Aqui vão alguns pontos que normalmente se destacam:
1. A leveza e a clareza “americanas”
Composto em 1893, durante o período de Dvořák nos Estados Unidos, o quarteto traz uma simplicidade intencional. A música parece respirar ar aberto: melodias amplas, ritmos firmes, muita sensação de espaço.
Não é propriamente música americana, claro — é Dvořák sendo Dvořák — mas a paisagem sonora ficou marcada por aquilo que ele viveu em Spillville, a comunidade checa onde o quarteto nasceu.
2. O segundo andamento: lírico, íntimo, inesquecível
O Lento tem aquela nostalgia calma que só Dvořák sabe escrever. É uma melodia que parece cantar, quase folclórica, quase espiritual, sempre carregada de uma simplicidade que não se esgota.
3. Ritmos e cores novas
Há quem ouça sugestões de:
-
música indígena norte-americana,
-
“spirituals” afro-americanos,
-
e até ecos do ambiente rural norte-americano.
Nada é citação direta, mas há uma maneira diferente de bater o ritmo, de caminhar harmonicamente, que distingue o quarteto de sua produção anterior.
Sem comentários:
Enviar um comentário