Também conhecida pelo subtítulo "Sonhos de Inverno" (Winter Daydreams), é uma obra fascinante e cheia de encanto — embora menos ouvida que suas sinfonias posteriores, revela já o talento do compositor em criar atmosferas líricas e poderosamente emocionais
A sinfonia segue o modelo clássico em quatro movimentos, mas já mostra o lirismo melódico e o uso de cores orquestrais que se tornariam marca registrada de Tchaikovsky.
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Allegro tranquillo (Sonhos de Viagem de Inverno)
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Um movimento encantador, com um tema pastoral e nostálgico, evocando paisagens geladas e vastas, mas também carregado de uma certa melancolia.
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Adagio cantabile ma non tanto (Paisagem de Inverno)
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Lírico, introspectivo, com belíssimos solos de sopros, transmite um sentimento quase de solidão e contemplação.
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Scherzo: Allegro scherzando giocoso
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Mais leve e brincalhão, com um trio central mais doce e dançante, quase um balé em miniatura.
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Finale: Andante lugubre – Allegro maestoso
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Começa sombrio e pensativo, depois se torna triunfante e brilhante, cheio de energia russa e vitalidade.
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Apesar da influência germânica (por conta da formação conservatoriana), já respira um espírito russo muito próprio, especialmente no uso de temas folclóricos e no calor emocional.
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Comparada às sinfonias seguintes (como a Quarta, Quinta ou Sexta), pode parecer mais contida ou menos dramática, mas tem uma poesia quase programática, um "pintar sonoro" das paisagens de inverno.
Tchaikovsky, anos depois, foi bastante crítico da sinfonia, chamando-a de "um trabalho imaturo". Mas muitos ouvintes a consideram um dos primeiros vislumbres de sua genialidade.
Ele dedicou a sinfonia a Nikolai Rubinstein.
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