- No ano de 1885 Antonin Dvorák estreou em Londres, a Sinfonia No. 7 em ré menor op.70, interpretada pela Royal Philharmonic conduzida pelo compositor. Aqui a interpretação é da Orquesta Sinfónica de RTVE dirigida por MIGUEL HARTH-BEDOYA
Sinfonia nº 7 em ré menor, op. 70 de Antonín Dvořák é uma das obras sinfônicas mais intensas e profundamente emocionais do compositor tcheco. Composta entre 1884 e 1885, ela marca um ponto de maturidade artística e expressiva de Dvořák e é frequentemente considerada sua sinfonia mais trágica, profunda e beethoveniana.
Dvořák compôs essa sinfonia a pedido da Royal Philharmonic Society de Londres, inspirado por sua crescente fama internacional. No entanto, o tom sombrio da obra também reflete tragédias pessoais — como a morte de sua mãe e, pouco antes, de seu filho — além do sentimento nacionalista pela opressão do povo tcheco dentro do Império Austro-Húngaro.
Características da obra
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Primeiro movimento (Allegro maestoso): sombrio, com um tema principal que cresce de forma orgânica, quase como uma tempestade contida. Há ecos de Brahms aqui, mas com a assinatura emocional própria de Dvořák.
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Segundo movimento (Poco adagio): lírico e comovente, trazendo aquele lirismo pastoral que Dvořák manejava tão bem — quase uma oração.
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Terceiro movimento (Scherzo: Vivace): dançante, com sabor folclórico tcheco, mas não leve — há tensão nas entrelinhas.
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Quarto movimento (Finale: Allegro): grandioso, começa com uma urgência dramática e se desenrola até um final heróico e esperançoso, mesmo em meio à tonalidade menor.
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- No ano de 1868 nasceu em São Tomé o compositor português, José Vianna da Motta.
Estudou no Conservatório de Lisboa, sendo os estudos patrocinados pelo rei D. Fernando e a Condessa de Edla. Em 1882 parte para Berlim onde, custeado pelos reis mecenas, continua durante três anos os estudos de piano e composição.
Em 1885 parte para Weimar onde é aluno deFranz Liszt , que mais tarde lhe oferece uma fotografia com a dedicatória: "A José Viana da Mota, saudando os seus futuros sucessos. Fr. Liszt".
A orquestra CAMERATA AMICIS, dirigida pelo maestro Carlos Silva, interpreta Cenas nas Montanhas, Op. 14