No ano de 1924 a 9 de Julho, nasceu em Bufalo o pianista americano Leonard Pennario
Em sua homenagem é interpetrada a A Sonata em Si Menor, S.178 por Seong-jin Cho
A Sonata em Si Menor, S.178 de Franz Liszt é uma das obras mais monumentais do repertório pianístico — intensa, inovadora e emocionalmente devastadora. Composta em 1853 e dedicada a Robert Schumann, esta sonata rompe deliberadamente com as convenções formais da época e oferece um retrato profundamente pessoal e simbólico.
Aqui vão alguns pontos marcantes sobre ela:
Forma e Estrutura
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Embora seja chamada de “sonata”, ela não segue a forma sonata tradicional em múltiplos movimentos.
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É escrita em movimento único contínuo, mas internamente articula-se como se fossem quatro movimentos fundidos (sonata-allegro, andante, scherzo, finale).
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Liszt usa a técnica de transformação temática, onde os mesmos temas se metamorfoseiam ao longo da peça — o que cria uma unidade impressionante e emocionalmente coesa.
Conteúdo Expressivo
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A obra é intensamente dramática, contrastando seções brutais e demoníacas com passagens de beleza etérea.
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Muitos interpretam a sonata como uma narrativa simbólica — por vezes vista como uma luta entre o bem e o mal, entre corpo e alma, ou mesmo um retrato da alma humana em conflito.
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Alguns estudiosos veem paralelos com o Fausto de Goethe ou até uma metáfora sobre Cristo e o pecado.
Desafio Técnico e Interpretativo
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Extremamente difícil do ponto de vista técnico e ainda mais do ponto de vista emocional e estrutural.
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O pianista precisa ter visão de conjunto: é fácil perder-se na riqueza dos detalhes sem captar a narrativa total.
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Dominar os contrastes extremos e sustentar a tensão durante os cerca de 30 minutos da obra é uma tarefa hercúlea.
Impacto e Legado
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Inicialmente, a sonata foi mal compreendida. Clara Schumann a chamou de “abominável”.
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Hoje, é reconhecida como uma das maiores sonatas para piano da história da música — ao lado de Beethoven, Chopin e Schubert.