- Em 1886 Camille Saint-Saen estreia em Londres a sua Sinfonia No. 3 em dó menor op.78 "the Organ Symphony" para organ, 2 pianos e orquestra.
A Sinfonia nº 3 em dó menor, Op. 78, de Camille Saint-Saëns, também conhecida como "Sinfonia com órgão", é uma das obras sinfônicas mais imponentes e emocionantes do repertório romântico francês — e certamente a mais célebre entre as sinfonias de Saint-Saënz
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Estrutura e características
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Apesar de ter dois movimentos numerados, a sinfonia se divide, na prática, em quatro seções, que fluem sem interrupção.
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A obra é inovadora ao integrar o órgão de tubos como um protagonista orquestral, não como solista de concerto, mas parte integral da textura sinfônica.
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Saint-Saëns também introduz o piano (a quatro mãos) discretamente, adicionando uma coloração especial.
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Início sombrio e dramático, marcado por tensão e mistério. A tonalidade de dó menor remete ao destino, como em Beethoven.
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Um desenvolvimento intenso e muito orquestrado, alternando momentos vigorosos e contemplativos.
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O segundo movimento (lento) é de grande lirismo e espiritualidade, onde o órgão entra com suavidade, quase como um sussurro da eternidade.
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O final é triunfante: o famoso acorde do órgão, brilhante e pleno, explode em dó maior — uma verdadeira apoteose, muitas vezes descrita como “celestial”.
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Foi dedicada à memória de Franz Liszt, que faleceu em 1886, o mesmo ano da estreia da obra.
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O próprio Saint-Saëns disse: “Eu dei tudo o que pude dar... o que fiz, jamais farei novamente.”
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Ela é muitas vezes interpretada como a culminância de sua produção sinfônica — e de fato foi sua última sinfonia numerada
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- Aqui toca a Orchestre de Paris Paavo Järvi, conductor
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