sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Rachmaninov-Piano Concerto Nº2 em dó menor op.18

  • No ano de 1901 a 27 de Outubro,  estreia de Rachmaninov o Piano Concerto nº 2 em dó menor op.18
  • o este concerto , é uma das obras mais sublimes já compostas para piano e orquestra — e, curiosamente, nasceu de um renascimento pessoal.

    Depois do fracasso de sua Primeira Sinfonia em 1897, Rachmaninov mergulhou numa depressão profunda e chegou a duvidar de sua capacidade de compor. Foi graças a um tratamento com hipnoterapia e ao incentivo do médico Nikolai Dahl que ele recuperou a confiança — e este concerto foi a primeira grande obra escrita após esse período. Não à toa, é dedicado a Dahl.

    Musicalmente, o concerto é puro Rachmaninov:

    • Primeiro movimento (Moderato) — começa com aqueles acordes solenes e em expansão no piano solo, como se o compositor estivesse abrindo o próprio coração. O diálogo entre o piano e a orquestra é intenso, apaixonado, e culmina num clímax arrebatador.

    • Segundo movimento (Adagio sostenuto) — é o coração lírico da peça, uma canção de amor em forma de sonho, com flutuações harmônicas que parecem suspender o tempo. É também o trecho mais associado à nostalgia e ao romantismo russo tardio.

    • Terceiro movimento (Allegro scherzando) — começa em inquietude e termina em triunfo. O tema principal, expansivo e luminoso, é um hino à superação.

    O concerto mistura melancolia, grandeza e esperança de uma forma raríssima. Ele tem tanto o drama da alma russa quanto o lirismo universal — e é por isso que se tornou um símbolo de amor, de redenção e de ressurreição artística.

    Muitos o consideram o mais belo concerto romântico já escrito — e com razão.
    Há quem diga que o segundo movimento é o som da alma de Rachmaninov curando-se.

AquiAnna Fedorova ´é a solista 

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