O título é "Concerto para Violino: À memória de um anjo",
É dedicado à memória de Manon Gropius, filha de Alma Mahler (viúva de Gustav Mahler) e do arquiteto Walter Gropius. Manon morreu aos 18 anos de poliomielite, e Berg ficou profundamente tocado pela sua morte.
Berg pertence à Segunda Escola de Viena, e o concerto combina:
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atonalidade e dodecafonismo (como era típico da escola de Schoenberg),
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com elementos tonais, especialmente no final.
Apesar de usar a técnica dodecafónica (com série de 12 sons), ele consegue preservar uma grande expressividade lírica — quase romântica.
A peça tem dois andamentos, mas cada um com subdivisões internas:
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Primeira parte: vida de Manon — um retrato do mundo juvenil, com danças folclóricas e uma escrita luminosa.
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Segunda parte: morte e transfiguração — começa com tons sombrios, culmina numa citação do coral de Bach “Es ist genug” (É suficiente), um momento de profunda espiritualidade.
O concerto é uma meditação sobre a vida e a morte, não só de Manon, mas talvez também de Berg — ele morreria pouco depois, em 1935, sem ouvir a estreia da obra.
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