sexta-feira, 30 de abril de 2021

Berlioz-Te Deum

O Te Deum de Berlioz foi originalmente concebido como o clímax de uma grande sinfonia comemorando Napoleão Bonaparte. 

O trabalho final foi dedicado a Albert, Principe Consorte, marido da rainha Victoria.

 Parte do material usado por Berlioz na obra foi originalmente escrito para Messe Solennelle de 1824, que foi destruído pelo compositor, mas redescoberto em 1991. 

O Te Deum de Hector Berlioz é uma obra monumental, impressionante tanto pela sua grandiosidade quanto pela sua intensidade emocional e espiritual. 

Esta peça é uma das maiores do repertório coral-orquestral do século XIX — um verdadeiro colosso romântico.

Aqui estão alguns pontos importantes sobre a obra:

1. Escala monumental

  • Berlioz escreveu o Te Deum para três coros, orquestra ampliada e órgão, além de um tenor solo.

  • Pode envolver mais de 400 músicos quando executada conforme sua visão original.

  • O efeito sonoro é grandioso, quase arquitetônico, e lembra o estilo de seu Requiem (Grande Messe des Morts), com o qual compartilha afinidade.

2. Estrutura

  • A obra é dividida em seis seções, cada uma correspondendo a partes do hino litúrgico Te Deum laudamus.

  • O movimento final, Judex crederis, é particularmente célebre por sua força quase apocalíptica.

  • O quarto movimento, Tibi omnes, é frequentemente apontado como um dos mais belos, com sua serena e majestosa construção harmônica.

  • Embora inspirado por motivos religiosos, o Te Deum de Berlioz foi também pensado como celebração de grandes eventos públicos e triunfos nacionais (Berlioz o dedicou ao príncipe Napoleão).

  • Ele une espiritualidade e espetáculo, o que o torna uma peça única no repertório sacro.

  • Orquestração riquíssima e inovadora.

  • Uso dramático do silêncio e dos contrastes dinâmicos.

  • Harmonia ousada e expressiva, servindo a uma visão quase cinematográfica da fé e do louvor.


 A primeira apresentação da obra foi em 30 de abril de 1855, no Igreja de Saint-Eustache, Paris

Sem comentários: