostakovitch absorveu estas várias influências e integrou-as nas suas várias composições.

Como resultado desta investigação na linguagem musical, compôs em 1928 a ópera "O Nariz", que motivou uma forte crítica por parte da Associação Proletária de Compositores Russos na qual esta obra era qualificada de burguesa.

Desta forma, os anos seguintes foram marcados pelo instável equilíbrio que Shostakovitch manteve entre as exigências da sua própria inspiração e as das autoridades culturais de seu país. Incapaz de obedecer completamente às prescrições do regime, o músico procurou integrar as sucessivas críticas provocadas por suas composições.

Em 1932 o jornal Pravda opinou sobre uma nova ópera, intitulada "Lady Macbeth do Distrito de Mzensk", as duas óperas criadas até aquela data, somadas à sua Sinfonia n. 4, foram censuradas e proibidas de serem apresentadas publicamente até 1937.

Durante a Segunda Guerra Mundial houve um abrandamento da censura e o compositor pode sentir uma brisa cultural na União Soviética. Após o fim da guerra as críticas foram retomadas e o compositor sofreu nova censura por sua Sinfonia n. 8 "Stalingrado". As críticas levaram o compositor a restringir suas aparições públicas até a morte do ditador Josef Stalin em 1953.

23 de Dezembro


Leonel Power



Leonel Power (1370-1385 - 5 de Junho 1445) foi um compositor Inglês do início do Renascimento. Juntamente com John Dunstable, foi uma das figuras mais importantes da música do seu tempo


Muito pouco se sabe sobre a vida de Power. Documentos datados de 1340 cedo se referem a ele como nascido em Kent.

A referência mais antiga datada refere-o como instrutor para o coro da capela da casa de Thomas of Lancaster.

No dia 14 de maio entrou para a Fraternidade da Igreja de Cristo de Canterbury, onde certamente serviu como regente do coro da catedral.

Morreu em Canterbury em 5 de junho de 1445 e foi sepultado no dia seguinte

Enquanto em termos de produção foi ligeiramente inferior a Dunstaple a sua influência foi contudo semelhante.


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

22 de Dezembro

  • Em 1808 Beethoven estreia a 6° Sinfonia em fa maior op.68 "Pastoral".
Dividida em cinco movimentos, tem por propósito descrever a sensação experimentada nos ambientes rurais. Beethoven insistia que essas obras não deveriam ser interpretadas como um "quadro sonoro", mas como uma expressão de sentimentos. É uma das mais conhecidas obras da fase romântica de Beethoven.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

15 de Dezembro

  • Em Rimsky-Korsakov estreia a suite sinfónica Scheherazade. Korsakov não gostou do enorme sucesso da obra, proibindo que fosse interpretada ou e que fosse utilizada em ballet, porém seu esforços não foram suficientes para conter o enorme sucesso da obra, que além da enorme quantidade de interpretações, tornou-se um dos ballet mais famosos da Rússia. Aqui a interpretação é da Moscow Symphony sob a direcção de Arthur Arnold, e como solista Elena Semenova no violino

  1. 1ªParte-. O Mar e o Navio de Simbad (largo e maestoso - lento - allegro non troppo - tranquilo)-(início)
  2. 1ªParte-. O Mar e o Navio de Simbad (largo e maestoso - lento - allegro non troppo - tranquilo)-(continuação)
  3. 2ªParte-(incluído no clip anterior)A História do Príncipe Kalender (lento - andantino - allegro molto - vivace scherzando/scherzo - moderato assai - allegro molto e animato)-(início)
  4. 2ªParte-A História do Príncipe Kalender (lento - andantino - allegro molto - vivace scherzando/scherzo - moderato assai - allegro molto e animato)-(continuação)
  5. 3ªParte-(incluído no clip anterior)-O Jovem príncipe e a princesa (andantino quasi allegretto)-(início)
  6. 3ªParte-O Jovem príncipe e a princesa (andantino quasi allegretto)-(continuação)
  7. 4ªParte-(incluído no clip anterior)Festa em Bagdá - Naufrágio do Barcos nas Rochas (allegro molto - lento - vivo - allegro non troppo e maestoso - lento - tempo como 1 )(início).
  8. 4ªParte-Festa em Bagdá - Naufrágio do Barcos nas Rochas (allegro molto - lento - vivo - allegro non troppo e maestoso - lento - tempo como 1 )( (continuação)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

14 de Dezembro

  • 1936 Samuel Barber estreia em Roma o seu String Quartet em si menor Op. 11.Interpretado pelo Quarteto Pro Arte. Aqui a interpretação é de Emilie Campanelli, Ellen Appleton, violinos; Andrew Tang, viola; Allan Hon, cello.

  1. 1ºMov.-Molto Allegro e Appassionato
  2. 2ºMov.-Adagio
  3. 3º.Mov.-Molto Adagio-Presto -(incluído no anterior)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

10 de Dezembro

  • Em 1896 Modeste Mussorgsky estreia no a opera Boris Godunov orquestrada por Rimsky-Korsakov.Great Hall do St. Petersburg Conservatory.

  • Mussorgsky escreveu uma primeira versão em 1869 dividida em quatro partes (sete cenas), mas foi recusada pelo Teatro Imperial. O teatro alegou falta de elementos básicos da trama de uma ópera como uma relação amorosa. O compositor revisou a obra e produziu uma versão em 1872, dividida em um prólogo e quatro actos (nove cenas).
  • Há duas versões orquestradas desta ópera: uma por Nikolai Rimsky-Korsakov e outra por Dmitri Shostakovich. Esta é mais interpretada na Europa Ocidental e na América, enquanto aquela é a mais interpretada na Rússia.
Para ouvir o prólogo desta ópera clicar >>>>>>>>>>>> aqui

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Darius Milhaud-Carnival d'Aix para piano e orquestra op 83b

  • Em 1926 Darius Milhaud estreia em Nova Iorque o seu Carnival d'Aix para piano e orquestra op 83b, com o compositor como solista
  1. 1ºParte-composto por
Le Corso 0:00
II. Tartaglia 1:20
III. Isabella 2:38
IV. Rosetta 4:02
V. Le bon et le mauvais tuteur 6:10
VI. Coviello 8:12

  1. 2ªParte-Composto por
VII.Le Capitaine Cartuccia 0:00
VIII. Polichinelle 2:21
IX. Polka 2:47
X. Cinzio 4:10
XI. Souvenir de Rio 4:47
XII. Final 7:51

sábado, 5 de dezembro de 2009

5 de Dezembro

  • Em 1952 Gian Carlo Menotti estreia o Violin Concerto com Efrem Zimbalist como solista e a Philadelphia Orchestra sob a direcção de Eugene Ormandy . Aqui o solista é Ruggiero Ricci, acompanhado pela Pacific Symphony Orchestra dirigida por Keith Clark.


  1. 1ºMov.-1ªParte-Allegro moderato
  2. 1ºMov.-2ªParte-Allegro moderato
  3. 2ºMov.-Adagio
  4. 3ºMov.-Allegro vivace

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

4 de Dezembro

  • Em 1881 Tchaikovsky estreia em Viena o seu Violin Concerto em Ré maior, op. 35 interpretado pela Vienna Philharmonic Orchestra, regida por Hans Richter e com Adolf Brodsky no violino.Tchaikovsky dedicou seu concerto para violino a Adolf Brodsky.Aqui o solista é David Oistrakh
  1. 1ºMov.-1ªParte-Allegro moderato
  2. 1ºMov.-2ªParte-Allegro moderato
  3. 2ºMov.-Canzonetta — Andante
  4. 3ºMov.-Finale — Allegro vivacissimo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Debussy


Compositor francês, Claude Achille Debussy nasceu em Saint-German-en-Laye a 22 de Agosto de 1862. A vocação musical do jovem foi descoberta por M.me Fauté de Fleurville, que o preparou para o Conservatório, onde foi admitido em 1873. Em 1884 recebe o grande prêmio de Roma de composição. Viaja para Moscovo com M.me von Meck, protectora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.

Após uma estada na vila Médici, em Roma, retorna a Paris, em 1887, entrando em contacto com a avant-garde artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé. No mesmo ano conhece Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do Oriente.

A vida de Debussy corre sem grandes acontecimentos, o escândalo doméstico do seu divórcio (deixa Rosalie Texier para casar-se com Emma Bardac) e a estreia tumultuosa de Pelléas e Mélisande, em 1902. Com raros aparecimentos públicos, seus anos finais foram minados pela doença (câncer) e pelo desgosto das derrotas francesas na I Guerra Mundial. Debussy morreu em Paris a 25 de Março de 1918.

À excepção de algumas peças mais conhecidas, Debussy deixou obra pouco acessível, pelo carácter inovador. Para o grande público seu nome está ligado aos sketches sinfónico de O mar (1905), ao terceiro movimento da Suite bergamasca (1809-1905), Luar, aos nocturnos para orquestra e algumas peças dos Prelúdios para piano. É o Debussy impressionista, autor de uma música vaga 'que se ouve com a cabeça reclinada nas mãos', segundo Cocteau.

Tais conceitos foram, depois, reformulados. Mas, por algum tempo, Debussy foi vítima do equívoco de ser considerado autor de uma música 'literária' e 'pictórica', por causa de suas ligações com a poesia simbolista e com o Impressionismo nas artes plásticas. Sua inovação foi, entretanto, de ordem musical, e é em termos musicais que a sua obra passou depois a ser compreendida.

O impressionismo de Debussy residiria no carácter flou, vago, de seus subtis jogos harmónicos, em que a melodia parecia dissolver-se. Mas essa fluidez era a aparência, como depois se viu. A melodia não se dissolveu propriamente, mas libertou-se dos cânones tradicionais, das repetições e das cadências rítmicas. Debussy não seguiu também as regras da harmonia clássica, deu uma importância excepcional aos acordes isolados, aos timbres, às pausas, ao contraste entre os registos. Trouxe uma nova concepção de construção musical, que se acentuou na sua última fase. Por isso foi incompreendido. O que não lhe desagradaria, pois ele mesmo propôs, certa vez, a criação de uma 'sociedade de esoterismo musical'.

A obra de Debussy é bastante diversificada, do ponto de vista dos géneros e das formas que utilizou. Não se pode dizer que tenha sido compositor essencialmente vocal ou instrumental, sinfónico ou camerístico, pois todas as suas obras, em que pese a diversidade de meios que utilizou, parecem transmitir a mesma mensagem. A abertura de um universo sonoro inteiramente novo, em que a sugestão ocupou o lugar da construção temática e definida. De modo geral, sua obra pode ser dividida em música para orquestra, música de câmara e para instrumentos solos, música para piano, canções e música coral, obras cénicas e música incidental.

A música orquestral de Debussy é a que corresponde melhor à sua imagem de impressionista. Em 1894, o Prelúdio à tarde de uma fauna, baseado no poema de Mallarmé, causou estranheza pela 'ausência de melodia': Debussy lançou na verdade, a sugestão de um tema melódico, sem desenvolvimento. Os Nocturnos (1893-1899), O mar e Imagens para orquestra (1909) pareciam confirmar a imagem do músico vago, cujas melodias não tinham contornos definidos e cuja construção harmónica parecia desarticulada: o tom poético dos títulos confirmaria a imagem de uma música 'literária'. Mas a poesia estava na música, na liberdade melódica, na pesquisa dos timbres, numa nova construção harmónica O efeito disso era uma nova e estranha sonoridade.

A música de câmara e para instrumentos solistas é uma secção reduzida na obra de Debussy. Em 1893 compõe o Quarteto para cordas em sol menor, obra singular cuja construção difere essencialmente do quarteto clássico beethoveniano. Também as três sonatas do seu período final foram construídas segundo princípios inteiramente diversos da sonata clássica vienense, mas por outros motivos.

Foram compostas no período da guerra, e Debussy, nacionalista intransigente, rejeitou os princípios da sonata clássica vienense para recuperar a forma cíclica da sonata francesa. As três sonatas (1915-1917), parte de um ciclo que ficou incompleto, para instrumentos diversos, das quais a mais importante é a Sonata para piano e violino, são obras avançadas, com aspereza inéditas em sua música anterior. Entre as composições para instrumento solo destaca-se, em estilo semelhante, Syrinx, para flauta desacompanhada.


A música pianística é uma secção importante na obra de Debussy. São conhecidas sobretudo as colecções Suíte bergamasca, Estampas (1903), Imagens (1905-1907), Canto das crianças (1906-1908) e os Estudos (12) I e II (1915). Da Suite bergamasca aos Estudos a evolução é marcante: os títulos poéticos desaparecem. Os títulos técnicos dos estudos (notas repetidas, sonoridades opostas, escalas cromáticas, etc.) apenas revelam a consciência técnica inovadora que se ocultava atrás de títulos poéticos como Jardins sob a chuva, Sinos por entre as folhagens, A catedral submersa, etc., em outros conjuntos (Estampas, Imagens, etc.).

No último período, não só a música pianística se torna mais abstracta como também mais áspera na pesquisa de novos timbres. Finalmente, em Seis epigrafes antigas e Em branco e negro, ambos de 1915, Debussy retorna às fontes clássicas francesas, Couperin e Rameau.

Debussy começou a sua carreira compondo música vocal, persistindo no género até os últimos anos de criatividade. O acervo é grande, incluindo a musicalização de muitos poetas. Entre as colecções mais célebres estão os Cinco poemas de Baudelaire (1887-1889), Arietas esquecidas (1888), de Verlaine, as Canções de Bilitis (1897), de Pierre Louys, e as Três baladas de François Villon (1913). A técnica melódica de Debussy fundamenta-se na melodia dos próprios versos, mas, nas baladas de Villon, nota-se a evolução para um severo despojamento.

Em 1902, a estreia da ópera Pelléas e Mélisande, sobre texto de Maeterlinck, causou estranheza: era quase uma antiópera, que se pretendia anti-Wagner na sua extrema contenção de texto declamado. Nela Debussy voltou-se contra toda a tradição dramática, de Berlioz a Wagner. Anos depois, em 1911, O martírio de São Sebastião é uma obra cénica ainda mais insólita. Da mesma época é a música para balé Jogos (1912), obra de surpreendentes inovações e de grande complexidade harmónica.

A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Na França, só se aponta Ravel como influenciado, mas só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Bartók, de Falla, Villa-Lobos e outros. Do Prelúdio à tarde de uma fauna, com que, para Pierre Boulez, começou a música moderna, até Jogos, toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Johann Strauss II



Johann Strauss II é considerado o músico mais famoso de toda a família Strauss.

Ele nasceu em Viena, em 25 de outubro de 1825. Empregou-se como bancário para satisfazer o pai, embora estudasse violino sem seu conhecimento. Desde os dezesseis anos, Schiani (o apelido familiar do compositor) compôs música dançavel e cada vez mais popular.

Sua produção chegava a uma média de duas valsas por mês. Na forma, elas tinham certa semelhança com as criadas por seu pai, com uma introdução lenta e as melodias de grande inspiração, mas com os detalhes harmónicos e orquestrais mais ricos e subtis.

Aos dezenove anos aprontou uma surpresa para o pai: ao regressar de uma turnê, Johann Strauss I encontrou as ruas de Viena repleta de cartazes: ‘Johann Strauss II apresenta sua orquestra e suas valsas’. Ficou mais estarrecido ainda quando, ao mandar emissários para o concerto, recebeu notícias avassaladoras.

Em 15 de outubro de 1844, a orquestra de seu filho foi obrigada a voltar ao palco dezenove vezes para repetir a sua valsa Epigrama. Durante algum tempo, as orquestras de pai e filho foram concorrentes, mas com a morte do patriarca dos Strauss, em 1849, elas se juntaram.

Quando chegou ao principal salão de Viena, Johann II recebeu de um dos músicos o violino que pertencera a seu pai e, com ele, conduziu as orquestras finalmente unidas. Na plateia, um cartaz previa o futuro do jovem: ‘Viva o rei da valsa’.

O novo regente dividiu a orquestra em quatro grupos e, a cada noite, regia um após o outro. Aos vinte e nove anos, a fadiga o levou a delegar a seu irmão Josef parte dessa tarefa. Com isso, o jovem e próspero músico pôde dedicar-se à composição, além de viajar pela Europa e Estados Unidos, onde realizou uma apresentação histórica, ao reger uma orquestra de quase 1.000 músicos na comemoração dos 100 anos da independência americana, em 1876, na cidade de Boston.

Elegante, esguio, com brilhantes olhos negros e escura cabeleira ondulada, Johann II compôs sua obra mais popular, O Danúbio azul, depois de se casar com Jetty Treffz, seis anos mais velha do que ele. O Danúbio azul se transformaria, praticamente, no hino de Viena e serviu como tema musical do filme de Stanley Kubrick ‘Uma odisséia no espaço’ (1968). Seguiram-se composições também antológicas, como Vozes da Primavera, Sangue vienense, Vida de artista, Contos dos bosques de Viena, Vinho, mulheres e música, Valsa do imperador, Rosas do sul. O compositor foi casado, ainda, com Lily Dittrich e Adela Deutsch.

A criação da opereta O morcego (1874), considerada a sua obra-prima, teve uma influência decisiva de seu amigo Offenbach, o mais importante compositor de óperas cômicas da Europa na época e que esteve em Viena por volta de 1870. Depois de O morcego, em que exaltava a alegria de viver em Viena, Johann II compôs mais 13 operetas, deliciosas crônicas de costume. Entre seus amigos famosos estava também o compositor Brahms. Consagrado em vida, ele recebeu do imperador Francisco José o maior de todos os elogios para quem, na juventude, teve idéias republicanas: ‘Tu também és imperador’.

Ao morrer, aos setenta e três anos em 3 de junho de 1899, Johann Strauss II, deixou um património musical de 479 obras, entre valsas, polcas, operetas e, para sempre, nos corações apaixonados, o sublime encanto que uma valsa de Strauss provoca quando se entrega ao prazer absoluto de sua música divina. Pode-se dizer que Johann Strauss II, além de seus dotes extraordinários de músico, foi símbolo de uma época que glorificava, com suas músicas, uma alegria de viver jamais superada.

Strauss II é considerado o rei da valsa. Suas mais conhecidas obras neste gênero são: Contos dos bosques de Viena (1868), O Danúbio azul (1867), Rosas do sul (1880), Sangue vienense (1871), Valsa do imperador, Vida de artista (1867), Vinho, mulheres e música, Vozes da primavera. O morcego (1874) é a sua principal opereta, seguido de O barão cigano (1885).

Richard Strauss



Richard Strauss nasceu em Munique (Alemanha) a 11 de junho de 1864. Sua educação musical foi clássica e, como dirigente (1885) em Meiningen, ainda era adepto de Brahms. De repente converteu-se, tornando-se discípulo e herdeiro de Wagner. Foi (1886-1889 e 1894-1899) dirigente em Munique, depois (1899-1910) diretor geral de música em Berlim.

Seus sucessos são, agora, internacionais. Em 1919 é nomeado diretor da Ópera de Viena (até 1924). Os últimos anos de sua vida foram escurecidos pelo nazismo e pela II Guerra Mundial.

R.Strauss morreu em Garmisch a 8 de setembro de 1949.

Na sala de concertos e na ópera, R.Strauss fez música de programa, levando até às últimas conseqüências a imitação de ruídos à maneira de Berlioz. Suas artes de orquestração são magistrais e até hoje insuperadas; sua música é extremamente sensual, 'embriagante'.

R.Strauss foi homem de alta cultura literária e filosófica, mas suas tentativas de traduzir tudo isso em linguagem musical têm algo de lúdico.

A partir de 1910 realizou uma transformação, fazendo música mozartiana, adotando o estilo do séc. XVIII sem renunciar às complicadas técnicas wagnerianas.

R.Strauss escreveu na mocidade várias obras camerísticas, em estilo clássico, que hoje são executadas, ocasionalmente, por serem de R.Strauss. Mas são muito importantes seus lieder, pós-românticos, cuja tensão dramática revela o operista: Finados, Sonhos no crepúsculo, Dedicatória e muitos outros, que pertencem ao repertório.

Strauss é o maior mestre do género poema sinfónico, depois de Berlioz e Liszt. Só pitoresco é Da Itália (1887). Don Juan (1889) e Macbeth (1890) são de uma audácia harmônica que o compositor evitou mais tarde. Suas obras-primas nesse género são o solene Morte e transfiguração (1890) e As alegres travessuras de Till Eulenspiegel (1895), seus maiores sucessos nas salas de concertos.

Grande também foi o êxito de Assim falou Zaratustra (1896), Uma vida de herói (1899), Sinfonia doméstica (1904) e Uma sinfonia dos Alpes (1915). Mas a glória de R.Strauss como sinfonista está em declínio.

Depois de suas tentativas sem sucesso escreveu R.Strauss a ópera Salomé (1905), pondo em música o texto integral da peça de Wilde (em tradução alemã): é uma obra-prima em decadentismo extremamente requintado. Em estilo semelhante escreveu-lhe o poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal o libreto de Elektra (1909), que alguns consideram como a maior obra de R.Strauss. Hofmannsthal influenciou também, a conversão de R.Strauss a Mozart, cujo fruto foi O cavaleiro da rosa (1911), o maior sucesso da arte operística no séc. XX. Essas três óperas pertencem ao repertório permanente.

Mas de Ariadne em Naxos (1912-1917) só sobrevive uma suíte, tirada da música; e sobre as últimas óperas de R.Strauss - A mulher sem sombra (1919), A Helena egípcia (1928), Arabella (1933), Dafne (1937) e outras - as opiniões continuaram divididas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tchaikovsky-Suite nº4 Mozartiana op.61

  • Em 1887 a 26 de Novembro Tchaikovsky estreia em Moscovo a Suite nº4 "Mozartiana" op.61. Trata-se dum tributo a Wolfgang Amadeus Mozart pelo 100º da sua apera Don Giovanni. Esta suite consistiu em 4 orquestrações inspiradas noutros peças de piano de Mozart. Tchaikovsky conduziu esta estreia pessoalmente.
  1. Gigue. Allegro (G major) -baseado no Little Gigue para piano, K. 574.-interpretado pela Ploiesti Philharmonia Orchestra Conduzida por Romeo Rimb
  2. Minuet-Moderato (D major)-baseado no Minuet para piano, K. 355.--interpretado pela Ploiesti Philharmonia Orchestra Conduzida por Romeo Rimb
  3. Preghiera. Andante ma non tanto (B flat major)-interpretado pela Hoshina Academy Chamber Orchestra "Ensemble=Harmonia".
  4. 4ªMozartiana-1ºParte-Thème et variations. Allegro giusto (G major)-baseado no piano Variations sobre um tema de Gluck, K. 455.´-interpretado pela Stuttgart Radio SO conduzida por Sir Neville Marriner

  5. 4ªMozartiana-2ºParte-Thème et variations. Allegro giusto (G major)-baseado no piano Variations sobre um tema de Gluck, K. 455.--interpretado pela Stuttgart Radio SO conduzida por Sir Neville Marriner

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tchaikovsky-Abertura Hamlet op.67

  • Em 1888, a 24 de Novembro , Tchaikovsky estreia em S.Petersburgo na Russian Musical Society Concert a Abertura Hamlet Fantasy op.67 com Tchaikovsky na condução da orquestra

  1. 1ªParte
  2. 2ªParte

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

23 de Novembro

  • Em 1867 Brahms estreia em Viena as Quatro baladas op.10. sendo conheciada a primeira como a Edward, devido à inspiração do compositor, num poema com esse nome.A interpretação que aqui se ouve é de Arturo Benedetti Michelangeli um pianista italiano falecido em 1995

  1. Balada nº1-Edward-Em ré menor. Andante
  2. Balada nº2-Em re maior. Andante
  3. Balada nº3-Em si menor. Intermezzo. Allegro
  4. Balada nº4-Em si bemol maior. Andante

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Gustav Mahler



Gustav Mahler nasceu em Kalist (Boêmia) a 7 de junho de 1860. De modesta família judaica, frequentou durante alguns anos a escola secundária e iniciou em 1875, no Conservatório de Viena, o estudo da música. Em 1880 escreveu a obra coral A canção triste, que tornou conhecido o seu nome.

Foi regente em teatros de pequenas cidades de província e, em 1887, em Leipzig, onde terminou a composição de sua primeira sinfonia. Em 1888 foi nomeado director da ópera de Budapeste e em 1891 regente da ópera de Hamburgo, onde suas encenações tiveram muito sucesso.

Em 1897, depois de ter se convertido ao catolicismo, foi nomeado diretor da Ópera Imperial em Viena e eleito regente dos concertos filarmônicos. Os anos seguintes foram um período de sucessos muito grandes, mas também de intrigas contra ele, inclusive da parte da orquestra, que não suportava os inúmeros ensaios a que o regente a submeteu.

Em 1907, Mahler foi forçado a demitir-se. Contratado pela Ópera Metropolitana em Nova Iorque, também foi muito aplaudido. Gravemente doente, do coração e dos nervos, voltou para Viena só para morrer, facto que ocorreu em 18 de maio de 1911.

Mahler foi regente de orquestra da mais alta categoria. Alguns consideram-no o maior regente de todos os tempos, pela dedicação fanática ao trabalho de ensaios e pela fidelidade, no entanto intensamente pessoal, da interpretação das obras. Ajudado por um elenco de grandes cantores e por excelentes cenógrafos, conseguiu representações de perfeição inédita das obras de Mozart e Wagner. As óperas de mestres menores foram apresentadas de tal maneira que pareciam novas obras-primas.

A fama de Mahler como regente eclipsou de longe, durante sua vida, a fama de suas próprias obras sinfónicas. Foram executadas com frequência, mas sem muito sucesso, rejeitadas pelos conservadores. No entanto, é como compositor que Mahler atingiu a categoria de grande artista.

Em 1885 escreveu Mahler, para textos em estilo popular que ele próprio tinha redigido, as Canções de um caminhante, para uma voz e orquestra, de romantismo intenso quase mórbido.

A Sinfonia n.º 1 em ré menor é denominada Titânica, não por ser 'titânica', mas conforme o título de um romance de Jean Paul. Ainda é muito romântica, wagneriana e bruckneriana, mas o conteúdo emocional já é outro, obra de um músico intelectualizado e angustiado.

As Canções da cornucópia de um garoto (1888-1899) têm, como textos, canções populares da coleção de Arnin e Brentano. É característica a síntese de melodias que parecem folclóricas, e de um acompanhamento orquestral requintado. Obra-prima é, enfim, a Sinfonia n.º 2 em dó menor (1894), com coro, que manifesta a profunda angústia religiosa do compositor. O ouvinte moderno pensaria em Unamuno.

Seguiram-se, como se fosse alcançada a redenção, a Sinfonia n.º 3 e n.º 4 em sol maior (1900), esta última com um solo com texto de canção popular infantil sobre o céu. Mas são, outra vez, terrivelmente sombrios as Canções sobre a morte da criança (1905), em que Mahler parece ter pressentido a morte, um ano depois, do seu filhinho.

A série das últimas obras começa com a Sinfonia n.º 6 em lá menor (1906), tecnicamente a mais complexa das obras orquestrais do mestre. Enfim, a Sinfonia n.º 8 em mi bemol maior (1907) não é a maior, mas a mais impressionante das obras de Mahler. Foi denominada 'a sinfonia dos mil', por que a execução exige várias orquestras e coros, mais de mil figuras. Não é propriamente uma sinfonia, mas antes uma gigantesca cantata. Servem como textos o hino Veni creator spiritus e o coro final da segunda parte do Fausto de Goethe. Nem todos acham que o resultado justifica os colossais recursos exigidos.

A grande obra-prima de Mahler é a Canção da terra (1908), cantata sinfônica sobre textos de Li T'ai Po e outros poetas chineses, na tradução alemã de Hans Bethge. Mahler foi homem de grande cultura literária e filosófica, e de uma intensa predileção pela música autenticamente popular, folclórica. Em sua alma lutaram uma permanente angústia religiosa e dúvidas torturante de intelectual. Tudo isso se manifesta na Canção da terra, que termina com uma comovente canção de despedida para sempre.

Mahler ainda escreveu, depois, a Sinfonia n.º 9 (1910) e a Sinfonia n.º 10 que ficou incompleta, obras de crise em que o compositor se aproxima das fronteiras do sistema tonal.

A grandeza de Mahler como compositor só foi reconhecida depois de sua morte, graças aos esforços de dois regentes que impuseram ao público suas obras: seu discípulo Bruno Walter e o holandês Willem Mengelberg. Seguiu-se curto período de eclipse, quando os nazistas proibiram a execução das obras do mestre de origem judaica. Hoje é Mahler incluído entre os grandes da música, no mundo inteiro.

20 de Novembro

  • Em 1889 estreia da Sinfonia nº1 em ré maior "Titan" de Mahler ocorreu em Budapeste, sob a regência do próprio Mahler. Na ocasião, a sinfonia não foi bem recebida pelo público.
  • 1ºMov-1ªParte- Devagar, arrastando
  • 1ºMov-2ªParte- Devagar, arrastando
  • 2ºMov.-Poderosamente agitado
  • 3ºMov.-1ªParte-Solene e moderado, sem se arrastar
  • 3ºMov.-2ªParte-Solene e moderado, sem se arrastar
  • 4ºMov-1ªParte-Agitado
  • 4ºMov-2ªParte-Agitado
  • 4ºMov-3ªParte-Agitado

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Jean Sibelius




Jean Sibelius nasceu em Tavastehus (Finlândia) a 8 de dezembro de 1865. De origem puramente finlandesa, também recebeu, no entanto, em sua educação influências suecas, então predominantes na Finlândia. Estudou direito, mas obedeceu cedo à sua vocação musical, que completou na Alemanha e na Áustria, com mestres conservadores e medíocres, o que lhe permitiu conservar a sua originalidade individual e nacional.

Tendo obtido sucesso com obras de tendência nacionalista, recebeu em 1897 uma pensão vitalícia do governo finlandês, passando a vida toda em sua quinta de Järvenpää, perto da capital da Finlândia. Sibelius morreu em Järvenpää, perto de Helsinque, a 20 de setembro de 1957.

Sibelius dedicou-se inicialmente a obras para coro e orquestra, de temática nacional, que o tornaram famoso em seu país: Kullervo (1892) e A origem do fogo (1902), baseadas em episódios da epopéia nacional Kalewala. Do mesmo espírito é a música de cena para a peça Kuolema (1903), de Arvid Järnefelt; dessa obra consta a Valsa triste, uma das obras mais tocadas do compositor, assim como a suíte Karelia (1893) e a obra orquestral Finlândia (1899), que são considerados os pontos culminantes na história da música finlandesa.

A fama internacional de Sibelius baseia-se principalmente nas suas sinfonias: n.º 3 em dó maior (1907), n.º 4 em lá menor (1911), n.º 5 em mi bemol maior (1915), n.º 6 em ré menor (1923) e n.º 7 em dó maior (1924). São obras de inspiração romântica, embora moldadas nos esquemas clássicos de Beethoven e Brahms, caracterizadas pela severa e melancólica mentalidade nórdica e por um especial encanto exótico, expressão do espírito nacional finlandês e do seu folclore nacional. Os mesmos elementos caracterizam o Concerto para violino em ré menor (1930) e os numerosos lieder de Sibelius.

Na Finlândia, Sibelius foi sempre reconhecido como a máxima expressão artística da nação, que o venerava quase religiosamente. Fora do país, Sibelius tornou-se célebre, pelas suas sinfonias, na Inglaterra e especialmente nos Estados Unidos, ao passo que a sua fama na Europa continental é bem menor.

Anton Rubinstein

Anton Grigorievitch Rubinstein nasceu em Vykhvatinets, Volhynia (Rússia), em 28 de Novembro de 1829. Pianista ilustre, fez viagens triunfais pela Europa e pela América e foi considerado o único rival de Liszt (que desde a sua estreia em Paris, aos 6 anos, sempre o aconselhou).

Nomeado director da música imperial, fundou, com o apoio da grã-duquesa Helena, os conservatórios de São Petersburgo (1862) e de Moscou (1867). Seu irmão, Nicolas (1835-1881) fez também uma carreira brilhante de pianista e director de orquestra. Anton Rubinstein morreu em Peterhof, São Petersburgo, em 20 de Novembro de 1894.

Obras: 19 óperas e oratórios dramáticos (entre eles, O demónio), coros, 2 cantatas, 6 sinfonias, 5 concertos para piano, 10 quartetos para cordas, mais de 100 melodias.

19 de Novembro

  • Em 1724 FP J. S. Bach estreia em Leipzig a sua Sacred Cantata BWV No. 26 Ach wie flüchtig, ach wie nichtig".

  • 1ºMov.-Ach wie flüchtig, ach wie nichtig
Ah, how fleeting, ah, how empty
Is the life of mortals!
As a mist which quickly riseth
And again as quickly passeth,
Even thus our life is, witness!

  • 2ºMov.-So schnell ein rauschend Wasser schießt
As fast as rushing waters gush,
So hasten on our days of living.
The time doth pass, the hours hasten,
Just as the raindrops quickly break up
When all to the abyss doth rush.

  • 3ºMov.-Die Freude wird zur Traurigkeit
Our joy will be to sadness turned,
Our beauty falleth like a flower,
The greatest strength will be made weak,
Transformed will be good fortune all in time,
Soon is the end of fame and honor,
What scholarship and what mankind contriveth
Will at the last the grave extinguish.

  • 4ºMov.-An irdische Schätze das Herze zu hängen
Upon earthly treasure the heart to be setting
Is but a seduction of our foolish world.
How easily formed are the holocaust's embers,
What thunder and power have waters in floodtime
Till all things collapse into ruin and fall.

  • 5ºMov.-Die höchste Herrlichkeit und Prach
The highest majesty and pomp
Are veiled at last by death's dark night.
Who almost as a god was honored
Escapes the dust and ashes not,
And when the final hour striketh
In which he to the earth is carried
And his own height's foundation falls,
Is he then quite forgotten.

  • 6ºMov.-Ach wie flüchtig, ach wie nichtig (2)
Ah, how fleeting, ah, how empty
Are all mortal matters!
All that, all that which we look at,
That must fall at last and vanish.
Who fears God shall stand forever.

domingo, 15 de novembro de 2009

Mendelssohn-Sinfonia nº5 em ré menor"Reformation" op.107

  • Em 1832 Felix Mendelssohn estreia em Berlim a sua 5ªSinfonia em ré menor op.107 a "Reformation", escrita em homenagem ao 300º aniversário da apresentação ao imperador Carlos V dim documento chamado a Confissão de Augsburgo, um dos documentos mais importantes do luteranismo.
Mendelssohn iniciou a sua composição ainda durante a passagem pelas Ilhas Britânicas, no Outono de 1829, concluindo-a na Primavera de 1830, a tempo das festividades previstas, mas estas seriam canceladas devido aos eventos revolucionários desse ano.

 A sua estreia seria novamente agendada para Paris, já em 1832, aproveitando uma passagem por essa cidade, mas os músicos da célebre orquestra dirigida por Habeneck recusaram-se a fazê-lo, censurando o que consideravam ser contraponto demasiado denso.

 Nesse mesmo ano, Mendelssohn dirigiria a sua estreia em Berlim, retirando-a imediatamente de circulação. A obra seria publicada apenas 21 anos após a morte do compositor, o que justifica que a sua numeração não reflicta o facto de ter sido a segunda na ordem de composição.

  1. 1ºMov.-Allegro con fuoco
  2. 2ºMov.-Allegro vivace
  3. 3ºMov.-Andante com moto-Allegro maestoso

terça-feira, 10 de novembro de 2009

10 de Novembro

  • Em 1896 Dvorák esteia em Viena o seu String Quartet Nº. 12 em fá, Op.96"Americana", Aqui a interpretação é The Strathcona String Quartet composta por
    Jennifer Bustin, Violin
    George Andrix, Violin
    Moni Mathew, Viola
    Josephine van Lier, Cello

  1. 1ºMov.-Allegro ma non troppo
  2. 2ºMov.-Lento
  3. 3ºMov.-Molto vivace
  4. 4ºMov.-Finale-Vivace ma non tropo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

2 de Novembro

  • Em 1873 Brahms estreia em Viena a Variações sobre um tema de Haydn op.56, interpretada pela The Vienna Philharmonic Orchestra conduzida por Felix Dessoff. Aqui a interpretação é da Filarmónica da Moldávia dirigida por Liviu Buiuc.

sábado, 31 de outubro de 2009

Saint-Saenz-Piano Concerto nº4 em dó op44

  • Em 1875, Saint-Saëns Piano estreia em Paris o seu Piano Concerto No. 4 em dó Op. 44, conduzido por Edouard Colonne, sendo sendo solista.Aqui a interpretação é da Orquestra da Escola Superior de Música de Lisboa, tendo Eduardo Jordão - Piano
    Vasco Azevedo - Maestro
  1. 1ºMov.-Allegro moderato
  2. 2ºMov.-Allegro vivace
  3. 3ºMov.-Andante
  4. 4ºMov.-Allegro

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Schubert-Sinfonia nº 1 em ré maior D. 82

  • Em 1813 Franz Schubert completa a Sinfonia nº1 em ré maior D.82.
A Sinfonia nº 1 em ré maior, ré 82, foi composta por Franz Schubert em 1813, quando ele tinha apenas 16 anos. Apesar de sua juventude, sua primeira sinfonia é uma impressionante peça de música orquestral tanto para seu tempo quanto para seu tamanho

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

10 de Outubro

  • Em 1938, Dimitri Shostakovich estreia em Leninegrado, o seu String Quartet No. 1 em dó maior op.49, interpretado pelo Glazunov Quartet. Aqui a interpretação é do The Center Bancroft String Quartet

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

8 de Outubro

  • Em 1820 Weber estreia em Copenhage a Abertura to Der Freischutz(O Caçador furtivo), que mais tarde faria parte duma opera com o mesmo nome. Normalmente considera-se esta como a primeira das óperas do romantismo alemão Aqui numa gravação de 1970 a direcção é de Carlos Kleiber a orquestra Südfunk-Sinfonieorchester

sábado, 26 de setembro de 2009

Schubert-Winterreise D. 911 Op. 89

  • Em 1827 Franz Schubert acaba a sua obra Winterreise (Viagem de Inverno), o segundo dos três ciclos de canções escritos pelo compositor.Os 24 lieder do ciclo constituem uma série de reflexões feitas por um viajante no Inverno, sobre temas predominantemente sombrios e tristes, características essas realçadas por um uso sistemático de tonalidades menores.Foi escrito originalmente para tenor, mas é frequentemente transposto para outras vozes.


1. Gute Nacht (Boa Noite)-cantado por Cristoph Prégardie
2. Die Wetterfahne (O Catavento)-cantado por Thomas Quasthoff. acompanhado por Maria João Pires.
3. Gefrorne Tränen (Lágrimas Congeladas)-cantado por Hans Hotter
4. Erstarrung (Solidificação)-cantado por Hans Hotter
5. Der Lindenbaum (A Tília)-cantada por Nana Mouskouri
6. Wasserflut (Torrente de Água)-cantado por Hermann Prey
7.Auf dem Flusse (Sob o Rio) - cantado por Hans Hotter
8. Rückblick (Retrospectiva)-cantado por Hans Hotter
9. Irrlicht (Fogo-fátuo)-cantado por Thomas Quasthoff. acompanhado por Maria João Pires.
10. Rast (Descanso)-Cantado por Peter Schreier)
11. Frülingstraum (Sonho de Primavera)-incluido no clip anterior
12. Einsamkeit (Solidão)-incluido no clip anterior
13. Die Post (O Correio)-cantado por Teresa Berganza
14. Der greise Kopf (A Cabeça Grisalha)-cantado por Hermann Prey
15. Die Krähe (O Corvo)-cantado por Hans Hotter
16. Letzte Hoffnung (Última Esperança)-cantado por Hermann Prey
17. Im Dorfe (Na Aldeia)-cantado por Hermann Prey
18. Der stürmische Morgen (A Manhã Tempestuosa)-cantada por Reinhard Lehninger
19. Täuschung (Engano)-cantado por Matthias Goerne
20. Der Wegweiser (O Sinal Indicador)-cantado por Hermann Prey
21. Das Wirtshaus (A Estalagem)-cantado por Reinhard Lehninger
22. Mut (Coragem)-cantado por Hermann Prey
23. Die Nebensonnen (Os Sóis Vizinhos)-cantado por Immo Schröde
24. Der Leiermann (O Homem do Realejo)-cantado por Wiebke Hoogklimmer

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

21 de Setembro

  • Em 1795 estreia a versão revista da Sinfonia Nº. 103 em mi maior de Haydn, The Drumroll com orquestra dirigida pelo próprio em Viena.
Desde a estréia, a composição é uma das mais aclamadas entre as sinfonias de Haydn. É tocada e gravada com frequencia na atualiade. Em 1831,Wagner arranjou-a para piano
  • 1ºmov-Adagio - Allegro con spirito
  • 2ºmov-Andante
  • 3ºmov.-Menuetto
  • 4ºmov.-Finale. Allegro con spirito
aqui  a interpretação é da Royal Concertgebouw Orchestra dirigida por Mariss Jansons

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

19 de Setembro

  • Em 1908 estreia-se em Praga a 7ª Sinfonia em mi menor de Mahler,com orquestra conduzida pelo próprio compositor. Aqui a interpretação é da Vienna Philharmonic conduzida por Leonard Bernstein

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

14 de Setembro

  • Em 1968 estreia em Moscovo de Dmitri Shostakovich o seu String Quartet No. 12 em ré maior op.133, pelo Vertigo String Quartet

sábado, 12 de setembro de 2009

12 de Setembro

  • Em 1932 Heitor Villa-Lobos estreia no Rio de Janeiro as Bachianas Brasileiras No. 1. 

  • Aqui a interpretação é da Natasha Brofsky, J

domingo, 6 de setembro de 2009

7 de Setembro

  • No ano de 1922 estreia a Colour Symphony Sir Arthur Bliss' Colour Symphony no Three Choirs' Festival em Glouchester, Inglaterra. Aqui a interpretação é English Northern Philharmonia diretta da David Lloyd-Jones.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

24 de Agosto

  • No ano de 1787 Mozart termina a Violino sonata em lá maior K 526. Interpretado por A.S. Mutter e L. Orkis
  • 1ºmov.-Moito allegro

  • 2ºmov.-Andante

  • 3ºmov.-Presto



sexta-feira, 21 de agosto de 2009

22 de Agosto

  • No ano de 1827 nasceu em Viena o compositor Josef STRAUSS in Vienna. Filho de Johann Strauss e irmão mais velho duma família de compositores. Aqui pode ouvir-se uma sua valsa Spharenklange op.235
  • No ano de 1862 nasceu em Paris o compositor Achille-Claude DEBUSSY.



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

17 de Agosto

  • em 1931 nasceu em Marselha o compositor Henri Tomasi
A interpretação apresentada é da sua obra Concerto para Saxofone alto interpretada pela University of North Carolina School of the Arts Symphony Orchestra com Matthew Troy  conduzindo e  Ben Robinette como solista


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

7 de Agosto

  • Em 1912 apresentação do Piano Concerto No. 1 em ré maior op,10 de Prokofiev em Moscovo com o compositor como solista. Aqui a interpretação é de  Linda Leine
    Conductor: Andris Vecumnieks
    Jāzeps Vītols Latvian Academy of Music Orchestra

quinta-feira, 9 de julho de 2009

9 de Julho

  • No ano de 1924 nasceu em Bufalo o pianista americano Leonard Pennario. Aqui interpretando de Liszt a Sonata em ré menor S.178,
  1. 1ªParte-
  2. 2ºParte-
  3. 3ªParte-

sábado, 4 de julho de 2009

4 de Julho

  • No ano de 1900 foi estreada a versão final da Sinfomia nº1 de Sibelius, pela Filamónica de Helsínquia dirigida por Robert Kajanus. A primeira versão tinha sido estreada em 26 de Abril de 1899. Aqui a interpretação e de Orchestre de Paris Paavo Järvi, conductor


quinta-feira, 25 de junho de 2009

25 de Junho

  • No ano de 1840 no 400º aniversário da imprensa de Gutenberg Mendelssohn apresenta a sua Sinfonia No. 2 op.52, no Thomaskirche em Leipzig.Aqui a interpretação é da L'Orchestre national de France dirigé par Andrés Orozco-Estrada

quarta-feira, 17 de junho de 2009

17 de Junho

  • No ano de 1944 Prokofiev estreia em Moscovo a sua Violino Sonata No. 2 em ré maior Op. 94a. baseado na sua própria Flauta Sonata em ré, Op. 94, tendo como solista o violinista David Oistrakh e o pianista Lev Oborin. aqui a interpretação é de Vadim Repin

  •  Originalmente concebida como a Sonata para flauta e piano (1943), este trabalho imediatamente se tornou mais popular em sua versão violino.




sábado, 13 de junho de 2009

13 de Junho

  • No ano de 1784 Mozart estreia o Piano Concerto No. 17 em sol maior K. 453 bem como . o Quinteto para Piano e sopro em mi bemol maior (K. 452) e a Sonata para dois pianos Pianos K. 448, interpretado por Barbara Ployer sua aluna.
  • O Piano Concerto nº 17 é interpretado por Dezsö Ránki (piano) e a English Chamber Orchestra conduzida por Jeffrey Tate
  • O Piano Quinteto K452 é

  • A Sonata para dois pianos Pianos K. 448 é interpretada por 

    Yuko Hayashi &  Masanori Murakami

sexta-feira, 22 de maio de 2009

22 de Maio


  • No ano de 1924 Igor Stravinsky estreia o seu Piano Concerto no Koussevitzky Concert, na Ópera de Paris, orquestra conduzida por Serge Koussevitzky. Aqui a interpretação é de Alexander Toradze acompanhado pela  Rotterdam Philharmonic Orchestra