quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Tchaikovsky-Sinfonia nº 4 em fá menor op.36

Tchaikovsky dedicou esta sinfonia à patrona, conforme anunciou em carta que escreveu a Nadezhda von Meck em Maio de 1877: "Neste momento estou absorvido com a sinfonia que comecei q escrever ainda no Inverno e que pretendo dedicar-lhe, pois encontrará aí ecos das suas ideias e dos seus sentimentos mais profundos". A estreia, sem grande sucesso, teve lugar em Moscovo, no dia 10 de Fevereiro de 1878. À frente da orquestra esteve Nikolai Rubinstein A Sinfonia nº 4 em fá menor, op. 36 de Tchaikovsky é uma das obras mais expressivas e emocionais do compositor, sendo um excelente exemplo de sua habilidade em traduzir sentimentos complexos por meio da música. Ela foi composta em 1877 e estreou em 1878. A sinfonia reflete profundamente o estado emocional turbulento de Tchaikovsky na época, marcada por uma luta interna contra a depressão e as dificuldades pessoais. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a obra: Tema da "Fado": Um dos elementos mais marcantes da sinfonia é a presença de um "tema de destino" ou "fado", que aparece logo no início do primeiro movimento. Esse tema é recorrente ao longo da obra e representa o inevitável destino ou força externa que parece controlar o destino do protagonista, uma metáfora para os sentimentos de Tchaikovsky em relação à sua vida. Primeiro movimento (Andante sostenuto - Allegro con anima): O movimento começa com uma introdução sombria e misteriosa, que depois se desenvolve em uma seção mais animada, contrastando a luta interna com momentos de energia e intensidade. Segundo movimento (Andantino in modo di canzone): A beleza melancólica e lírica desse movimento é um destaque, refletindo o lado mais introspectivo de Tchaikovsky. A música tem uma suavidade quase romântica, onde a melodia principal é apresentada de forma delicada, com um profundo sentimento de tristeza e saudade. Terceiro movimento (Valse: Allegro vivo): Tchaikovsky emprega uma valsa exuberante e dançante, que é um contraste direto com os dois primeiros movimentos mais sombrios e melancólicos. No entanto, a valsa tem uma qualidade ambígua, já que mesmo sendo cheia de energia, ela ainda contém uma sensação de inquietação subjacente. Quarto movimento (Finale: Allegro con fuoco): O final da sinfonia é grandioso e cheio de força, com uma sensação de vitória sobre as dificuldades e uma explosão de emoções. A música culmina em uma conclusão poderosa, com toda a orquestra trabalhando em conjunto para criar uma sensação de resolução, embora o tema do destino continue presente.

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