- No ano de 1853, Charles Gounod estreou em Paris a Ave Maria,
- Aqui a interpretação é Placido Domingo acompanhado pela Vienna Symphony dirigida por Helmuth Froschauer
Ela é uma melodia composta sobre o Prelúdio nº 1 em Dó maior do Cravo Bem Temperado de Bach, e foi escrita originalmente em 1853. Então o que temos é um casamento entre dois génios: a harmonia contínua e hipnótica de Bach como base, e a linha melódica doce e lírica de Gounod por cima.
Algumas curiosidades e detalhes:
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Origem: Gounod improvisava sobre o prelúdio de Bach ao piano, e sua sogra (que era pianista) o encorajou a escrever a melodia. A ideia tomou forma como uma meditação musical intitulada Méditation sur le premier prélude de J.S. Bach. Só mais tarde recebeu o texto do Ave Maria tradicional em latim.
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Estrutura: A melodia de Gounod flutua sobre os arpejos estáveis de Bach, como se fosse uma prece suspensa no tempo. Há uma certa tensão suave no contraste entre a linha melódica lírica e o acompanhamento quase mecânico do prelúdio.
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Texto: Apesar de não ter sido composto originalmente com o texto sacro, a união posterior com a oração latina ajudou a tornar essa peça um ícone de cerimônias religiosas, especialmente em casamentos e funerais.
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Versões: Existem inúmeras adaptações — para voz e piano, para orquestra, para violino solo, violoncelo, harpa... É uma daquelas composições que parece brilhar em qualquer formato.
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Tons emocionais: A melodia é de uma ternura quase infantil, mas carregada de dignidade e paz. É como se alguém cantasse diretamente ao divino, com simplicidade e sinceridade.
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