segunda-feira, 31 de maio de 2010

31 de Maio



Em 1866 nasceu em Krasnoyarsk na Sibéria o compositor Vladimir REBIKOV que viria a morrer em Yalta a 4 Agosto de 1920.

A peça que apresento é a Rêves de bonheur, 5 peças para piano
A interpretação é de Phillip Sear
  • 1ºParte- - Andante sostenuto; 2 - Andante sostenuto; 3 - Moderato

  • 2ºParte- 4 - Lento; 5 - Andante

domingo, 30 de maio de 2010

Howard Hanson-Sinfonia Nº 1 em mi menor op.21 "Nordica



  • Em 1923 Howard Hanson estreou em Roma a sua Sinfonia No 1 em mi menor op.21 "Nordica",

A Sinfonia No. 1 em mi menor, Op. 21 "Nórdica" (Nordic Symphony) de Howard Hanson é uma peça verdadeiramente fascinante e, embora não tão amplamente conhecida como algumas sinfonias de compositores europeus mais famosos, ela tem um charme muito especial

    • Composição: Hanson compôs esta sinfonia entre 1922 e 1923, enquanto era estudante na Itália com uma bolsa de estudos (Prix de Rome). Ela foi a sua primeira grande sinfonia e já demonstra muitas das características que viriam a marcar sua obra: lirismo, harmonias ricas e uma clara inspiração na música romântica europeia.

    • O subtítulo "Nórdica" reflete a herança sueca de Hanson e a sua afinidade com os compositores escandinavos, especialmente Sibelius e Grieg. A música carrega uma sensação de grandeza natural, de vastidão e lirismo que ecoa a paisagem nórdica.

    • A sinfonia é estruturada em três movimentos:

      1. Andante solenne – Allegro con forza – Um início solene que se transforma num allegro vigoroso e heróico.

      2. Andante teneramente, con semplicita – Um movimento lento e expressivo, cheio de lirismo e serenidade.

      3. Allegro con fuoco – Um finale cheio de energia e brilho orquestral, com temas vibrantes e um final entusiástico.

    A "Nórdica" é uma obra cheia de juventude e entusiasmo. Não tem a complexidade estrutural das últimas sinfonias de Mahler ou a profundidade filosófica de um Sibelius maduro, mas é uma obra fresca, lírica e evocadora, que mostra claramente o caminho que Hanson seguiria com obras posteriores como a famosa Sinfonia No. 2 "Romântica".

Aqui a interpretação é da Nashville Symphony Orchestra - conduzida por  Kenneth Schermerhorn -


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Boccherini-Concerto para Violoncelo em Sol maior G480



Em 1805 morreu em Madrid, Boccherini, que foi um compositor clássico italiano, famoso por vários dos seus minuetos, como o de Lá Maior.

Boccherini nascera em Lucca a 19 de Fevereiro de 1743

Virtuose do violoncelo desde muito jovem, mudou-se em 1756 para Roma, onde estudou com Giovanni Battista Constanzi, diretor musical da Basílica de São Pedro, e familiarizou-se com a música polifônica de Palestrina e Corell

O Concerto para Violoncelo em Sol Maior G.480 foi uma de suas composições mais celebradas para violoncelo e orquestra.

O concerto segue a forma clássica em três movimentos:

  1. Allegro moderato – Alegre e expansivo, com temas cantáveis e ornamentações que destacam o virtuosismo do solista.

  2. Adagio – Um movimento lento e expressivo, cheio de pathos e cantabilidade que exige muita expressividade do violoncelista.

  3. Rondo (Allegro) – Uma parte final leve e dançante, com um tema principal recorrente que se alterna com episódios contrastantes.


🎶 Características marcantes

  • Técnica: A obra exibe passagens rápidas e figuradas, uso de duplos e arpejos, mostrando a habilidade do intérprete.

  • Expressividade: O segundo movimento destaca a capacidade do violoncelista em transmitir emoções, com linhas melódicas doces e ornamentadas.

  • Estilo galante: Caracteriza-se pela leveza e elegância típicas do estilo do período Clássico.


  • Boccherini era violoncelista virtuose, então escreveu o concerto com um conhecimento íntimo das possibilidades técnicas do instrumento.

  • O Concerto em Sol maior G.480 é uma das obras mais interpretadas de Boccherini, embora algumas versões modernas sejam adaptadas a partir de manuscritos que contêm variantes.

  • Muitas vezes é confundido com o Concerto em Si bemol maior (G.482) ou com o famoso arranjo de Friedrich Grützmacher, que adaptou alguns dos concertos originais de Boccherini para criar uma versão romântica e mais “virtuosa” do concerto.

Aqui o violoncetista solista é Johanna Randvere acompanhgada pela Tallinn Chamber Orchestra conduzida por Mikk Murdvee 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

27 de Maio



  • Em 1947 Bohuslav Martinu estreia em Praga a Symphony No. 5.
Compositor prolífico, nunca foi aquilo que se poderia designar por um génio musical nato, não conseguindo sequer terminar os estudos no Conservatório de Praga, mas tal não impediu o checo Bohuslav Martinu de se tornar num dos mais proeminentes do seu tempo.



    terça-feira, 25 de maio de 2010

    Hans Rott-Sinfonia em mi maior



    Em 1884 a 25 de Maio morreu em Viena com 26 anos o compositor  Hans Rott

    Sua música é pouco conhecida hoje, porém, recebeu elogios na sua época de Gustav Mahler e Bruckner.


    Hans Rott (1858–1884) foi um compositor austríaco, contemporâneo de Gustav Mahler, e sua Sinfonia em mi maior foi escrita entre 1878 e 1880. A sinfonia permaneceu inédita e não executada até a sua redescoberta no final do século XX, quando Gerhard Samuel e outros regentes trouxeram a obra para os palcos.


    A sua sinfonia em mi maior, que só foi estreada em 1989 pela Philharmonia Orchestra de Cincinnati sob direcção Gerhard Samuel.

    A Sinfonia em Mi começou quando Rott tinha vinte anos. Quando o concluiu em 1880, ele tentou interessar Hans Richter e depois Johannes Brahms
  •  A sinfonia de Rott é frequentemente vista como uma obra precursora do estilo sinfónico de Mahler. Mahler chegou a dizer que Rott era um gênio e que se ele tivesse vivido mais tempo, teria revolucionado a música.

  • A orquestração é rica, com uso imaginativo dos metais e cordas, além de passagens que claramente prenunciam o lirismo e o dramatismo das sinfonias mahlerianas. Rott morreu jovem, aos 25 anos, internado num hospital psiquiátrico. Sua saúde mental e o fim precoce adicionam uma aura de romantismo e tragédia à sua música.

  •  Ele foi enviado para um hospital psiquiátrico em Viena e, após uma tentativa de suicídio, para o Asilo de Insanos do Estado da Baixa Áustria, onde morreu em 1884, aos 25 anos.

    Esta sinfonia causou uma pequena sensação quando foi descoberta há pouco tempo. Os ouvintes comentaram que parecia mais com Mahler do que com o próprio Mahler

  • Um primeiro movimento (Alla breve) com temas heroicos e contrastes dinâmicos.

  • Um Scherzo com energia rítmica vibrante.

  • Um Adagio de grande lirismo, quase um antecessor direto de Mahler.

  • Um Finale que busca uma conclusão triunfante, embora ainda juvenil e um pouco ingênua.






    • domingo, 23 de maio de 2010

      Brahms-String quarteto nº3 em si bemol maior op.67


      • Em 1871 foi tocado em Berlim pela primeira vez pelo Joachim Quartet, em casa de Clara Schumann String Quartet No. 3 em si bemol maior op.67 de Johannes Brahms. A primeira apresentação pública viri a ser em Berlim a 30 de Outubro de 1876.
      Brahms compôs a obra em Ziegelhausen , perto de Heidelberg , e dedicou-o ao professor Theodor Wilhelm Engelmann, um amigo holandês.

      Engelmann, um professor de anatomia e violoncelista amador. Curiosamente, apesar disso, Brahms dá pouco destaque ao violoncelo — um tipo de piada interna, já que ele escreveu ao dedicatário dizendo que teria dado mais solos ao violoncelo se o dedicatário tocasse viola.


      Brahms na época era o director artístico da Convenção de Viena

      O trabalho é leve e alegre, "um pouco inútil", como ele dizia, "para evitar enfrentar o semblante grave duma sinfonia
      este é o último dos três quartetos de cordas que Brahms publicou e mostra um lado mais luminoso e espirituoso de sua escrita.

      O quarteto é dividido em quatro movimentos:

      1. Vivace
        Um primeiro movimento cheio de energia e charme vienense, com melodias dançantes e um caráter quase mozartiano. Brahms usa a forma sonata, mas com liberdade e leveza.

      2. Andante
        Um movimento mais introspectivo e cantábile, com uma beleza melancólica característica de Brahms, mas ainda mantendo um tom mais leve do que o habitual em seus andantes.

      3. Agitato (Allegretto non troppo)
        Um scherzo em forma de tema com variações, misterioso e um pouco sombrio — é talvez o movimento mais sério da obra, contrastando com o caráter geral do quarteto.

      4. Poco Allegretto con Variazioni
        Um finale com variações elegantes e bem-humoradas sobre um tema pastoral. A leveza e o frescor desse movimento encerram o quarteto com um toque de serenidade.



      aqui a interpretação é da Budapest String Quartet (Joseph Roisman, Alexander Schneider: violin, Boris Kroyt: viola, Mischa Schneider: cello)-

      sábado, 22 de maio de 2010

      22 de Maio


      • Em 1790 Mozart estreia em Viena os seus Quartetos de cordas K.575 e K589

      Quarteto nº21 em dó maior K 575 "Prussiano"




      • Quarteto nº22  em dó maior K 589


      quinta-feira, 20 de maio de 2010

      20 de Maio



      • Em 1948 Darius Milhaud estreia em Paris a sua Sinfonia Nº.4, sob sua condução

      Milhaud nasceu na comuna francesa de Marselha a 4 de Setembro de 1892 e viria morrer em Genebra em 22 de Junho de 1974 membro de uma família judaica. Ainda jovem, trabalhou como voluntário no Brasil, durante o período em que o poeta Paul Claudel era embaixador no país. Essa época marcou muito sua vida, refletindo-se em obras como a suíte de dança Saudades do Brazil ou a famosa peça Scaramouche. De 1917 a 1919 viveu no Rio de Janeiro como adido da Embaixada da França.

      Devido à Segunda Guerra Mundial, mudou-se para os Estados Unidos em 1940, só retornando a França após sua libertação.
      Entre 1947 e 1971 alternou períodos de docência em Mills e no Conservatório de Paris até que, devido a sua saúde já debilitada que o mantinha preso a uma cadeira de rodas, acabou se aposentando.

      Esta Sinfonia fo1 encomendada pelo Ministério da Educação francês para comemorar o 100 º aniversário da Revolução de 1848. . Cada movimento representa uma fase da Revolução, trazendo estilos contrastantes.

      Aqui a interpretaçãoé da Orchestre Philharmonique de l'ORTF dirigida pelo próprio autor
      • 1ºParte- 1. L'Insurrection: Animé
        2. Aux Morts de la République: Lento

      • 2ºparte- .3. Les joies paisibles de la Liberté retrouvée: Modérément animé
        4. Commémoration 1948: Animé

      quarta-feira, 19 de maio de 2010

      Saint-Saenz-Sinfonia nº03 em dó menor Op.78 "Organ Synphony"


      • Em 1886 Camille Saint-Saen estreia em Londres a sua Sinfonia No. 3 em dó menor op.78 "the Organ Symphony" para organ, 2 pianos e orquestra. 

      A Sinfonia nº 3 em dó menor, Op. 78, de Camille Saint-Saëns, também conhecida como "Sinfonia com órgão", é uma das obras sinfônicas mais imponentes e emocionantes do repertório romântico francês — e certamente a mais célebre entre as sinfonias de Saint-Saënz

      • Estrutura e características

        • Apesar de ter dois movimentos numerados, a sinfonia se divide, na prática, em quatro seções, que fluem sem interrupção.

        • A obra é inovadora ao integrar o órgão de tubos como um protagonista orquestral, não como solista de concerto, mas parte integral da textura sinfônica.

        • Saint-Saëns também introduz o piano (a quatro mãos) discretamente, adicionando uma coloração especial.

        • Início sombrio e dramático, marcado por tensão e mistério. A tonalidade de dó menor remete ao destino, como em Beethoven.

        • Um desenvolvimento intenso e muito orquestrado, alternando momentos vigorosos e contemplativos.

        • O segundo movimento (lento) é de grande lirismo e espiritualidade, onde o órgão entra com suavidade, quase como um sussurro da eternidade.

        • O final é triunfante: o famoso acorde do órgão, brilhante e pleno, explode em dó maior — uma verdadeira apoteose, muitas vezes descrita como “celestial”.

        • Foi dedicada à memória de Franz Liszt, que faleceu em 1886, o mesmo ano da estreia da obra.

        • O próprio Saint-Saëns disse: “Eu dei tudo o que pude dar... o que fiz, jamais farei novamente.”

        • Ela é muitas vezes interpretada como a culminância de sua produção sinfônica — e de fato foi sua última sinfonia numerada



      • Aqui toca a  Orchestre de Paris Paavo Järvi, conductor


        terça-feira, 18 de maio de 2010

        18 de Maio


        • Em 1830 nasce em Keszthely o compositor húngaro Karl GOLDMARK que virá a morrer em Viena a 2 de Janeiro de 1915.

        Aqui vamos ouvir o seu Violino concerto no.1 em lá menor opus 28 interpretado por 
        Bailey Wantuch, violin Eli Chen, conductor

        Esta é a sua peça mais frequentemente ouvida que teve a sua estreia em Bremen em 1877, inicialmente teve grande popularidade e, em seguida, caiu no esquecimento.

        Goldmark escreveu um segundo concerto para violino mas nunca foi publicado.



        segunda-feira, 17 de maio de 2010

        16 de Maio

        • Em 1930 nasceu em Viena o pianista Friedrich Gulda que viria a morrer em 27 de Janeiro de 2000 vitima de ataque cardiaco. Teve destaque tanto nos meios eruditos quanto no jazz, sendo associado à Terceira Corrente
        Embora mais famoso por suas interpretações de Beethoven, Gulda também interpretou música de J. S. Bach, Mozart, Schubert, Chopin, Schumann, Debussy e Ravel.

        A partir da década de 1950 começou a interessar-se por jazz, tocando com vários músicos de Viena, como Alexander Jenner, compondo canções e temas instrumentais e às vezes combinando o jazz à música erudita em seus concertos.

        Em 1982, Gulda juntou-se ao pianista Chick Corea,

        Certas práticas não ortodoxas renderam-lhe a alcunha de "pianista terrorista". Gulda tinha um forte desprezo pelas autoridades como a Academia de Viena.

        Foi-lhe oferecido o prémio "Beethoven Ring", pelas suas interpretações notáveis mas ele recusou-o.

        Mesmo assim, Gulda é amplamente reconhecido como um dos mais proeminentes pianistas do século XX. Dentre seus alunos estão Martha Argerich e o maestro Claudio Abbado.

        Expressou o desejo de morrer no dia do aniversário de seu compositor predileto, Mozart, o que de fato aconteceu em 27 de Janeiro de 2000, quando Gulda tinha 69 anos. Gulda está enterrado no cemitério de Steinbach próximo a Attersee, na Áustria.


        Aqui Gulda interpreta 3 sonatas de Mozart

        sábado, 15 de maio de 2010

        14 de Maio

        Comemorando o dia do nascimento do compositor português Joly Braga Santos, trago aqui a sua Sinfonia nº3 em dó op.15 interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida por Álvaro Cassuto e estreada em Lisboa em 1949


        • 1ºMov.-Lento-Allegro moderato


        • 2ºMov.-1ªParte-Lento


        • 2ºMov.-2ªParte-Lento


        • 3ºMov.-Tempo di Scherzo ma non troppo vivace


        • 4ºMov.- Adagio - Allegro

        quarta-feira, 12 de maio de 2010

        12 de Maio

        • Em 1926 Shostakovich estreia em São Petersburgo a sua Sinfonia nº 1 em Fá menor Opus 10, foi escrito entre 1924 e 1925, e interpretada pela Filarmónica de Leningrado sob Nikolai Malko Ele escreveu a obra como peça de graduação no Conservatório de Leningrado ,com a idade de 19.

        terça-feira, 11 de maio de 2010

        Anatole Liadov-Barcarolle para piano em Fá sustenido maior op. 44

        • Em 1855 nasceu em São Petersburgo, Anatoly Konstantinovich Lyadov ou Liadov que foi compositor, professor e maestro.. Inicialmente estudou piano e violino, mas logo se interessou pela composição da música.

        Barcarolle para piano em Fá sustenido maior, op. 44 interpretada por Tatiana Nikolaeva

        A Barcarolle em Fá sustenido maior, Op. 44 de Anatoly Liadov (às vezes escrito como Liadov ou Lyadov) é uma peça curta, refinada e atmosférica, composta em 1898. É uma obra para piano solo que exemplifica bem o estilo do compositor russo: delicado, introspectivo, de uma elegância quase miniatural, e com um gosto por texturas harmônicas ricas, mas discretas.

        • Barcarolle: Como o nome sugere, imita o compasso oscilante de uma canção de barqueiro veneziano, geralmente em compasso 6/8 ou 12/8, com um ritmo que evoca o balançar das águas. Aqui, Liadov mantém esse caráter fluido e ondulante.

        • Tonalidade: Fá sustenido maior oferece uma sonoridade luminosa e serena, e Liadov explora suas possibilidades harmônicas com sutileza.

        • Atmosfera: A peça é intimista, quase contemplativa. Ao contrário das barcarolles mais dramáticas (como a de Chopin, por exemplo), esta é mais contida, quase como um sussurro impressionista — embora anterior ao auge do impressionismo francês.

        • Técnica e interpretação: Não é uma peça extremamente virtuosa, mas exige do intérprete um bom controle de toque, pedal e fraseado para que se mantenha a leveza e a fluidez da escrita.

        Liadov foi um compositor ligado ao nacionalismo russo, mas sua música muitas vezes se distancia dos gestos folclóricos grandiosos de outros membros do "Grupo dos Cinco". Ele era meticuloso, avesso a grandes formas, e preferia peças breves, cuidadosamente construídas. A Barcarolle é um exemplo claro disso: uma miniatura lírica, quase como uma aquarela sonora.


        segunda-feira, 10 de maio de 2010

        Cesar Franck-Psyche et Eros

        • Em 1888 a 10 de Maio,   Cesar Franck estreia em Paris Psyche et Eros. Aqui a interpretação é da 
        • Berliner Philharmoniker. dirigida por 
        • Carlo Maria Giulini.

        domingo, 9 de maio de 2010

        9 de Maio

        • Em 1814 nasceu em Schwabac na Bavaria o pianista e compositor Adolph Von HENSELT viria a morrer em Warmbrunn na Silesia a 10 de Outubro de 1889.

        Georg Martin Adolf von Henselt (Schwabach, 9 de maio de 1814 — Cieplice, 10 de outubro de 1889) foi um pianista e compositor alemão.

        Estudou piano com Sechter e Hummel, e em 1836, com um recital em Berlim, começou uma notável carreira de concertista.

        Suas interpretações ao piano receberam elogios por parte de Liszt e Schumann.

        Mudou-se para São Petersburgo em 1837, onde foi nomeado pianista da corte e professor de música. Em 1838, encerra suas apresentações públicas, passando a dedicar-se ao ensino e à composição.

        Selecciono aqui o seu Piano Concerto in F minor, Op. 16 que tem os seguintes movimentos

        I. Allegro patetico - Religioso - Tempo I
        II. Larghetto
        III. Allegro agitato

        Michael Ponti, piano acompanhado pela
        Philharmonia Hungarica com
        Othmar Maga, na condução

        Mauro Giuliani-Concerto em lá maior op.30

        • Em 1829 Morreu em Nápoles o compositor Mauro Giuliani com 47 anos

        Mauro Giuliani é, sem sombra alguma de dúvida, um dos mais importantes compositores para violão

        Mauro Giuliani nasceu em Bolonha, no ano de 1781. Alguns anos depois, começou a estudar Cello e, posteriormente, passou a estudar também o violino.

        Em 1806, mudou-se para Viena e nessa cidade é que fica célebre de vez. Em 1813 fez parte (muito provavelmente como violoncelista) de uma orquestra para a primeira execução da sétima sinfonia de Beethoven.

        Em 1819, com muitos problemas financeiros, Giuliani deixa Viena e passa por muitas cidades até estabelecer-se em Roma.que foi um período muito importante na carreira musical apresentações (inclusive com violonista Emília Giuliani, sua filha), várias composições, enfim, uma vida de músico prolixo

        Apresento aqui o seu Concerto em lá maior op.30 interpretado por Giulio Tampalini acompanhado pela  Polish Symphony Orchestra, conduzida  Krzysztof Klima

        O Concerto em Lá maior, Op. 30, de Mauro Giuliani, é uma das obras mais importantes do repertório para guitarra clássica e orquestra. 

        • Composto em 1808 e estreado em Viena em 1809, este concerto reflete a influência vienense do período clássico, já que Giuliani conviveu com compositores como Beethoven e Hummel.

        • É estruturado em três movimentos:

          1. Allegro maestoso

          2. Andantino (Sostenuto)

          3. Polonaise (Allegretto)

        Cada movimento explora diferentes facetas da guitarra: o primeiro é virtuoso e enérgico, o segundo lírico e introspectivo, e o terceiro brinca com os ritmos elegantes da polonesa, trazendo leveza e vivacidade.

        • O concerto foi escrito numa época em que a guitarra começava a afirmar-se como instrumento de concerto, mas ainda era vista como instrumento mais íntimo ou popular. Giuliani elevou o seu estatuto ao colocar a guitarra como solista frente a uma orquestra.

        • As exigências técnicas da parte solista mostram o virtuosismo de Giuliani como intérprete.

        • Apesar de ser um concerto para guitarra, a orquestração é leve e nunca “abafa” o solista, respeitando as limitações de projeção sonora da guitarra da época.

        • Estilisticamente, está próximo do Classicismo vienense, com clareza formal, melodias cantáveis e modulações harmônicas típicas.


        📝 Curiosidade

        • Diz-se que Giuliani tocou este concerto na estreia tocando a parte de orquestra num arranjo para piano, sugerindo que, desde o início, a obra era pensada também para ser interpretada numa versão mais intimista.


        7 de Maio

        • Em 1818 morreu em Viena o compositor Leopold Kozeluch. Escolhi para ilustrar oacontecimento a sua Sinfonia em dó maior

        aqui a interpretação é da Academy of St. Martin-in-the-Fields & Consortium Classicum

        A corte imperial deu-lhe a posição que pertencia a Georg Christoph Wagenseil como professor da arquiduquesa Elisabeth, a filha de Maria Teresa da Áustria .

        quinta-feira, 6 de maio de 2010

        Haydn(Michael)-O casamento na montanha

        • Em 1868 Michael Haydn foi estreou em Salzburgo "Die Hachzeit auf der Alm" (O casamento na montanha).
        Johann Michael Haydn nasceu em Rohrau a 14 de Setembro de 1737 e faleceu em Salzburgo a 10 de Agosto de 1806,foi um compositor austríaco, irmão mais novo de Joseph Haydn.

        As obras corais sacras de Haydn consideram-se geralmente como as suas obras mais importantes, nas quais se inclui a Missa Hispânica (que fez para o seu diploma em Estocolmo), uma missa em ré menor, um Lauda Sion, um requiem para o arcebispo Sigmundo em dó menor (que serviria posteriormente de inspiração ao requiem de Mozart), e uma colecção de graduais, 42 dos quais foram reimpressos no Ecciesiaslicon de Anton Diabelli. Também foi um prolífico compositor de música profana, incluindo quarenta sinfonias, vários concertos e música de câmara, como um quinteto de cordas em dó maior que foi atribuído por engano a seu irmão Joseph.

        Esta peça é uma singspiel (um tipo de ópera ligeira alemã que intercala partes cantadas e faladas), composta em 1780. Como muitas obras desse género e época, tem um caráter pastoral e popular, refletindo cenas típicas da vida rural, neste caso um casamento alpino, com todo o ambiente festivo, simples e ligado à natureza.

        Algumas características desta obra:

        • Ambiente leve e folclórico: retrata com música a alegria de um casamento, com danças campestres e melodias acessíveis, muitas delas inspiradas na música popular.

        • Partes corais e solos: como é típico do singspiel, mistura peças de conjunto (frequentemente corais) com árias e diálogos falados.

        • Orquestração modesta: não tem a grandiosidade das óperas mais sérias; o foco está na melodia e na atmosfera festiva e comunitária.

        Embora Michael Haydn seja menos conhecido que o irmão Joseph, sua música influenciou muito o desenvolvimento da música sacra e do singspiel. O Casamento na Montanha é um bom exemplo de como ele soube captar e transmitir, de forma leve e encantadora, aspectos do cotidiano popular.


        Era amigo íntimo de Mozart, que tinha em grande consideração a sua obra, e foi professor de Beethoven, Carl Maria von Weber e Anton Diabelli.

        Este um poema dramático pastoral em dois actos, com libretto de Florian Reichssiegel,

        terça-feira, 4 de maio de 2010

        4 de Maio

        • Em 1795 Haydn estreia no King's Theater em Londres a sua Sinfonia Nº 104 em ré maior com a orquestra conduzida pelo próprio Haydn
        A “Sinfonia nº 104, em Ré maior” “London”, de Joseph Haydn, a última sinfonia do compositor e também considerada a mais bela. Escrita quando Haydn vivia em Londres, portanto o seu apelido de “London”.

        Haydn é considerado o Pai" da sinfonia e do quarteto de cordas, mestre do classicismo vienense, admirado por Mozart, professor de Beethoven. Aqui a interpretação é da
        Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás. dirigida por Luigi Sferrazza

        segunda-feira, 3 de maio de 2010

        Haydn-Sinfonia nº101 em ré maior "The clock"

        • Em 1794 a 3 de Maio, Haydn estreia no Haymarket Theater em Londres a sua Sinfonia nº101 em ré maior "The clock

        A Sinfonia nº 101 em ré maior, de Joseph Haydn, é uma das suas mais célebres e faz parte do conjunto das "Sinfonias de Londres" (números 93 a 104), compostas durante sua estadia na capital inglesa. É especialmente conhecida pelo apelido "O Relógio", graças ao segundo movimento (Andante), onde um ritmo repetitivo e pontuado das cordas e do fagote evoca o som regular de um relógio a marcar o tempo.

        • Composta em 1794, a obra é um exemplo brilhante do equilíbrio clássico: tem momentos de humor refinado, surpresas dinâmicas (um traço típico de Haydn) e grande clareza formal. O primeiro movimento (Adagio – Presto) começa com uma introdução lenta e misteriosa que dá lugar a um Presto vivo e energético. O famoso segundo movimento, com seu "tic-tac", exibe variações e contraste de dinâmica de forma engenhosa. O Menuetto (terceiro movimento) é elegante e vigoroso, e o Finale (Vivace) é especialmente brilhante, quase eletrizante, fechando a sinfonia com um toque de virtuosismo orquestral.

          Esta obra mostra bem a genialidade de Haydn em combinar simplicidade e sofisticação, algo que influenciaria diretamente Mozart e Beethoven

        Aqui a interpretação da Sinfonica de Galiza

        2 de Maio

        • Em 1752 Nascimento em Mannheim do compositgor alemão Ludwig August LEBRUN que viria a falecer em Berlin a 16 de Dezembro 1790, apenas com 38 anos.
        . O conhecido e celebrado como virtuoso do oboé (um contemporâneo disse ser "encantado pelo seu oboé divina") tocou com a orquestra na corte do Príncipe-Eleitor Carl Theodor em Mannheim . Seu pai, também oboísta provavelmente de origem belga , a partir de 1747 trabalhou na corte de Mannheim.

        Ele foi contemporâneo de Carl Stamitz e Anton Stamitz , e pertenceu à escola de Mannheim .

        No verão de 1778 casou-se com a soprano Franziska Danzi , a irmã de Franz Danzi , um dos mais proeminentes e bem conhecidos cantores da época.

        O casal tocando e cantando complementaram perfeitamente em árias com obbligato oboé que foram escritos por eles.


        Aqui José María Gutiérrez con a  Orquesta Iuventas interptretam o 

        Concerto para oboé e orquestra nº1 em ré menor da autoria de Lebrun

        • 1ºParte-Allegro
        • 2ºParte-Grazioso e Allegro

        Dvorak-Sinfonia Nº9 em mi menor op.95

        • Em 1904 a 1 de Maio,  norreu em Praga com 63 anos Antonin Dvorak, um compositor checo do período romântico que usou nas suas obras muitas melodias populares da Morávia e da sua Boémia natal. Seus trabalhos incluem óperas, sinfonias, coros e música de câmara.

        A Sinfonia n º 9 em Mi Menor "Do Novo Mundo", op. 95, B. 178 popularmente conhecida como a New World Symphony, foi composta por Antonín Dvořák em 1893 durante sua visita aos Estados Unidos 1892-1895. 

         É de longe a sua mais popular sinfonia e uma das mais populares do moderno repertório. Ela sintetiza de forma magistral a sua admiração pela música folclórica americana (em especial espirituals afro-americanos e músicas nativas) sem abandonar a sua identidade profundamente europeia e boêmia.

        Alguns destaques marcantes:

        • Primeiro movimento (Adagio – Allegro molto): Abre com um clima sombrio e misterioso, rapidamente avançando para temas vigorosos e contrastantes.

        • Segundo movimento (Largo): Imortalizado pelo famoso solo de corne inglês, evoca uma paisagem vasta e melancólica, frequentemente associado ao espírito de saudade e introspecção.

        • Terceiro movimento (Scherzo – Molto vivace): Traz uma energia rítmica pulsante, com ecos de danças tradicionais e vivacidade boêmia.

        • Quarto movimento (Allegro con fuoco): Fecha a sinfonia com grandiosidade, retomando e transformando temas anteriores para dar um sentido de unidade.

        Embora muitos acreditem que Dvořák tenha incorporado diretamente melodias afro-americanas ou indígenas, ele próprio afirmou ter “escrito temas originais que caracterizam o espírito da música indígena americana”.




        Aqui a interpretação é da Münchner Philharmoniker dirigida por  Sergiu Celibidache