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Arquitetura orgânica:
Em vez de uma sucessão de movimentos contrastantes no molde clássico, Sibelius cria um fluxo contínuo de ideias musicais que parecem nascer umas das outras. É como se a sinfonia “crescesse” organicamente, como uma árvore — uma metáfora que o próprio compositor usava. -
Primeiro movimento (Tempo molto moderato – Allegro moderato):
Começa com trompas evocando o espaço amplo e o despertar da natureza — uma paisagem sonora vasta, quase cósmica. Aos poucos, o tema se transforma num movimento de voo, como gansos migratórios no céu (uma imagem que inspirou Sibelius). -
Segundo movimento (Andante mosso, quasi allegretto):
Lírico, mas com uma serenidade que parece suspensa — uma dança contida, quase camponesa, que dá um respiro pastoral antes da grande ascensão final. -
Terceiro movimento (Allegro molto – Misterioso – Finale):
É um dos finais mais impressionantes de toda a música sinfônica: o tema triunfal dos metais — às vezes chamado de “tema do cisne” — eleva-se em majestosidade, culminando num desfecho abrupto e genial com seis acordes isolados, como golpes do destino. Esses acordes, espaçados e cheios de ar, criam uma sensação de monumentalidade e silêncio que é puramente sibeliana.
Emocionalmente:
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