sábado, 16 de julho de 2011

Bernstein-Chicheste Psalms

  • Em 1965 a 15 de Julho, Leonard Bernstein estreia em New York a sua Chicheste Psalms com a New York Philharmonic dirigida pelo próprio 

  • Os Chichester Psalms são uma das obras corais mais marcantes do compositor americano Leonard Bernstein, compostos em 1965 por encomenda do Festival de Chichester, na Inglaterra. É uma obra profundamente espiritual, rítmica e emocional, que mistura elementos da tradição judaica com uma linguagem musical moderna e energética.

    🔹 Estrutura

    É composta por três movimentos, todos cantados em hebraico, com textos retirados dos Salmos bíblicos:

    1. 1º Movimento: Salmos 108 e 100
      → Uma celebração rítmica, alegre e vigorosa, com destaque para as complexidades métricas e os ritmos dançantes.

    2. 2º Movimento: Salmo 23 (com solo de menino ou contratenor) entrelaçado com o Salmo 2
      → É o coração lírico da obra. O salmo “O Senhor é meu pastor” é interrompido por um coro agressivo cantando “Por que se amotinam os gentios?” – criando um contraste dramático.

    3. 3º Movimento: Salmos 131 e 133
      → Um movimento final de reconciliação e serenidade, terminando com a frase “Hinei ma tov u’ma na’im” (Quão bom e agradável é... que os irmãos vivam em união).

    Estilo musical

    • Mistura tonalidade tradicional com harmonias modernas e dissonâncias leves.

    • Ritmos irregulares e mudanças de compasso frequentes.

    • Fortes influências do jazz, da música coral anglicana e da tradição litúrgica hebraica.

    • O uso do hebraico dá à obra um tom de reverência ancestral, mas com a vitalidade do século XX.

    🔹 Mensagem

    Bernstein dizia que queria expressar fé inocente e esperança, contrastando com a turbulência política e cultural dos anos 60. Mesmo após a estreia, ele dizia que os Chichester Psalms eram “o mais próximo que ele chegou de escrever algo puro e religioso.”

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