- No ano de 1918 a 17 da Abril, Prokofiev estreia em Petrograd o seu Piano Sonata No. 4 com o próprio compositor com solista.
A Sonata para Piano nº 4 em Dó menor, Op. 29 de Sergei Prokofiev é uma obra fascinante e um pouco menos conhecida do que as sonatas nº 6, 7 e 8 — mas carrega uma expressividade profunda e um caráter bem introspectivo. Foi composta em 1917, um ano marcante para a história da Rússia, e é muitas vezes chamada de "Sonata de 1917".
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Algumas características marcantes da obra:
🎼 Estrutura:
A sonata tem três movimentos:
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Allegro molto sostenuto – Um movimento inicial com atmosfera sombria, contemplativa, e cheia de tensão interna. Há um sentimento de mistério e introspecção.
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Andante assai – Um movimento lírico e belíssimo, com momentos de calma e emoção contida. Uma das partes mais poéticas da obra de Prokofiev.
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Allegro con brio, ma non leggiero – Um final explosivo, com energia rítmica e ousadia, onde aparecem as marcas registradas de Prokofiev: ironia, humor e vigor percussivo no piano.
Essa sonata tem um caráter mais íntimo e melancólico do que outras obras do compositor. Muitos estudiosos ligam essa atmosfera à morte de um amigo próximo de Prokofiev, Maximilian Schmidthof, que havia se suicidado pouco tempo antes. A obra parece carregar um luto silencioso e reflexivo, especialmente nos dois primeiros movimentos.
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Mistura de lirismo russo com modernismo harmônico.
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Passagens que desafiam tanto o virtuosismo técnico quanto a expressividade emocional do intérprete.
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Exploração de texturas pianísticas pouco usuais, e uso do piano quase como uma orquestra em miniatura.
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- Aqui a interpretação é de Rémi Geniet
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