quinta-feira, 10 de abril de 2025

Faure-Masques et Bergamasques op.112

.


Masques et Bergamasques, op. 112" de Gabriel Fauré é uma verdadeira joia do repertório francês. Composta em 1919, essa suíte orquestral tem um tom nostálgico, leve e elegante — uma despedida delicada e refinada de Fauré à música orquestral, já que essa foi sua última obra para orquestra.

A estreia foi a 10 de Abril de 1919 em Monte Carlo

O título remete ao universo dos bailes mascarados e das figuras da commedia dell’arte, uma atmosfera galante e sonhadora inspirada no poema "Clair de Lune" de Verlaine, que menciona justamente "masques et bergamasques" como imagens de uma festa melancólica. E essa melancolia subtil está presente na música também: uma doçura crepuscular, um lirismo contido.

A suíte é baseada em materiais mais antigos de Fauré, reutilizados e orquestrados com muito esmero — algo comum nessa fase tardia de sua carreira. Contém quatro movimentos:

  1. Ouverture – viva, com certo espírito neoclássico.

  2. Menuet – gracioso, com uma elegância antiga.

  3. Gavotte – dançante, com leveza e um sorriso discreto.

  4. Pastorale – sonhadora, com aquele ar de despedida suave.

Essa peça também existiu como música incidental para uma comédie-ballet encomendada por Raoul Gunsbourg para Monte Carlo — um projeto que acabou ficando mais conhecido na forma da suíte.

Sem comentários: