- Estrutura em 3 movimentos
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Allegro moderato
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Movimento em forma sonata, com um primeiro tema sombrio e tenso, contrastando com um segundo tema mais lírico.
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É típico do estilo de Miaskovsky da década de 1930: amplo, de escrita densa e contrapontística, com forte senso de desenvolvimento temático.
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Adagio espressivo
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Um movimento lento profundamente emotivo, muitas vezes descrito como “confessional”.
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A melodia central é ampla e cantabile, lembrando certos momentos introspectivos de Tchaikovsky ou Rachmaninov, mas com harmonias mais modernistas, às vezes cromáticas.
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Allegro energico
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Final vigoroso, de caráter rítmico acentuado.
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Alterna passagens dramáticas com momentos de brilho quase heroico, mas termina num tom ambíguo, não triunfal — algo característico de Miaskovsky, que muitas vezes termina as sinfonias com tons sombrios ou reflexivos.
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Estilo e importância
A Sinfonia n.º 13 marca um momento de transição:
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Antes: Miaskovsky era mais próximo de Scriabin e do tardo-romantismo russo, com cromatismos e complexidade harmônica.
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Aqui: Ele simplifica a linguagem, mantém um lirismo intenso e um desenvolvimento rigoroso, mas já se aproxima de um estilo mais “comunicativo” e direto, preparando o terreno para as sinfonias da década de 1940.
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A obra combina profundidade psicológica com força sinfônica clássica, e é frequentemente apontada como uma das mais bem estruturadas do seu ciclo de 27 sinfonias.
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