Hans Rott (1858–1884) foi um compositor austríaco, contemporâneo de Gustav Mahler, e sua Sinfonia em mi maior foi escrita entre 1878 e 1880. A sinfonia permaneceu inédita e não executada até a sua redescoberta no final do século XX, quando Gerhard Samuel e outros regentes trouxeram a obra para os palcos.
A sinfonia de Rott é frequentemente vista como uma obra precursora do estilo sinfónico de Mahler. Mahler chegou a dizer que Rott era um gênio e que se ele tivesse vivido mais tempo, teria revolucionado a música.
A orquestração é rica, com uso imaginativo dos metais e cordas, além de passagens que claramente prenunciam o lirismo e o dramatismo das sinfonias mahlerianas. Rott morreu jovem, aos 25 anos, internado num hospital psiquiátrico. Sua saúde mental e o fim precoce adicionam uma aura de romantismo e tragédia à sua música.
Um primeiro movimento (Alla breve) com temas heroicos e contrastes dinâmicos.
Um Scherzo com energia rítmica vibrante.
Um Adagio de grande lirismo, quase um antecessor direto de Mahler.
Um Finale que busca uma conclusão triunfante, embora ainda juvenil e um pouco ingênua.
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