quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Haydn-Piano sonata em lá maior hob XVI.5
Haydn-Sinfonia nº048 em do maior "Maria Teresa"
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
Emil von Reznicek-Sinfonía n.º 3, em re maior op.60
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
Glazunov-Piano concerto nº 2 em Si maior Opus 100
sábado, 24 de fevereiro de 2024
Prokofiev-Violino Concerto No.1 em re maior op.19
Ele voltou ao concerto no verão de 1917. Foi estreado em 18 de outubro de 1923 na Ópera de Paris, com Marcel Darrieux tocando violino e a Orquestra da Ópera de Paris dirigida por Serge Koussevitzky.
O Concerto para Violino nº 1 em Ré maior, Op. 19 de Serguei Prokofiev é uma das obras mais originais e poéticas do repertório violinístico do século XX. Foi composto entre 1915 e 1917, durante um período em que Prokofiev ainda vivia na Rússia, pouco antes de deixar o país após a Revolução. Embora seja cronologicamente anterior ao Concerto n.º 2, acabou sendo estreado mais tarde — o que dá uma curiosa inversão na sua história.
Originalmente Prokofiev pretendia escrever um concerto em estilo mais “virtuosístico” para mostrar suas habilidades pianísticas e composicionais — mas acabou produzindo uma obra de delicadeza lírica e refinamento orquestral, bastante distinta do seu estilo mais ácido e percussivo de outras peças do período.
Estrutura da Obra
O concerto tem três movimentos:
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Andantino – Andante assai
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O violino inicia com uma melodia etérea e sonhadora, quase como uma canção sem palavras.
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A orquestra acompanha de forma leve e transparente, com uma escrita que evoca paisagens suaves e oníricas.
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A seção central é mais agitada, mas a música retorna ao caráter inicial.
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Esse movimento revela um Prokofiev mais lírico e introspectivo, com harmonias modais e um senso de fantasia.
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Scherzo: Vivacissimo
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Um contraste explosivo com o primeiro movimento.
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O violino executa passagens extremamente ágeis, saltitantes e irônicas, em típico estilo “mordaz” de Prokofiev.
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As mudanças métricas e rítmicas rápidas criam um efeito quase mecânico, cheio de humor ácido.
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É tecnicamente desafiante para o solista — exige leveza, precisão e clareza rítmica.
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Moderato – Allegro moderato
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Começa de modo tranquilo e contemplativo, com uma melodia ampla e sonhadora.
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Gradualmente cresce em intensidade, conduzindo a uma parte final mais afirmativa e grandiosa.
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Curiosamente, o concerto termina de forma delicada, retomando o tema inicial do primeiro movimento no registro agudo do violino — como se fechasse um círculo poético.
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Contexto Estilístico
Este concerto mistura lirismo quase impressionista com a ironia rítmica típica de Prokofiev.
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Diferente dos concertos “heroicos” de Tchaikovsky ou Sibelius, aqui a virtuosidade está integrada à música, sem exibições gratuitas.
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A escrita orquestral é clara e colorida, com uso engenhoso das madeiras e cordas em diálogos leves.
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A atmosfera do primeiro e terceiro movimentos influenciou inclusive compositores franceses, o que fez a obra encaixar-se bem no gosto parisiense dos anos 1920.
Curiosidades
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Prokofiev escreveu parte da obra enquanto trabalhava na sua Primeira Sinfonia (“Clássica”), o que explica certa leveza e transparência na instrumentação.
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Embora o concerto n.º 2 tenha sido escrito depois (1935), ele foi estreado antes, em 1935, tornando-se mais popular inicialmente.
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O Concerto n.º 1 conquistou popularidade principalmente graças à violinista Joseph Szigeti, que foi um de seus grandes defensores.
Por que é importante
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Marca uma das primeiras obras-primas do jovem Prokofiev, revelando seu lado poético, muitas vezes ofuscado por sua reputação de compositor “mordaz” ou “percussivo”.
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É uma peça central no repertório moderno de violino, tocada por grandes intérpretes como David Oistrakh, Itzhak Perlman, Hilary Hahn e Lisa Batiashvili.
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Sua forma circular (começar e terminar etereamente), linguagem harmônica fresca e equilíbrio entre lirismo e virtuosidade fizeram dela uma obra singular no início do século XX.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
Glazunov-Legenda Kareliana op.99
Bela Bartok-Piano suite op.14
domingo, 18 de fevereiro de 2024
Sibelius-The Oceanides op.73
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
Carl Nielsen-Violino sonata n.2 op.35
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
Glazunov-Piano concerto nº 1 em Fá menor Opus 92
terça-feira, 13 de fevereiro de 2024
Ravel-Daphne e Cloe
Tchaikovsky-Bela Adormecida op.66
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024
Scriabin-Piano Sonata nº 06 Op. 62
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
Bela Bartok-String Quartet No. 1 em lá menor op.7
- Em 1910 Bela Bartók estreia em Budapeste o String Quartet nº1 em lá menor Op. 7 interpretado pelo Waldbauer Quartet.Aqui a interpretação é do
Seoul String quartet at Chamber Hall.