domingo, 9 de maio de 2010

Mauro Giuliani-Concerto em lá maior op.30

  • Em 1829 Morreu em Nápoles o compositor Mauro Giuliani com 47 anos

Mauro Giuliani é, sem sombra alguma de dúvida, um dos mais importantes compositores para violão

Mauro Giuliani nasceu em Bolonha, no ano de 1781. Alguns anos depois, começou a estudar Cello e, posteriormente, passou a estudar também o violino.

Em 1806, mudou-se para Viena e nessa cidade é que fica célebre de vez. Em 1813 fez parte (muito provavelmente como violoncelista) de uma orquestra para a primeira execução da sétima sinfonia de Beethoven.

Em 1819, com muitos problemas financeiros, Giuliani deixa Viena e passa por muitas cidades até estabelecer-se em Roma.que foi um período muito importante na carreira musical apresentações (inclusive com violonista Emília Giuliani, sua filha), várias composições, enfim, uma vida de músico prolixo

Apresento aqui o seu Concerto em lá maior op.30 interpretado por Giulio Tampalini acompanhado pela  Polish Symphony Orchestra, conduzida  Krzysztof Klima

O Concerto em Lá maior, Op. 30, de Mauro Giuliani, é uma das obras mais importantes do repertório para guitarra clássica e orquestra. 

  • Composto em 1808 e estreado em Viena em 1809, este concerto reflete a influência vienense do período clássico, já que Giuliani conviveu com compositores como Beethoven e Hummel.

  • É estruturado em três movimentos:

    1. Allegro maestoso

    2. Andantino (Sostenuto)

    3. Polonaise (Allegretto)

Cada movimento explora diferentes facetas da guitarra: o primeiro é virtuoso e enérgico, o segundo lírico e introspectivo, e o terceiro brinca com os ritmos elegantes da polonesa, trazendo leveza e vivacidade.

  • O concerto foi escrito numa época em que a guitarra começava a afirmar-se como instrumento de concerto, mas ainda era vista como instrumento mais íntimo ou popular. Giuliani elevou o seu estatuto ao colocar a guitarra como solista frente a uma orquestra.

  • As exigências técnicas da parte solista mostram o virtuosismo de Giuliani como intérprete.

  • Apesar de ser um concerto para guitarra, a orquestração é leve e nunca “abafa” o solista, respeitando as limitações de projeção sonora da guitarra da época.

  • Estilisticamente, está próximo do Classicismo vienense, com clareza formal, melodias cantáveis e modulações harmônicas típicas.


📝 Curiosidade

  • Diz-se que Giuliani tocou este concerto na estreia tocando a parte de orquestra num arranjo para piano, sugerindo que, desde o início, a obra era pensada também para ser interpretada numa versão mais intimista.


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