quarta-feira, 3 de março de 2021

Mendelssohn-Sinfonia nº3 em lá menor"Escocesa"

Em 1842 a 3 de Março, Mendelssohn estreia em Leipzig, a sua Sinfonia No. 3 em lá menor, conhecida como a Escocesa. 

, é uma das suas obras mais expressivas e marcantes, cheia de energia, melancolia e uma forte conexão com a paisagem e o espírito da Escócia, que foi a principal inspiração do compositor. 

 Mendelssohn compôs esta sinfonia após uma viagem à Escócia, que o impressionou profundamente. Ele ficou particularmente fascinado pelas ruínas do Castelo de Edimburgo e pela natureza dramática do país, e essas imagens parecem ressoar nas partes da obra. 

A sinfonia tem um caráter algo sombrio e misterioso, refletindo a grandiosidade e a desolação das paisagens escocesas, especialmente no movimento inicial, que tem uma aura de melancolia e introspecção. 

 Aqui estão alguns pontos de destaque: 
 Primeiro movimento (Adagio - Allegro): Começa com uma introdução lenta e quase fúnebre, que leva ao Allegro, cheio de energia e movimentos contrastantes. A transição do movimento lento para o rápido é impressionante e reflete a luta entre a tranquilidade e a agitação, algo que pode ser associado às paisagens e clima da Escócia. 

 Segundo movimento (Andante con moto): Um dos momentos mais delicados e expressivos da sinfonia, é marcado por uma melancolia sutil e uma elegância contida. Tem uma qualidade introspectiva, que é muitas vezes vista como uma reflexão sobre as ruínas e as paisagens que Mendelssohn viu. 

 Terceiro movimento (Vivace non troppo): Este movimento é um contraste vibrante e mais alegre. O ritmo animado, com influência de danças populares, traz uma sensação de movimento e vivacidade, mas ainda mantendo um tom de mistério, como se refletisse a energia vibrante da Escócia, mas com uma certa distância emocional.

 Quarto movimento (Presto – Allegro molto): O final é dramático e vigoroso, encerrando a sinfonia com uma sensação de liberdade e triunfo. Ele transmite uma sensação de grandeza, com a orquestra alcançando um grande poder e clareza. 

 Em termos gerais, a Sinfonia Escocesa é uma das obras mais ambiciosas e emocionais de Mendelssohn, incorporando uma mistura de exuberância, melancolia e mistério, todos imbuídos com uma forte sensação de lugar e de natureza. 

A obra é considerada um marco na música romântica, sendo muito admirada por sua habilidade de combinar a beleza melódica com a profundidade emocional e a grandeza orquestral.

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