quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
31 de Dezembro
31 de Dezembro
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Bruckner-Sinfonia nº 7 em mi maior
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Brahms-Piano trio Nº2 em dó maior op.87
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
15 de Março
- Em 1835 nasce Eduard Strauss que viria a morrer a 28 de dezembro de 1916, foi um compositor austríaco, irmão de Johann Strauss II e Josef Strauss.
- A família dominou o mundo musical vienense durante décadas, criando muitas valsas e polkas
- Eduard Strauss, criou um estilo próprio e não tentou imitar as obras dos seus irmãos ou outros seus contemporâneos.
- Foi principalmente lembrado e reconhecido como um maestro, a sua popularidade foi ensombrada pelo de seu irmão mais velho.
- Percebendo isso, carimbou a sua própria marca com a polca rápida, conhecida na língua alemã como "polca-Schnell".
- Entre os mais populares polkas, foram "Bahn Frei", op. 45, "Ausser Rand und Band", op.168, e "Ohne Bremse", op. 238. Esta é a Bahn frei e a thelephone polka
domingo, 27 de dezembro de 2020
Bach-Cantata nº 133 BWV 133 "Ich freue mich in dir
Rachmaninov-Rapsódia sobre um tema de Paganini
sábado, 26 de dezembro de 2020
Bach-Cantata nº 121 BWV 121 "Christum wir colleen loben schon on the 2nd Day of Christmas "
,Brahms-Abertura trágica op.81
Schubert-Piano Trio nº 01 em si bemol maior
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
25 de Dezembro
25 de Dezembro
Bach-Magnificat
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
21 de Dezembro
21 de Dezembro
domingo, 20 de dezembro de 2020
20 de Dezembro
20 de Dezembro.
20 de Dezembro
sábado, 19 de dezembro de 2020
19 de Dezembro
Rimsky-Korsakov-Sinfonia nº01 em mi menor op.01
19 de Dezembro
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
18 de Dezembro
Bruckner-Sinfonia nº 8 em dó menor,
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
17 de Dezembro
Brahms-Piano Sonata nº01 em dó maior op.1
- Em 1853 Johaness Brahms estreia em Leipzig o seu Piano Sonata No. 1 em dó maior, Op. 1. Estreia do compositor acompanhado pelo David Quartet
- A Sonata para piano nº 1 em dó maior , Op. 1, de Johannes Brahms foi escrito em Hamburgo em 1853 e publicado no final daquele ano. Apesar de ser sua primeira obra publicada, ele compôs sua Sonata para piano nº 2 primeiro, mas escolheu esta obra para ser sua primeira obra publicada porque sentiu que era de qualidade superior.
- A peça foi enviada junto com sua segunda sonata para Breitkopf & Härtel com uma carta de recomendação de Robert Schumann . Schumann já havia elogiado Brahms com entusiasmo, e a sonata mostra sinais de um esforço para impressionar em sua grandeza sinfônica, exigências técnicas e caráter dramático. Foi dedicado a Joseph Joachim .
Aaron Copland-Violino Concerto
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Bruckner-Sinfonia nº 3 em ré meno
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
Glazunov-Sinfonia Nº. 8 mi bemol maior op.83,
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Berlioz- L'Enfance du Christ op.25,
- L'enfance du Christ ( A Infância de Cristo ), Opus 25, é um oratório pelo compositor Hector Berlioz , com base na Sagrada Família de fuga para o Egito (ver Evangelho de Mateus 2:13).
- Berlioz escreveu suas próprias palavras para a peça. A maior parte foi composta em 1853 e 1854, mas também incorpora uma obra anterior La fuite en Egypte (1850).
- Foi apresentada pela primeira vez na Salle Herz , Paris ,a 10 de dezembro de 1854, com Berlioz como maestro e solistas da Opéra-Comique: Jourdan (Récitant), Depassio (Hérode), o casal Meillet (Marie e Joseph) e Bataille (Le père de famille).
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
9 de Dezembro
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
8 de Dezembro
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
7 de Dezembro
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
3 de Dezembro
domingo, 29 de novembro de 2020
Brahms-Piano Quarteto nº2 em lá maior op.26
Aqui estão alguns pontos marcantes:
1. Um Brahms expansivo e lírico
Este quarteto tem um caráter mais aberto, sereno e pastoral em comparação ao mais dramático op. 25 e ao mais compacto op. 60. O primeiro movimento é amplo, com um lyrismo confortável, quase meditativo.
2. O piano como tecelão de texturas
O piano não domina com virtuosismo: ele entrelaça texturas com as cordas, criando um bloco sonoro muito homogêneo. É Brahms camerístico no seu melhor — denso, mas nunca pesado.
3. O Scherzo contrasta com leveza
O segundo movimento é um Poco Adagio que se abre em clima introspectivo, seguido por um Scherzo elegante e discreto, muito diferente dos scherzi turbulentos de outros compositores românticos.
4. Andante com alma noturna
O movimento lento é um dos mais belos de Brahms: melancólico sem pesar, contemplativo, com aquele toque de noite interior que Brahms sabia construir sem drama exagerado.
5. Finale com sabor húngaro
O final traz um aceno ao estilo “alla Zingarese” que Brahms tanto apreciava, mas aqui mais moderado que no famoso finale do op. 25. É elegante, rítmico, um fecho cheio de vida.
Em suma
É uma obra para quem aprecia profundidade sem sofrimento, beleza construída com calma, e a sensação de uma música que respira longamente. Entre os três quartetos com piano de Brahms, este é o que mais transmite serenidade madura.sábado, 28 de novembro de 2020
16 de Dezembro
28 de Novembro
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
27 de Novembro
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Brahms-Cello Sonata nº2 op 99
Aqui vai um panorama do que a torna tão especial:
1. Caráter geral da obra
Ao contrário da Sonata nº1 (mais íntima, densa e meditativa), a Sonata Op. 99 é brilhante, poderosa e de grande virtuosismo — para ambos os instrumentos.
Tem um diálogo altamente dramático entre violoncelo e piano, com o piano assumindo um papel quase sinfónico.
2. Estrutura dos quatro movimentos
I. Allegro vivace
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Começa com uma energia quase impetuosa.
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O violoncelo entra com frases amplas e apaixonadas, enquanto o piano oferece blocos sonoros robustos.
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É um combate elegante: tensão, expansão lírica e arrebatamento.
II. Adagio affettuoso
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Um dos movimentos mais belos que Brahms escreveu.
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Melodias longas, tocadas quase “como canto”, com uma atmosfera contemplativa.
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O calor lírico é profundo, mas nunca excessivamente sentimental — típico de Brahms.
III. Allegro passionato
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Carregado de turbulência e urgência.
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Ritmos obsessivos, harmonias densas e um espírito atormentado, quase trágico.
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Um estudo perfeito do “Brahms tempestuoso”.
IV. Allegro molto
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Mais leve, mas não menos complexo.
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Traz um frescor rítmico e uma espécie de resolução vigorosa.
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Um final brilhante e cheio de vida.
3. Por que é tão admirada?
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É uma obra de igualdade verdadeira entre violoncelo e piano.
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Exige técnica refinada, mas — mais que isso — um entendimento profundo da dialética emocional de Brahms: calor x contenção, força x ternura, nobreza x vulnerabilidade.
domingo, 22 de novembro de 2020
Dvorak-Piano Quinteto nº1 em lá op.5
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
,Rubinstein-Sinfonia nº2 em dó maior op.42
16 de Novembro
sábado, 14 de novembro de 2020
Beethoven-String quintet em dó maior op.29"Storm"
Beethoven escreveu pouquíssima música para quinteto de cordas. Este é o único quinteto original para a formação tradicional (2 violinos, 2 violas e violoncelo). Isso já lhe dá um caráter especial: Beethoven explora de forma rica o timbre mais quente e denso das duas violas.
Por que “Storm”?
O apelido não é original do compositor, mas surgiu porque o último andamento, em Presto, contém um trecho central onde Beethoven cria:
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rápidos arpejos descendentes,
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figuras agitadas no violino,
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acordes súbitos e dramáticos,
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contrastes bruscos de dinâmica,
…tudo isso dando a impressão de uma tempestade musical, quase como um antecessor do que faria depois na 6ª sinfonia (“Pastoral”).
Uma peça de transição
Escrito em 1801, o Op. 29 está numa fase em que Beethoven:
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deixa para trás o estilo mais clássico herdado de Haydn e Mozart,
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começa a revelar um estilo mais ousado,
-
experimenta texturas, modulações e contrastes mais dramáticos.
O “Storm” é praticamente um laboratório do Beethoven que viria a ser
Movimentos em linhas gerais
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Allegro moderato — Elegante e luminoso, mas já com tensões internas típicas do compositor.
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Adagio molto espressivo — Belo movimento lírico, quase vocal, com harmonias surpreendentes.
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Scherzo: Allegro — Leve e brincalhão, mas sempre com aquela energia nervosa beethoveniana.
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Presto — O famoso “Storm”: movimento rápido, vibrante e cheio de efeitos atmosféricos.
Por que é tão apreciado
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É menos tocado que os quartetos, mas tem uma riqueza tímbrica única.
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Mostra um Beethoven entre dois mundos: ainda clássico, mas já tempestuoso.
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O último movimento é uma pequena obra-prima de imaginação sonora.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Berlioz - Requiem (Grande Messe des Morts)
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
sábado, 7 de novembro de 2020
7 de Novembro
Liszt-Sinfonia Dante s.109
Estrutura geral
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Inferno
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Escrita em Ré menor, abre com um motivo sombrio e dissonante que evoca o caos infernal e o célebre verso “Lasciate ogni speranza, voi ch’entrate”.
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Musicalmente, é uma das páginas mais ousadas de Liszt: utiliza cromatismos intensos, ritmos violentos, intervalos aumentados e modulações abruptas.
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Há episódios que descrevem cenas do Inferno, como a paixão trágica de Francesca da Rimini e Paolo, tratados com lirismo contrastante.
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Purgatorio
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Contrasta fortemente com o Inferno: é sereno e contemplativo, em Si maior, simbolizando a esperança e a purificação.
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A música progride em direção à luz, com temas mais diatónicos e uma orquestração mais transparente.
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No final, Liszt introduz o “Magnificat” para coro feminino (ou vozes brancas), representando a ascensão espiritual e o vislumbre do Paraíso.
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Contexto e significado
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A sinfonia reflete o ideal romântico de transformar literatura em música (“poema sinfónico” antes do termo se fixar).
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Wagner influenciou fortemente Liszt nesta fase — mas também o aconselhou a não tentar representar musicalmente o Paraíso, o que levou Liszt a parar no Purgatório.
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É uma obra profundamente programática, filosófica e religiosa, mais do que puramente sinfónica no sentido clássico.
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Bruckner-Sinfonia nº 2 em dó menor
domingo, 25 de outubro de 2020
25 de Outubro
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
terça-feira, 20 de outubro de 2020
Schubert-Sinfonia nº2 em si bemol maior D.125
I. Largo — Allegro vivace (Si bemol maior)
A introdução lenta (Largo) tem um caráter quase solene, abrindo espaço para um Allegro vivace leve, cheio de energia juvenil. Nota-se uma clara herança clássica — o uso de forma sonata é bastante disciplinado — mas Schubert tempera isso com melodias cantáveis e um sentido harmônico mais aventureiro do que era comum em Haydn, por exemplo. O desenvolvimento modula com liberdade surpreendente para um compositor tão jovem.
II. Andante (Mi bemol maior)
Este segundo movimento é uma série de variações sobre um tema simples e gracioso. Cada variação apresenta novas cores instrumentais e mudanças de caráter: ora delicado, ora mais vigoroso. Aqui Schubert mostra já um talento especial para orquestração clara e para melodias que parecem quase vocais, como se uma canção estivesse escondida na textura instrumental.
III. Menuetto: Allegro vivace — Trio (Si bemol maior / Sol menor)
O Minueto é ritmicamente incisivo e lembra bastante Beethoven nos seus scherzi iniciais, embora mantenha o título tradicional “Menuetto”. O Trio, em Sol menor, cria um contraste mais sombrio e dramático, antes do retorno ao clima mais jovial do Minueto. Aqui se nota um jogo expressivo entre luz e sombra que antecipa o Schubert maduro.
IV. Presto (Si bemol maior)
O Finale é vibrante, cheio de energia rítmica e vitalidade. A escrita orquestral é ágil, e Schubert mostra domínio da forma rondó-sonata, com um tema principal muito marcante. Há ecos do espírito lúdico de Haydn, mas com um colorido harmônico mais pessoal e fresco. É um desfecho alegre e brilhante, típico de uma sinfonia juvenil, mas tecnicamente muito bem construída.
Em contexto histórico e estilístico
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A Sinfonia n.º 2 foi escrita pouco depois da n.º 1 (D. 82), ainda na Viena do pós-Napoleão.
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Não foi publicada nem amplamente executada durante a vida de Schubert.
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Orquestra clássica relativamente pequena, sem trombones (como nas sinfonias iniciais).
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Mostra já a sua inclinação para o lirismo melódico, contrastando com a estrutura clássica herdada.
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É uma obra excelente para perceber como Schubert assimila a tradição clássica e começa a transformá-la.
Em resumo:
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
George Chadwick-Sinfonia nº3
Contexto histórico e estético
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Chadwick foi um dos principais compositores da chamada “Boston Six” — um grupo de músicos americanos que estudaram na Europa e trouxeram para os EUA a tradição sinfónica germânica (especialmente de Brahms e Schumann), combinando-a com um gosto nacionalista emergente.
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A Terceira Sinfonia é um exemplo claro desse sincretismo: estrutura formal clássica, mas com uma energia rítmica e um colorido orquestral mais “americano” e pessoal.
Estrutura
A sinfonia segue a forma tradicional em quatro andamentos:
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Allegro — Clássico em forma-sonata, com temas líricos e desenvolvimento vigoroso. Nota-se a clareza da orquestração e um domínio harmónico muito sólido.
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Andante semplice — Movimento lento de grande delicadeza, com melodias cantáveis e tratamento orquestral refinado. Alguns críticos veem aqui ecos de Dvořák, que esteve em Nova Iorque na época.
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Scherzo: Presto — Brilhante, espirituoso e cheio de vitalidade rítmica. Este scherzo é frequentemente apontado como uma das passagens mais “americanas” da sinfonia — leve, dançante, quase folclórica.
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Allegro molto — Final enérgico, com um tratamento contrapontístico sólido e temas que retomam motivos anteriores, conferindo coesão cíclica à obra.
Características musicais marcantes
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Orquestração brilhante — Chadwick era mestre em usar cores instrumentais, especialmente madeiras e metais, de modo transparente e eficaz.
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Temas claros e memoráveis — Ao contrário de muitos contemporâneos americanos ainda presos ao academismo, Chadwick já apresenta um estilo pessoal, com melodias fluidas e bem definidas.
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Ritmo e leveza — O scherzo e alguns trechos do finale têm um frescor rítmico que prenuncia o estilo mais nacional dos compositores americanos do século XX.
Recepção e legado
Na estreia, a Sinfonia n.º 3 foi muito elogiada pela crítica de Boston, e consolidou Chadwick como o mais sólido sinfonista americano da sua geração. Embora tenha sido eclipsada posteriormente por nomes como Ives, Copland ou Bernstein, hoje ela é vista como uma obra-chave do repertório sinfónico americano pré-moderno, com gravações importantes realizadas a partir do final do século XX.quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Alan Hovhaness-Sinfonia n. 3 op 148
1.º movimento – Andante
Este movimento estabelece imediatamente o clima meditativo característico de Hovhaness. A escrita contrapontística lembra o estilo coral renascentista, com linhas melódicas independentes que se entrelaçam de forma serena, quase como um canto espiritual coletivo.
2.º movimento – Allegro
Aqui há um contraste rítmico mais evidente, mas sem abandonar a clareza modal. O movimento utiliza padrões imitativos e ostinati, lembrando danças antigas ou até influências arménias discretas. É frequente que Hovhaness combine texturas quase barrocas com timbres modernos, criando um efeito de solenidade viva, não agressiva.
3.º movimento – Andante espressivo
O último movimento retoma o tom contemplativo inicial, mas com maior profundidade emocional. As linhas melódicas parecem fluir como cantos litúrgicos ou hinos espirituais. A música culmina não num clímax dramático, mas numa espécie de “elevação tranquila”, típica da estética hovhanessiana: em vez de resolver tensões, a música dissolve-se numa quietude luminosa.
Características gerais notáveis
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Uso intensivo de contraponto modal inspirado em Palestrina e na música medieval/renascentista.
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Ausência de conflito dramático: Hovhaness evita dissonâncias fortes e desenvolvimentos sinfónicos no estilo beethoveniano.
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Carácter místico e intemporal, muitas vezes associado a paisagens naturais ou experiências espirituais.
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Orquestração clara e equilibrada, privilegiando cordas e madeiras, com uso muito controlado dos metais.
Contexto estilístico
A 3.ª Sinfonia surge num período em que Hovhaness começa a consolidar o seu estilo pessoal, afastando-se das vanguardas pós-guerra e da tradição sinfónica europeia dramática. Em vez disso, procura uma voz profundamente interior, universal e espiritual, o que fez com que fosse muitas vezes visto como um compositor “à margem” das correntes dominantes.
Em suma, a Sinfonia n.º 3 é uma obra lírica, contemplativa e quase “atemporal”. Não busca o virtuosismo orquestral nem a inovação técnica, mas cria um espaço sonoro de calma e transcendência — um exemplo claro de como Hovhaness conseguiu forjar uma linguagem única no século XX.
terça-feira, 13 de outubro de 2020
13 de Outubro..
Brahms-Piano trio Nº1 em dó maior op.8
Aqui vai uma análise geral
Contexto histórico
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Composição original: 1853–1854, Em 1855 a 13 de Outubro estreou em Dantzig a 1ªversão, quando Brahms tinha cerca de 20 anos.
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Revisão: 1889, já no fim da carreira, quando era um compositor maduro.
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Apesar de manter o mesmo número de opus, a versão revisada é quase uma nova obra — Brahms reescreveu vastas secções, condensou ideias e refinou a forma, mas manteve a exuberância lírica da juventude.
Instrumentação
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Piano
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Violino
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Violoncelo
É uma formação clássica de trio, mas Brahms explora aqui uma densidade orquestral: o piano tem papel sinfónico e os instrumentos de cordas dialogam intensamente, não sendo meros acompanhantes.
Estrutura dos movimentos
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Allegro (Sonata-allegro)
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Abertura expansiva e lírica, com um tema inicial belíssimo apresentado pelo violoncelo.
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Alterna momentos de ternura com passagens de grande energia rítmica.
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A revisão de 1889 trouxe maior coesão formal e clareza contrapontística.
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Scherzo – Allegro molto / Trio
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Ritmicamente incisivo, quase tempestuoso, lembrando o estilo de Schumann.
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O Trio central contrasta com uma melodia serena e lírica antes de o Scherzo voltar com vigor.
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Movimento profundamente contemplativo e íntimo, com atmosfera quase religiosa.
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Os diálogos entre violino e violoncelo são de grande beleza melódica, enquanto o piano sustenta uma textura harmónica densa e expressiva.
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Finale – Allegro
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Inicia com um caráter misterioso e tenso, para depois ganhar energia.
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Combina passagens líricas e dramáticas com um uso magistral do desenvolvimento temático.
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Termina com brilho, reafirmando a tonalidade de dó maior.
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Importância artística
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A versão revisada equilibra juventude e maturidade: mantém a inspiração melódica do jovem Brahms, mas com a solidez formal e contrapontística do mestre tardio.
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É considerada uma das mais perfeitas obras de música de câmara do repertório romântico.
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Clara influência de Beethoven e Schumann, mas já com a voz plenamente brahmsiana — rica, profunda, e arquitetonicamente sólida.
domingo, 11 de outubro de 2020
Bloch-Piano Quintet Nº.1
Características gerais
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Formação: piano + quarteto de cordas.
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Duração: cerca de 30 minutos.
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Estilo: expressionista, denso, com fortes tensões harmónicas e uma energia quase “orquestral”.
Atmosfera e linguagem
Bloch estava num período particularmente dramático e exploratório, e isso transparece:
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Texturas densas, às vezes quase violentas.
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Contrastes abruptos entre fúria e lirismo.
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Influências modais e um certo “primitivismo” que muitos associam à espiritualidade judaica típica de Bloch, mas aqui de forma mais crua e visceral.
Estrutura dos movimentos
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Agitato – um movimento turbulento, com ritmos incisivos e ambiente tenso.
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Andante mistico – um dos trechos mais belos, misterioso, quase ritualístico.
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Allegro energico – vigoroso, com grande impacto rítmico e final arrebatador.
Como experiência
É uma obra que exige atenção: densa, emocionalmente complexa, com um piano altamente percussivo que desafia e domina o discurso. Para quem gosta de música de câmara com força dramática, é uma peça inesquecível.sábado, 10 de outubro de 2020
Beethoven-Violino sonata nº10 em sol op.96
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
9 de Outubro
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Chopin-Balada nº1 em sol menor op.23
A obra não segue uma forma clássica rígida (como sonata ou rondó), mas tem uma construção narrativa muito clara — como se contasse uma história musical:
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Introdução lenta (Lento) – Uma abertura em sol menor, de caráter grave e contemplativo, com acordes em estilo quase coral. Cria uma sensação de expectativa, como se um narrador abrisse um conto sombrio.
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Tema principal (Moderato) – Surge com uma melodia delicada e fluida, quase inocente, mas já com uma nostalgia profunda. Esse tema cresce e se desenvolve ao longo da peça com variações e intensificações.
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Tema secundário (Meno mosso) – Aparece mais lírico e cantabile, contrastando com o primeiro. É um momento de beleza mais tranquila, quase sonhadora.
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Desenvolvimento – Chopin alterna e transforma os dois temas, intensificando a tensão com passagens virtuosísticas, mudanças harmônicas ousadas e um crescendo emocional contínuo.
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Coda (Presto con fuoco) – É uma explosão de energia: uma corrida vertiginosa, dramática e heroica, onde o tema principal é reinterpretado com fúria. Termina de forma abrupta e intensa, com acordes fortíssimos em sol menor.Características musicais
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Virtuosismo técnico: exige grande domínio pianístico — arpejos extensos, saltos, escalas rápidas e controle expressivo delicadíssimo.
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Profundidade emocional: alterna entre introspecção, lirismo e tempestade.
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Narrativa aberta: muitos pianistas e ouvintes sentem que a peça conta uma “história sem palavras”, com clímax e desfecho trágico ou grandioso.
Curiosidades
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Foi a peça escolhida por Roman Polanski para uma das cenas mais intensas do filme The Pianist (2002).
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Liszt ficou impressionado com esta balada e chegou a tocá-la em concertos, mesmo sendo escrita para o estilo único de Chopin.
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É frequentemente considerada a mais popular e emocionalmente arrebatadora das quatro baladas.
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Edward Elgar-Marcha Triunfal Caractacus op.35
A 5 de outubro de 1898 no Festival de Leeds estreou-se a Triumphal March Caractacus, Op. 35 de Edward Elgar
A Marcha Triunfal de Caractacus, Op. 35, de Edward Elgar, é o grandioso final da cantata dramática Caractacus (1898).
Essa obra foi escrita para o Festival de Música de Leeds, e marca um momento importante na carreira de Elgar: é uma das peças que o consolidaram como compositor nacional britânico, antes mesmo do sucesso colossal da Marcha Pompa e Circunstância nº 1 (1901).
🌿 Contexto dramático
A cantata Caractacus narra a resistência do chefe britano Caractacus (Carataco) contra a invasão romana, sua captura e subsequente apresentação ao imperador Cláudio em Roma. A Marcha Triunfal surge no final da obra, representando a entrada vitoriosa dos romanos na cidade — cheia de pompa, solenidade e esplendor imperial.
Características musicais
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Escrita para orquestra completa, coro e solistas, a marcha combina:
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Harmonia majestosa, com acordes amplos e brilhantes.
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Temas nobres e expansivos, típicos do estilo britânico de Elgar.
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Ritmo marcado e regular, evocando um cortejo triunfal romano.
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Orquestração rica, com destaque para os metais (trompetes, trombones e trompas), tímpanos e cordas em uníssono.
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Importância
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É vista como precursora direta do estilo que Elgar desenvolveria nas suas marchas Pomp and Circumstance.
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Foi muito bem recebida no Festival de Leeds, ajudando a firmar Elgar como um compositor de “voz inglesa” — algo que ele vinha buscando desde suas obras corais anteriores.
Curiosidade
Nos concertos modernos, a Marcha Triunfal é frequentemente executada isoladamente, como peça orquestral independente, graças ao seu caráter monumental e festivo — semelhante ao destino que tiveram outras marchas sinfônicas de Elgar.
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Brahms-Concerto para violino em ré maior op.77
David Fyodorovich Oistrakh David Fiodorovič Ojstrah; nnasceu em Odessa, 30 de setembro de 1908 - e faleceu em Amesterdão, 24 de outubro de 1974),
foi um virtuoso violinista russo-ucraniano, um dos mais consagrados no século XX.
Fez muitas gravações. A ele se dedicaram numerosas obras para violino. Filho de uma cantora de ópera, habituou-se em idade tenra à música.
Ganhou seu primeiro violino aos 3 anos de idade.
Ele certa vez declarou que era como um brinquedo, não havia nada mais divertido como sair com seu violino para passear na rua. Inocente criança, sonhava em ser um violinista de rua.
Aos 5 anos de idade, com insistência, ganhou o primeiro violino de seus pais com intuito sério. Estudou com o renomado mestre musical Piotr Solomonovich Stoliarsky, seu primeiro e único professor.
Morreu aos 24 de outubro de 1974, em Amsterdã, um dia após uma "corriqueira brilhante" apresentação no Concertgebow como maestro de sinfonias de Brahms.
No momento da partida teve o conforto dos braços da mulher amada, sua esposa Tamara, que conhecia há 50 anos.
Deixou também um filho, nascido em 1931, Igor, violinista exímio.
aqui toca o Brahms Violin Concerto in D Major, Op. 77 com a Moscow Philharmonic Orchestra, conduzida por Kirill Kondrashin
O Concerto para Violino em Ré maior, Op. 77, de Johannes Brahms, é uma das obras mais monumentais do repertório violinístico, frequentemente considerado, ao lado dos de Beethoven, Mendelssohn e Tchaikovsky, um dos "grandes concertos românticos" para violino. Algumas notas sobre ele:
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Composição e estreia:
Foi escrito em 1878, numa fase madura de Brahms. Dedicou-o ao violinista húngaro Joseph Joachim, grande amigo e conselheiro musical, que também colaborou em revisões da parte solista. A estreia ocorreu em Leipzig em 1879, com Joachim como solista e Brahms a reger. -
Estrutura:
O concerto tem três movimentos, mas de caráter bastante singular:-
Allegro non troppo – imenso, quase sinfônico em dimensão, com grande diálogo entre solista e orquestra. O violino não é mero protagonista, mas parte integrante de uma arquitetura orquestral complexa.
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Adagio – momento lírico de rara beleza, em que o oboé abre com um tema que depois é desenvolvido pelo violino solista. Muitos consideram este movimento uma das passagens mais poéticas do romantismo.
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Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto – final com espírito de dança húngara, vibrante e enérgico, refletindo também a influência de Joachim, que era húngaro.
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Caráter e recepção:
Na época, alguns violinistas acharam a parte solista "difícil demais" e até "anti-violínistica", porque Brahms escreveu de modo sinfônico, com grande densidade harmônica, exigindo tanto virtuosismo quanto profundidade interpretativa. Hoje, porém, essa abordagem é justamente o que faz dele um pilar do repertório. -
Interpretação:
O concerto exige do intérprete não só técnica refinada, mas também maturidade musical e capacidade de diálogo com a orquestra. É uma obra em que o virtuosismo está sempre subordinado à expressão musical.
Muitos críticos dizem que o concerto de Brahms é mais do que uma peça para solista com acompanhamento — é quase uma sinfonia com violino obbligato.
domingo, 27 de setembro de 2020
27 de Setembro
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Sibelius-Sinfonia nº3 em dó maior op.52
Este era um período em que o opulento Romantismo tardio de Mahler, Strauss e Scriabin estava no auge. mas, tendo começado a sua carreira sinfónica com duas obras na tradição de Tchaikovski, Sibelius fez uma viragem decisiva afastando-se do Romantismo em direcção a um novo tipo de Classicismo: jogando não com os estilos antigos da Suite Holberg de Grieg ou (na década seguinte) da Sinfonia Clássica de Prokofieff, mas antes algo mais próximo do “jovem classicismo” cultivado pelo seu amigo Busoni, abstracto na concepção, fresco e claro na forma e linguagem.
Forma:
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1º movimento (Allegro moderato) – luminoso, com uma energia rítmica quase “mecânica”, mas ainda com fluidez melódica.
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2º movimento (Andantino con moto, quasi allegretto) – combina lirismo e ironia; é mais uma espécie de variação contínua, em vez de um desenvolvimento tradicional.
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3º movimento (Moderato – Allegro ma non tanto) – começa como se fosse um scherzo, mas evolui para uma espécie de finale-fuga, numa síntese magistral de forma e energia, terminando com afirmação clara em dó maior.
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Orquestração: mais leve, transparente, sem o peso wagneriano que ainda se sentia nas duas primeiras sinfonias. Os naipes dialogam com mais independência e clareza.
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Estilo:
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Mais concentrado e econômico em ideias, sem excessos.
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Sibelius começa a trabalhar com o conceito de “metamorfose de motivos” em vez de desenvolvimento temático tradicional.
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O resultado é uma obra enigmática, que escapa ao rótulo de romântica, mas ainda não é a severidade da 4ª (1911).
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Recepção: na época, parte do público ficou desapontada por não ter a grandiosidade da 2ª sinfonia, mas hoje é considerada uma das obras mais equilibradas e originais de Sibelius.
👉 Em resumo: a 3ª sinfonia é uma ponte entre o Sibelius romântico e o Sibelius modernista, um passo em direção à sobriedade e clareza formal, quase uma “anti-sinfonia romântica”, mas ainda com vitalidade e calor humano.
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Dvorak-Missa op 86
Contexto e Criação
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Dvořák escreveu a Missa com órgão e quarteto vocal solista (SATB) mais coro misto, sem orquestra, para adequar-se ao espaço modesto da capela.
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Em 1892, ele fez uma versão orquestral (ampliando-a para uso concertístico), que hoje é a mais executada.
Estrutura
A missa segue o ordinário católico tradicional em seis movimentos:
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Kyrie – Calmo e meditativo
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Gloria – Vivo, com caráter jubiloso
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Credo – Amplo e afirmativo, com seções contrastantes
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Sanctus – Solene e luminoso
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Benedictus – Lírico, com solos vocais em destaque
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Agnus Dei – Suave e comovente, concluindo com serenidade
Estilo e Caráter
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Dvořák emprega harmonia tonal clara, melodias cantáveis e calor lírico, características marcantes do seu estilo.
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A escrita coral é sencilla, porém expressiva, sem a grandiosidade sinfônica de missas como a Missa Solemnis de Ludwig van Beethoven ou a Missa in B minor de Johann Sebastian Bach.
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É muitas vezes descrita como intimista e devocional, refletindo fé pessoal mais que espetáculo litúrgico.
Curiosidades
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A versão com órgão (1887) é menos conhecida, mas preserva a atmosfera íntima da estreia.
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A versão orquestral (1892) foi publicada como Op. 86, enquanto a original com órgão não tinha número de opus à época.
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Embora não tão célebre quanto os grandes oratórios de Dvořák (como o Stabat Mater), a Missa em Ré maior é hoje valorizada por sua beleza singela e espiritualidade sincera.
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
Liszt-Graner Mass
Divide-se em seis movimentos tradicionais de uma missa solene:
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Kyrie (Andante solenne)
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Gloria (Allegro non troppo)
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Credo (Andante maestoso, risoluto)
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Sanctus (Andante solenne)
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Benedictus (Andante con pletià)
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Agnus Dei (Adagio non troppo)