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Masques et Bergamasques, op. 112" de Gabriel Fauré é uma verdadeira joia do repertório francês. Composta em 1919, essa suíte orquestral tem um tom nostálgico, leve e elegante — uma despedida delicada e refinada de Fauré à música orquestral, já que essa foi sua última obra para orquestra.
A estreia foi a 10 de Abril de 1919 em Monte Carlo
O título remete ao universo dos bailes mascarados e das figuras da commedia dell’arte, uma atmosfera galante e sonhadora inspirada no poema "Clair de Lune" de Verlaine, que menciona justamente "masques et bergamasques" como imagens de uma festa melancólica. E essa melancolia subtil está presente na música também: uma doçura crepuscular, um lirismo contido.
A suíte é baseada em materiais mais antigos de Fauré, reutilizados e orquestrados com muito esmero — algo comum nessa fase tardia de sua carreira. Contém quatro movimentos:
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Ouverture – viva, com certo espírito neoclássico.
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Menuet – gracioso, com uma elegância antiga.
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Gavotte – dançante, com leveza e um sorriso discreto.
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Pastorale – sonhadora, com aquele ar de despedida suave.
Essa peça também existiu como música incidental para uma comédie-ballet encomendada por Raoul Gunsbourg para Monte Carlo — um projeto que acabou ficando mais conhecido na forma da suíte.
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