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Composto entre 1862 e 1864, o quinteto nasceu primeiro como uma sonata para duas pianos, depois virou um quinteto de cordas, até chegar à forma definitiva para piano e cordas — resultado de Brahms perceber que a força expressiva que queria só se realizava com a combinação dos dois mundos: percussão e lirismo.
O Quinteto foi dedicado a Sua Alteza Real, a Princesa Ana de Hesse .
Como a maioria dos quintetos para piano compostos após o Quinteto para Piano de Robert Schumann (1842), foi escrita para piano e quarteto de cordas (dois violinos , viola e violoncelo )
O que mais se destaca
1. Primeiro movimento — Allegro non troppo (dramático, tempestuoso)
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Um dos começos mais poderosos de Brahms.
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A tensão rítmica e a escrita quase sinfônica dão a sensação de uma luta interna gigantesca.
2. Segundo movimento — Andante, un poco adagio (calor e intimidade)
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Um descanso emocional.
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Linha melódica ampla, muito cantabile, como se Brahms abrisse uma janela de paz no meio da tormenta.
3. Scherzo — Molto vivace (energia incontrolável)
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Famoso pela pulsação vigorosa.
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É praticamente uma marcha triunfal, mas cheia de sombras — típico de Brahms.
4. Finale — Poco sostenuto – Allegro non troppo (épico)
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Abre misterioso, quase sombrio.
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Avança para um desenvolvimento impetuoso que mistura intensidade rítmica e profundidade emocional.
Por que tantas pessoas o consideram um “monumento”
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A fusão do poder do piano com a densidade das cordas cria um som quase orquestral.
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Há uma coerência temática impressionante — quase tudo volta transformado.
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É Brahms no auge da juventude, mas já com aquele peso emocional que o caracteriza.