domingo, 31 de janeiro de 2021

Schubert-Sinfonia nº3 em ré maior D.200

Franz Peter Schubert nasceu em Himmelpfortgrund, a 31 de Janeiro de 1797 e morreu em Viena a 19 de Novembro de 1828, foi um compositor austríaco do fim do classicismo, com um estilo marcante, inovador e poético do romanticismo. 

Escreveu cerca de seiscentas peças musicais (o "lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, incluindo a "Sinfonia Incompleta", sonatas entre outros trabalhos.

Viveu apenas trinta e um anos e para além de um círculo restrito de conhecedores, não teve reconhecimento publico. 

Mas o interesse pela sua música aumentou significativamente nas décadas que se seguiram à sua morte 

 A Sinfonia nº 3 em Ré maior de Franz Schubert , Ré 200, foi escrita entre 24 de maio e 19 de julho de 1815, poucos meses após seu décimo oitavo aniversário. 

Como as outras primeiras sinfonias (as seis escritas antes da Sinfonia "Inacabada" de 1822), não foi publicada durante a vida de Schubert.


 A Sinfonia nº 3 em Ré Maior, D. 200 de Schubert é uma obra fascinante, marcada por uma grande leveza e elegância. 

Composta em 1815, quando Schubert ainda tinha apenas 18 anos, ela reflete o seu estilo ainda em desenvolvimento, mas já demonstra a sua capacidade de criar melodias envolventes e estrutura formal sólida. 

 A sinfonia é uma das suas primeiras incursões no gênero, e é, de certa forma, uma obra de transição entre o estilo clássico de compositores como Haydn e Mozart, e a sensibilidade romântica que ele acabaria por desenvolver. 

A peça tem quatro movimentos: Adagio - Allegro Andante con moto Menuetto: Grazioso Allegro vivace 

O primeiro movimento começa com uma introdução lenta e sombria (adagio), que transita para uma secção mais alegre e vibrante (allegro), caracterizada por um ritmo alegre e melodias muito fluídas. 

O segundo movimento, Andante con moto, tem uma atmosfera mais introspectiva e melancólica. 

O Menuetto é encantador e elegante, com uma característica típica da época clássica, enquanto o Allegro vivace final traz um fechamento alegre e enérgico para a obra. 

 Apesar de não ser tão famosa quanto algumas das suas sinfonias posteriores, como a 5ª ou a 8ª, a 3ª Sinfonia tem uma beleza e frescor singulares, e é um bom exemplo do talento precoce de Schubert. 

Eu diria que ela transmite uma sensação de leveza, mas também com uma sutileza emocional que Schubert continuaria a explorar nas suas obras mais maduras.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Bach-Cantata nº 072 BWV 072 Alles nur nach Gottes Willen,

Em 1726 a 27 de janeiro Bach estreia em Leipzig a sua Cantata Nº 72 Alles nur nach Gottes Willen 

 A Cantata Nº 72 de Johann Sebastian Bach, intitulada "Alles, was von Gott geboren" (Tudo o que nasce de Deus), foi composta em 1726 para o 2º Domingo após o Natal, de acordo com o calendário litúrgico luterano. 

A cantata é uma obra centrada na mensagem de confiança e esperança em Deus, refletindo sobre o nascimento de Cristo e a salvação trazida por Ele. 

 A estrutura da cantata é muito rica e complexa, típica do estilo de Bach, e combina elementos vocais e instrumentais de forma expressiva. 


A obra inclui um coral inicial que invoca o nascimento de Cristo como um evento redentor, seguido de várias árias e recitativos que exploram temas de fé, luta espiritual e a confiança na proteção divina. 

A cantata também tem uma escrita instrumental impressionante, com instrumentos como o oboé, os violinos e os baixos contínuos proporcionando uma textura emocionalmente intensa. 

 Entre os pontos altos da cantata, há uma ária famosa, "Gleiche derer, die in Jesus glauben" (Semelhança dos que crêem em Jesus), onde o cantor é acompanhado por um delicado acompanhamento instrumental. 

A música, como é característico de Bach, cria uma tensão expressiva que reforça a mensagem espiritual. 

 Em termos de estilo, a Cantata Nº 72 reflete a maturidade de Bach no uso da polifonia e no aprofundamento das emoções espirituais. É uma obra que não só se destaca pela técnica musical, mas também pela profundidade teológica e espiritual. Bach foi capaz de expressar a relação entre o homem e o divino de uma forma tão poderosa que as obras como essa continuam a ser altamente reverenciadas até hoje.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

26 de Janeiro

Em 1924 Alexander Tcherepnin estreia em Paris o seu Piano Concerto No. 2 . Aqui a interpretação é de Noriko Ogawa no Piano e Lan Shui dirigindo a Singapore Symphony Orchestra.

domingo, 24 de janeiro de 2021

24 de Janeiro

No ano de 1922 estreou-se em Copenhage a 5ª Sinfonia de Carl Nielsen.

Saint-Saenz-Dança Macabra op.40

Em 1875  a 24 de Janeiro, Camille Saint Saën estreia em Paris a sua Dança Macabra op.40. 

 Quando Saint-Saëns se tornou membro do Institut de France, começaram a aparecer as primeiras críticas ao seu trabalho. 

Acusavam-no de “perfeccionista da forma” e de ser possuidor de um “frio academismo”. Debussy chegou a afirmar que “Saint-Saëns é o homem que sabe mais música no mundo inteiro” (ou, em outras palavras, que se sufoca em sua erudição). 

As críticas foram tantas que, ao fazer estrear sua Dança Macabra, seria ruidosamente vaiado. 

 A peça, hoje tida como uma das mais belas páginas da música francesa, inspirada no poema de Jean Lahor, a partir de uma melodia para canto e piano da Cena de Sabá Noturno (a mesma que inspiraria Berlioz no movimento final de sua Sinfonia Fantástica). 

 A Dança Macabra op. 40 de Camille Saint-Saëns é uma obra impressionante e cheia de mistério. Composta em 1874, ela é uma peça orquestral que evoca a ideia de uma dança fantasmagórica, onde a morte, personificada, convida as almas dos mortos a dançarem. 

A música é baseada no poema homônimo de Henri Cazalis, que descreve a morte tocando o violino à meia-noite e fazendo com que os mortos se levantem de seus túmulos. 

 A peça é muito conhecida pelo seu caráter sombrio, e o uso de diversos recursos orquestrais cria uma atmosfera densa e arrepiante. 

Um dos aspectos mais interessantes da composição é o uso do xilofone, que representa os ossos das criaturas dançantes, e o violino que imita o som da morte tocando sua melodia. 

A obra mistura o macabro e o lúdico, como se fosse uma dança alegre, mas ao mesmo tempo assustadora. 

 Em termos técnicos, é um exemplo brilhante do virtuosismo de Saint-Saëns. 

A peça começa de maneira suave, quase misteriosa, e vai crescendo em intensidade até atingir momentos de grande drama. A maneira como ele manipula a orquestra, criando contrastes dinâmicos e texturais, é impressionante e torna a Dança Macabra uma das suas composições mais memoráveis.

sábado, 23 de janeiro de 2021

23 de Janeiro

Sinfonía india éa sinfonia nº 2 de Carlos Chávez , composta em 1935-1936. Em um único movimento, suas seções seguem o padrão tradicional para uma sinfonia de três movimentos. O título significa que o material temático consiste em três melodias originárias de tribos nativas americanas do norte do México . A sinfonia é a composição mais popular de Chávez.

23 de Janeiro

Em 1923 estreia em NYC de Villa-Lobos o Symphonic Poem Mandu-Carara

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Mahler-Sinfonia nº05-Adagietto

Brahms. 2 Rapsódias para piano op.79.

No ano de 1880 a 20 de Janeiro, Brahms estreia em Krefels as suas duas Rapsódias para piano op.79. 

 As duas Rapsódias para piano, Op. 79, de Johannes Brahms são obras fascinantes e ricas em emoção e complexidade. 

Compostas em 1879, elas destacam-se por uma intensidade expressiva, características típicas do estilo romântico, mas também pela habilidade técnica e pela profundidade emocional que Brahms sempre soube infundir em suas composições. Aq

ui estão algumas considerações sobre cada uma:
 Rapsódia nº 1 em B menor, Op. 79: 

 Esta peça começa com uma introdução dramática e melancólica, que dá lugar a uma seção central mais lírica e expressiva. Brahms mistura momentos de agitação com passagens de grande beleza e serenidade.
 
A peça parece refletir uma luta interna, com a alternância entre temas mais sombrios e outros mais delicados e introspectivos. 

O uso de temas de caráter quase folclórico, assim como as mudanças abruptas de dinâmica e textura, criam uma sensação de imprevisibilidade, algo que é uma característica do compositor. 

Ela também exige grande destreza técnica do pianista, especialmente nas passagens rápidas e nas variações de tempo. 

Rapsódia nº 2 em Fá maior, Op. 79: 

 Esta segunda Rapsódia é mais otimista e animada, embora também apresente momentos de maior introspecção. 

Ao contrário da primeira, que tem uma introdução bastante grave, a segunda começa de forma mais aberta e alegre, com uma melodia que evoca uma sensação de liberdade. 

Brahms utiliza novamente contrastes dinâmicos e variações de tempo, mas a peça se caracteriza por uma sensação de movimento mais contínuo e fluido, como se os temas se desdobrassem organicamente. 

A peça termina com um final vigoroso e triunfante, um contraste interessante com o caráter mais introspectivo da primeira. 

Ambas as rapsódias são construídas em torno de uma estrutura temática muito elaborada, com Brahms recorrendo a técnicas de desenvolvimento e variação que eram muito características de sua linguagem composicional. 

Além disso, as obras exigem grande expressividade e controle técnico do intérprete, tornando-as desafiadoras para os pianistas, mas também muito recompensadoras de se tocar e ouvir. 

 Em termos de interpretação, as rapsódias de Brahms exigem uma leitura que balanceie o virtuosismo técnico com uma profundidade emocional, que é uma marca registrada do compositor. A alternância entre momentos de grandiosidade e intimidade cria uma rica tapeçaria sonora que envolve o ouvinte de forma profunda. Rhapsody No. 1 Rhapsody nº 2

,Charles Ives-Piano Sonata No. 2 Sonata Concorde

Em 1939 a 20 de janeiro, Charles Ives estreia em Nova Yorque o seu Piano Sonata No. 2 conhecida como a Sonata Concorde atendendo ao local onde foi composta interpretada por John Kirkpatrick 


 A Piano Sonata No. 2 de Charles Ives, conhecida como Concord Sonata, é uma obra monumental e uma das peças mais emblemáticas da música moderna americana.

 Composta entre 1909 e 1915 e revisada até 1947, a sonata é complexa, profundamente filosófica e altamente inovadora em termos de estrutura, técnica e linguagem musical. 

 Aqui estão alguns pontos-chave sobre a sonata: 

 1. Inspiração Literária A obra é inspirada por escritores e filósofos transcendentalistas americanos, como Emerson, Thoreau, Hawthorne e os Alcotts. Cada movimento reflete o caráter e as ideias desses pensadores, criando uma conexão entre música e literatura. 
 2. Estrutura dos Movimentos A sonata é dividida em quatro movimentos:
 Emerson: Evoca o pensamento profundo e a visão transcendentalista de Ralph Waldo Emerson. Este movimento é expansivo e grandioso, com harmonias complexas e passagens densas. 

Hawthorne: Representa o estilo imaginativo e fantasioso de Nathaniel Hawthorne. É cheio de contrastes, com trechos virtuosísticos e excêntricos. 

The Alcotts: Um movimento mais lírico e pastoral, inspirado na casa da família Alcott e no espírito familiar e comunitário. 

Thoreau: Reflete a tranquilidade e o espírito contemplativo de Henry David Thoreau, especialmente suas meditações no lago Walden. 


3. Complexidade Técnica A Concord Sonata é desafiadora tanto para o pianista quanto para o ouvinte. Sua escrita inclui técnicas como politonalidade, clusters de notas, citações de hinos e outras músicas populares americanas, além de passagens improvisatórias. 

 4. Uso da Flauta No quarto movimento (Thoreau), há uma breve parte para flauta, representando a serenidade de Thoreau à beira do lago. Esse detalhe é uma inovação rara em sonatas para piano solo. 


 5. Citações e Referências Musicais A sonata contém várias citações musicais, incluindo temas de Beethoven (Sonata "Hammerklavier" e Quinta Sinfonia) e hinos tradicionais americanos. Isso reflete o estilo de colagem musical característico de Ives. 

 6. Interpretação Por ser tão multifacetada, a obra exige uma abordagem interpretativa aberta e criativa. Pianistas como John Kirkpatrick, que estreou a obra, e outros como Marc-André Hamelin e Pierre-Laurent Aimard, trouxeram leituras únicas à peça. 

 A Concord Sonata é um exemplo brilhante da visão de Ives sobre a música como uma expressão universal, abrangendo tanto o sublime quanto o cotidiano. É uma peça que desafia o intelecto e o coração, sendo reverenciada como um marco na música do século XX. ,  

20 de Janeiro

Em 1941 Bela Bartok estreia em NYC o seu String Quartet nº 6

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Beethoven-Sonata Nº08 para piano em dó menor Op13-Patética-Adagio Cantabile

18 de Janeiro

No ano de 1835 nasce o compositor russo Cesar Cui. Aqui pode ver-se a sua obra 5 peças para flauta violino e piano

18 de Janeiro

Em 1908 Frederick Delius estreia em Liverpool, Brigg Fair. Brigg Fair é um arranjo coral composto por Percy Grainger um compositor australiano, cujas composições se inspiram em melodias folclóricas inglesas, irlandesas e de outros países, coletadas em suas viagens. Posterirmente Frederick Delius, pediu autorização para musicar em termos orquestrais, essa canção folclórica.

domingo, 17 de janeiro de 2021

Beethoven-Piano Concerto No. 5 in E-flat major Op. 73 Adagio Un Poco Mosso

Albinoni-Adagio em sol menor

Em 1751 a 17 de Janeiro morre Tomaso Albinoni, autor do inesquecível Adagio em sol menor 

 O Adagio em Sol menor, atribuído a Tomaso Albinoni, é uma das peças mais reconhecíveis e emocionantes da música clássica, mas também cercada por um interessante mistério de autoria. 

Embora o título sugira que seja uma obra do compositor barroco Albinoni, a peça foi na verdade reconstruída (ou composta) pelo musicólogo Remo Giazotto em 1945, supostamente com base em fragmentos de um manuscrito perdido de Albinoni. 

 Estilo e impacto Emoção universal: 

O Adagio é amplamente conhecido por seu caráter melancólico e solene. A peça constrói uma atmosfera de introspecção e saudade, muitas vezes evocando sentimentos profundos e, por vezes, trágicos. 

Por isso, é frequentemente usada em filmes, cerimônias e até funerais.

 Instrumentação: Geralmente, é interpretado por cordas e órgão, o que confere à música um timbre caloroso e espiritual. 

A linha melódica expansiva do Adagio contrasta com os acordes sustentados do acompanhamento, criando uma sensação de movimento suave e inevitável.

 Versatilidade: Apesar de sua melancolia, a peça é incrivelmente versátil. 

Pode ser tocada como música de câmara, em arranjos orquestrais grandiosos ou até adaptada para outros instrumentos e estilos musicais, sem perder sua essência. 

 A polêmica da autoria 

A autenticidade histórica do Adagio é debatida. Giazotto afirmou que o compôs com base em um fragmento do baixo contínuo de uma sonata de Albinoni, encontrado em Dresden após a Segunda Guerra Mundial. 

Contudo, não há evidências concretas de que esse fragmento tenha existido. Isso leva muitos a considerarem o Adagio uma obra original de Giazotto, embora ele tenha conseguido captar o espírito barroco de maneira impressionante. 

Independentemente da autoria, o Adagio é uma peça magnífica e atemporal. Sua simplicidade melódica e harmónica, aliadas à profundidade emocional, tornam-na uma obra-prima no repertório clássico.  

Mozart: Piano Concerto No. 23: II. Adagio

sábado, 16 de janeiro de 2021

Borodin-Sinfonia nº1 em mi bemol maior

Em 1869 a 16 de janeiro Alexander Borodin estreia em St. Petersburgo a sua Sinfonia nº1 em mi bemol maior 

 A Sinfonia nº 1 em mi bemol maior de Alexander Borodin é uma obra notável que reflete o talento de um compositor autodidata e o espírito da música russa do século XIX.

 Composta entre 1862 e 1867, a sinfonia marca a estreia de Borodin como compositor de música orquestral, equilibrando elementos da tradição sinfônica ocidental com traços distintivamente russos. 

 Características principais: 
Influência Ocidental e Russa: Embora Borodin tenha sido fortemente influenciado por compositores como Mendelssohn e Beethoven, o seu interesse pelas melodias folclóricas russas já se faz sentir. 
O uso de escalas exóticas e modos típicos da música russa sugere o início de sua contribuição ao movimento nacionalista, liderado pelo grupo conhecido como Os Cinco. 

 Estrutura Clássica: A sinfonia segue a forma tradicional em quatro movimentos:

 Allegro vivo: Um primeiro movimento animado com temas vigorosos. 
Andante: Lírica e introspectiva, com um caráter poético. 
Scherzo (Presto): Vivaz e brilhante, com passagens que mostram o virtuosismo orquestral. 
Finale (Allegro molto vivace): Energético e triunfante, sugerindo o otimismo da juventude de Borodin. 

Harmonia e Orquestração: 
Apesar de Borodin ainda não ter atingido a maturidade estilística de suas obras posteriores, como a Sinfonia nº 2 ou as Danças Polovetsianas da ópera Príncipe Igor, esta sinfonia já demonstra sua habilidade em orquestração e sua sensibilidade harmônica. 

 Recepção: A sinfonia foi bem recebida em sua estreia em 1869 e é frequentemente vista como uma peça promissora de um compositor em desenvolvimento. O próprio Borodin era muito autocrítico e continuou revisando suas obras. 


 Curiosidade: Borodin dividia seu tempo entre a composição e sua carreira como químico, o que torna ainda mais impressionante a qualidade e o impacto de sua produção musical.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Prokofiev-Chout (The Buffoon) Symphonic Suite from the Ballet op 21.

Em 1924 a 15 de Janeiro Prokofiev estreia em Bruxelas a sua Chout Symphonic Suite, Op. 21a. sob a direcção de Ruhlmann Chout Symphonic Suite, Op. 21a de Sergei Prokofiev é uma obra fascinante que condensa a música de seu balé "Chout" (ou "O Conto do Tolo"), originalmente estreado em 1921. O balé foi baseado em um conto russo, "O Tolo das Sete Máscaras", repleto de humor grotesco e absurdo, que se alinha ao estilo inovador e satírico de Prokofiev. A suíte foi arranjada pelo próprio compositor em 1922 como uma peça independente para concerto. Características principais: Estilo musical: Prokofiev incorpora elementos de sátira, ironia e expressividade rítmica, características típicas de seu estilo. A música é vibrante e colorida, com passagens que vão do cômico ao dramático, refletindo a natureza exagerada e quase caricatural da história. A orquestração é rica e detalhada, explorando timbres incomuns e contrastes dinâmicos. Estrutura da suíte: A suíte é composta por seis movimentos que capturam os momentos mais expressivos e narrativos do balé. Cada movimento exibe a habilidade de Prokofiev em criar atmosferas distintas, de momentos de frenesi e caos a episódios líricos e introspectivos. Contexto histórico: Prokofiev compôs "Chout" em um período de transição, após deixar a Rússia pós-revolucionária e se estabelecer na Europa Ocidental. O balé estreou em Paris com os Ballets Russes, sob a direção de Sergei Diaghilev, que apoiou Prokofiev em diversas ocasiões. Apesar do sucesso moderado na estreia, a suíte encontrou mais receptividade no repertório orquestral, destacando-se como uma peça de grande virtuosismo e originalidade. Importância musical: A suíte exemplifica a habilidade de Prokofiev em unir elementos do folclore russo com sua linguagem moderna e inovadora. É uma obra que antecipa características de sua música futura, como a fusão de simplicidade melódica com complexidade rítmica e harmônica.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Ralph Vaughan Williams-Sinfonia nº. 7 "Antártida"

Em 1953 a 14 de Janeiro Ralph Vaughan William estreia em Manchester z sua Sinfonia nº7 Antartica. 

 A Sinfonia nº 7 de Ralph Vaughan Williams, também conhecida como Sinfonia Antártica, é uma obra singular na história da música sinfônica. 

Ela nasceu da música que Vaughan Williams compôs para o filme britânico Scott of the Antarctic (1948), que narra a trágica expedição do capitão Robert Falcon Scott ao Polo Sul. 

Estreada em 1953, a sinfonia é profundamente evocativa, explorando as paisagens geladas e as vastidões inóspitas do continente antártico. 

 Estrutura A sinfonia tem cinco movimentos:

 Prelúdio (Andante maestoso): Uma introdução majestosa e sombria que evoca a vastidão e a imensidão do gelo, com sopros e cordas criando um ambiente quase etéreo. 

Scherzo (Moderato): Inspirado pelo movimento do gelo e pelo vento, tem um caráter mais rítmico e dinâmico, com toques de ironia. 

Paisagem (Lento): Um movimento contemplativo que descreve o isolamento e a solidão da Antártica, com tons melancólicos e de uma beleza assombrosa.

 Intermezzo (Andante sostenuto): Aqui, há uma sensação mais humana, com referências sutis às dificuldades da expedição de Scott. 

Epilogue (Alla marcia, moderato): Um encerramento sombrio e contemplativo, que reflete o sacrifício e o destino inevitável dos exploradores. 

 

Ravel, Piano concerto in G - II Adagio assai (L. Bernstein)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

J. S. Bach-Cantata BWV 32, "Liebster Jesu, mein Verlangen"

Em 1726 a 13 de Janeiro, J. S. Bach estreia em Leipzig 

 A Cantata BWV 32, "Liebster Jesu, mein Verlangen" ("Querido Jesus, meu desejo"),  é uma obra profundamente expressiva que combina elementos teológicos, musicais e dramáticos, escrita para o primeiro domingo após a Epifania.

 Composta em 1726 em Leipzig, reflete o estilo maduro de Bach e sua habilidade de unir texto e música para transmitir emoção e espiritualidade.

 Estrutura e Conteúdo 
A cantata é baseada no diálogo entre a alma (soprano) e Jesus (baixo), estabelecendo um caráter quase operístico ao longo dos movimentos. 

O texto explora a busca da alma por união espiritual com Cristo, um tema que ressoa no Evangelho do dia, relacionado à busca dos pais de Jesus por ele no templo.

 Ela é estruturada em seis movimentos: 
 Ária (soprano): "Liebster Jesu, mein Verlangen" Uma introdução sublime e introspectiva, onde o soprano expressa o desejo profundo da alma por Jesus. O oboé obbligato adiciona um caráter lírico e introspectivo. 
Recitativo (baixo): "Was ists, daß du mich gesuchet?" Representa Jesus respondendo à alma, com declamação direta e autoridade. 
Ária (baixo): "Hier in meines Vaters Stätte" Jesus reafirma sua presença espiritual na casa de Deus, acompanhado por uma textura orquestral que enfatiza a majestade. Recitativo (soprano e baixo): "Ach! heiliger und großer Gott" Um diálogo íntimo entre a alma e Jesus, destacando a busca por consolo e compreensão. 
Ária (soprano e baixo): "Mein Freund ist mein!" Um dueto caloroso e expressivo que celebra a união entre a alma e Jesus, uma peça com forte simbolismo de amor e devoção.
 Coral: "Mein Gott, öffne mir die Pforten" Finaliza a cantata com uma oração congregacional, pedindo a abertura das portas do paraíso. 

Aspectos Musicais Orquestração: Utiliza cordas, oboé, continuo, e vozes solistas. A instrumentação é elegante, com o oboé destacando-se na abertura.

 Expressividade: A interação entre as vozes do soprano e do baixo representa o diálogo espiritual de forma emocional e convincente. 

Influência operística: Bach incorpora técnicas de ópera italiana para dar vida ao drama espiritual. 

Reflexão A Cantata BWV 32 é um exemplo maravilhoso da habilidade de Bach de transformar temas religiosos em música profundamente humana e acessível. É tanto uma meditação espiritual quanto uma obra de arte musical, refletindo o caráter universal de sua música.

Prokofiev-Sinfonia nº5 em si maior

No ano de 1945 estreia de Prokofiev a sinfonia nº5 em si maior com o próprio autor na condução da Filarmónica de Moscovo.

  A Sinfonia nº 5 em Si bemol maior, Op. 100, de Sergei Prokofiev, é uma obra magistral do repertório sinfônico do século XX. Composta em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, Prokofiev a descreveu como uma celebração do espírito humano, "um hino à liberdade do homem, à sua força e grandeza".

 Características e Estrutura: 

A sinfonia segue a forma tradicional em quatro movimentos, mas com a inovação harmônica e rítmica que caracteriza Prokofiev: 

 Andante: O movimento inicial é grandioso e expansivo, apresentando um tema principal de impressionante força e beleza. É um exemplo da habilidade de Prokofiev em criar melodias memoráveis e emocionalmente ressonantes.
 Allegro marcato: O segundo movimento é marcado por um caráter irônico e satírico, um scherzo que combina energia rítmica e tons de humor, mostrando o estilo característico do compositor. 
 Adagio: O terceiro movimento é sombrio e introspectivo, muitas vezes interpretado como um reflexo dos horrores da guerra. Há uma densidade emocional que contrasta com os outros movimentos. 
 Allegro giocoso: O final é vibrante, repleto de energia e otimismo, com um desfecho triunfante que reafirma a mensagem de resiliência. 


 Impacto e Recepção: 

A estreia da sinfonia, conduzida pelo próprio Prokofiev em 1945, foi um sucesso retumbante. Composta num momento de esperanças renovadas no final da guerra, a obra foi vista como uma afirmação da vitória e da paz. 

Seu impacto emocional e técnico garantiu-lhe um lugar entre as obras-primas do compositor. O que a torna especial: 

Complexidade harmônica: Prokofiev combina tonalidade tradicional com dissonâncias modernas. Ritmos marcantes: A energia rítmica da sinfonia é irresistível. Capacidade narrativa: A obra parece contar uma história, oscilando entre o lirismo, a ironia e o triunfo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

12 de Janeiro

Em 1864 Brahms estreia em Viena a obra Variações sobre um tema de Schumann Op. 23, para piano a quatro mãos

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Magnificat de Domenico Cimarrosa

Em 1801 a 11 de Janeiro, morre em Veneza com 52 anos o compositor italiano Domenico Cimarosa. Em sua homenagem o seu  Magnificat. 

 Há teorias de que sua morte possa ter sido causada por envenenamento, mas a hipótese não é confirmada.

 Domenico Cimarosa (1749–1801) foi um dos mais proeminentes compositores italianos do período clássico, conhecido especialmente por suas óperas cômicas (opera buffa). 

Nascido em Aversa, uma pequena cidade perto de Nápoles, ele foi contemporâneo de compositores como Haydn e Mozart, com os quais compartilhou o estilo galante, caracterizado por melodias claras, formas equilibradas e uma abordagem elegante à composição. 

 O Magnificat de Domenico Cimarosa é uma das suas obras sacras mais conhecidas e reflete o estilo clássico refinado que caracteriza o compositor. 

Embora seja mais famoso por suas óperas cômicas, como Il matrimonio segreto, Cimarosa também escreveu música sacra que revela sua habilidade em criar melodias elegantes e texturas harmônicas sofisticadas. 

 O Magnificat destaca-se pela expressividade e pelo equilíbrio entre a devoção religiosa e o lirismo. Ele segue o texto bíblico do cântico de Maria no Evangelho de Lucas (1:46-55), um texto que exalta a humildade e a glória divina. 

Em sua composição, Cimarosa emprega linhas vocais claras e acessíveis, típicas do classicismo, além de um acompanhamento instrumental que complementa a grandiosidade e a serenidade do texto.   

sábado, 9 de janeiro de 2021

9 de Janeiro

em 1904 interpretado por Ricardo Vines, em Paris, estreia-se Estampes de Debussy.

9 de Janeiro

Em 1909 Ravel estreia em Paris Gaspard de la Nuit interpretado por Ricardo Vines, .Trata-se duma obra para piano, ilustrando 3 poemas de Aloysius Bertrand

9 de Janeiro

Em 1892, a 9 de Janeiro,  Richard Strauss estreia em Nova Yorque a sinfonia Morte e Transfiguração op.24, interpretada pela NY Philharmonic. 

 A música descreve a morte dum artista. Conforme morre, pensamentos da sua vida passam por sua cabeça: a inocência da infância, as lutas da idade adulta, a conquista das metas terrenas e, no fim, a transfiguração (uma passagem belíssima na obra baseada num motivo que se repete cada vez mais intenso). 

 À beira da própria morte, Strauss observou que o poema sinfónico estava absolutamente correto ao descrever os sentimentos do artista que morre.

  A Sinfonia "Morte e Transfiguração" Op. 24 de Richard Strauss é uma obra emblemática no repertório do compositor, escrita em 1889, quando ele tinha apenas 25 anos. 

Este poema sinfônico é uma das suas primeiras obras que explora com profundidade os temas da vida, morte e transcendência, antecipando elementos que se tornariam centrais em sua música posterior.

 Estrutura e Narrativa: 
A peça é dividida em quatro seções, cada uma descrevendo uma fase específica de uma experiência humana, como se fosse uma narrativa musical:
 A Luta da Vida: Representa o esforço humano e os desafios enfrentados ao longo da existência. A música aqui é vigorosa, com uma orquestração que reflete conflitos interiores e físicos. 
 A Morte: A música torna-se mais introspectiva e sombria, com temas que evocam o sofrimento e a proximidade da morte. 
 A Visão de Transfiguração: A transição para uma percepção de algo mais elevado. Aqui, a música reflete um momento de redenção e serenidade. 
 A Transfiguração: O tema principal, apresentado de forma grandiosa, simboliza a ascensão da alma para uma existência superior, transcendendo o sofrimento terreno.

 Características Musicais: 
Leitmotivs: Strauss utiliza motivos recorrentes para simbolizar a luta, a morte e a transfiguração, criando um enredo coeso. 
Orquestração Rica: A peça mostra a maestria de Strauss na manipulação orquestral, com texturas densas, passagens delicadas e um uso poderoso de metais e cordas. Culminação Final: A transfiguração é expressa com uma culminância orquestral de rara beleza, onde os temas principais se resolvem de forma triunfante e etérea.

 Contexto e Repercussão: Strauss compôs esta obra num período em que o conceito do poema sinfônico estava em alta, especialmente inspirado por Liszt e Wagner. 

A "Morte e Transfiguração" reflete uma visão romântica da mortalidade, onde a morte não é o fim, mas um portal para a eternidade. 

 A peça tem sido interpretada como um vislumbre das reflexões filosóficas de Strauss sobre a vida e o além, e foi bem recebida, consolidando seu lugar como um dos grandes compositores de sua época. 

 Impressões Pessoais: A "Morte e Transfiguração" é profundamente comovente, especialmente na maneira como lida com o tema universal da mortalidade. 

Para quem ouve, é uma experiência intensa, que pode levar a reflexões sobre a própria finitude e a busca por significado na vida. A transfiguração final, cheia de luz e esperança, é de arrepiar, trazendo um senso de redenção e beleza transcendental.

8 de Janeiro

Em 1971 estreia-se em Moscovo, sob a direção do sue filho Maxim a Sinfonia nº15 em lá maior op.141 de Shostakovitch.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Schumann-Piano quinteto em mi bemol maior op.44

Em 1843 a 8 de Janeiro, Schumann estreia no Leipzig Gewandhaus o seu Piano Quinteto em mi bemol maior op.44. 

 Aqui a interpretação é da New Russian Quartet com Julia Igonina no violino Elena Kharitonova também no violino Alexander Galkovsky na viola, Alexey Steblevcello no cello e Georgi Cherkin no piano 

 O Quinteto para Piano em Mi Bemol Maior, Op. 44, de Robert Schumann, é uma das obras mais importantes e emblemáticas do repertório de música de câmara do período romântico. 

Composto em 1842, um ano muitas vezes chamado de “o ano da música de câmara” na vida de Schumann, este quinteto representa uma síntese brilhante entre a expressividade romântica e a estrutura clássica. 

 🎼 Contexto Histórico e Composição Foi escrito durante uma fase incrivelmente produtiva de Schumann, quando ele se dedicava intensamente à música de câmara. A obra foi dedicada à sua esposa, Clara Schumann, uma renomada pianista e compositora, que também foi a intérprete na estreia privada da peça. Clara não pôde participar da estreia pública devido a uma doença, então Felix Mendelssohn assumiu o papel de pianista. 🎻 

Instrumentação O quinteto é escrito para: Piano Dois Violinos Viola Violoncelo Essa formação, inovadora para a época, permitiu a Schumann explorar uma rica interação entre o piano e os instrumentos de cordas, criando momentos de diálogo e de fusão sonora únicos.

 Estrutura da Obra 
I. Allegro brillante Abertura vigorosa e enérgica. O movimento alterna entre passagens majestosas e mais íntimas, com o piano frequentemente em destaque. 

II. In modo d’una Marcia. Un poco largamente Um movimento lento, sombrio e introspectivo. Schumann utiliza uma marcha fúnebre, trazendo uma atmosfera melancólica e de grande profundidade emocional. 

III. Scherzo: Molto vivace Um movimento animado e espirituoso, cheio de energia e leveza. Duas seções de trio contrastam com a vivacidade do scherzo. 

IV. Allegro ma non troppo O movimento final traz uma fuga espetacular, mostrando a habilidade de Schumann no contraponto. O tema principal retorna com força, levando a peça a um desfecho grandioso. 

Importância e Legado O Quinteto para Piano, Op. 44 revolucionou a música de câmara, estabelecendo um modelo que inspirou gerações de compositores, como Brahms e Dvořák. É considerado um exemplo perfeito da fusão entre os mundos do piano virtuoso e do quarteto de cordas. A obra captura a intensidade emocional característica de Schumann, equilibrada com sua habilidade formal.

8 de Janeiro

Em 1895, Brahms estreia em Viena a sua Clarinete Sonata, Op. 120, no. 1 com clarinetista Richard Mühlfeld e o próprio Brahms no piano.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

7 de Janeiro

Em 1842 foi a primeira vez que se ouviu a versão completa do Stabat Mater de Rossini, no Teatro dos Italianos em Paris que foi recebido com um tremendo entusiasmo. O Stabat Mater chegava à Itália dois meses depois graças a Donizetti que iria ser também o maestro da primeira apresentação italiana desta obra de Rossini. Entre os solistas contavam-se dois amigos pessoais de Rossini, Clara Novello e Nikolai Ivanov, para os quais, a pedido do próprio Rossini, Verdi comporia algumas árias substitutas. Mas é através de Donizetti que sabemos como foi a recepção deste Stabat Mater: “É impossível descrever o entusiasmo com que foi recebido o Stabat Mater. No dia do ensaio geral, quando chegámos ao fim, Rossini, que estivera sempre presente, foi acompanhado por mais de 500 pessoas eufóricas pelas ruas da cidade. Na noite da estreia, como Rossini não apareceu, a população seguiu até à sua casa e só desarmou quando Rossini veio acenar à janela.

Liszt-Piano Concerto nº2 em lá maior,

Em 7 de Janeiro de 1857, estreia-se o Piano Concerto nº2 em lá maior de Franz Liszt A condução da orquestra e o solista foi o seu pupilo, Hans von Bronsart 

 O Concerto para Piano nº 2 em Lá Maior, S.125 de Franz Liszt é uma obra fascinante, que reflete a genialidade e inovação do compositor. 

Diferente da estrutura clássica tradicional em três movimentos, este concerto é composto como uma peça contínua, dividida em várias seções interligadas, quase como uma narrativa musical coesa.

Estrutura e Características:
 Forma Cíclica: Liszt utiliza uma forma cíclica, onde os temas se transformam e reaparecem sob diferentes roupagens ao longo da peça, criando uma unidade orgânica. 
 Diálogo Piano-Orquestra: O piano e a orquestra não competem, mas dialogam de maneira dinâmica, quase teatral, alternando entre momentos de delicada poesia e explosões de virtuosismo arrebatador. 

 Atmosfera Dramática: A peça alterna entre passagens líricas, introspectivas e tempestades sonoras, características da linguagem romântica de Liszt. 

 Temas Transformacionais: Um dos grandes triunfos do concerto é a habilidade de Liszt em transformar um único tema principal em várias formas expressivas, desde melancólicas até triunfantes. 

Execução: O concerto exige não apenas destreza técnica excepcional do pianista, mas também uma compreensão profunda das nuances expressivas da música. Há momentos de brilho virtuosístico, mas também passagens de incrível sensibilidade.

 🎼 Seções Notáveis: Introdução lenta e poética: O piano entra suavemente, quase como um sussurro, estabelecendo o caráter inicial da peça. Momentos heroicos e grandiosos: O pianista é frequentemente desafiado com passagens de grande dificuldade técnica. 

Finale apoteótico: A peça termina com uma sensação de triunfo e resolução, após uma jornada musical intensa. 💭 

Curiosidades: Liszt revisou esta obra várias vezes ao longo dos anos, buscando sempre refinar sua forma e expressão. Embora menos popular que o Concerto para Piano nº 1, este segundo concerto é considerado mais sofisticado em termos de desenvolvimento temático e estrutura.

7 de Janeiro

Em 1725 J. S. Bach estreia a sua Sacred Cantata No. 124 Meinen Hesum lass ich nicht on the 1st Sunday following Epiphany.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

4 de Janeiro

Em 1880 a 4 de Janeiro, Brahms estreia em Leipzig o seu concerto 8 peças para Piano Op. 76, 

 As Oito Peças para Piano, Op. 76 de Johannes Brahms são um conjunto de composições para piano solo, escritas entre 1871 e 1878, representando uma fase de grande maturidade criativa do compositor. 

Essas peças são um excelente exemplo do domínio técnico e expressivo de Brahms no piano, equilibrando lirismo, complexidade harmônica e uma profundidade emocional característica de suas obras tardias. 

 As peças são divididas em dois gêneros principais: 
 Caprichos (Capriccios) – Mais enérgicos, apaixonados e muitas vezes com ritmos incisivos. 
Intermezzos (Intermezzi) – Mais introspectivos, líricos e reflexivos, com uma atmosfera quase meditativa. Essa dualidade expressa tanto a face tempestuosa quanto a sensível do compositor, criando um diálogo emocional entre as peças. 🎼

 Essas peças são frequentemente vistas como precursoras das composições tardias de Brahms, como os Intermezzi Op. 117 e Klavierstücke Op. 118 e 119. 

Elas oferecem uma síntese entre a profundidade emocional do romantismo e a precisão arquitetônica clássica, características que definem o estilo de Brahms.
 

domingo, 3 de janeiro de 2021

3 de Janeiro

Em 1710 nasce perto de Ancona o compositor italiano Giovanni Pergolesi, dele pode ouvior-se aqui o seu Concerto para violino, e cordas em la sustenido maior

sábado, 2 de janeiro de 2021

3 de Janeiro

No ano de 1941 Rachmaninov estreia as Danças Sinfónicas, interpretada pela Orquestra de Filadélfia, sobra a direcção de Ormandy

Valsa de O Cavaleiro da Rosa

Em 1894 nasce em Split na Polónia o maestro Arthur RODZINSKI. Rodziński estudou música em Lwów, e depois Direito em Viena, onde ele simultâneamente se envolveu com a Academia de Música.Desde 1925 nos Estados Unidos ficou ligado a várias orquestras.Naturalizou-se americano e em 1943 acabou por ser nomeado director musical da Filarmónica de Nova Iorque Aqui o maestro dirige a Cleveland Orchestra nas Valsas da opera o Cavaleiro da Rosa de Richard Strauss

2 de Janeiro

1859 Mili Balakirev estreia a Overture on Russian Songs em Moscovo. Esta obra orquestral foi composta por Balakirev em 1858 e é uma peça marcante por várias razões: Temas Folclóricos Autênticos: Balakirev baseou a peça em melodias folclóricas russas, capturando a essência da cultura popular. As melodias são apresentadas de forma clara, mas com orquestração sofisticada. Balakirev demonstrou grande habilidade em combinar os instrumentos da orquestra para criar texturas vibrantes e emotivas. As seções alternam entre passagens delicadas e momentos de grande intensidade. Embora seja chamada de Abertura, a peça não segue rigidamente a forma sonata clássica, permitindo a Balakirev explorar e expandir os temas livremente.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

1 de Janeiro

No primeiro dia do ano de 1847 estreia-se em Viena o Piano Concerto op.54 de Schumann, com a famosa pianista e sua esposa Clara como solista.