sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Albinoni-Adagio em sol menor
O Adagio em Sol menor, atribuído a Tomaso Albinoni, é uma das peças mais reconhecíveis e emocionantes da música clássica, mas também cercada por um interessante mistério de autoria. Embora o título sugira que seja uma obra do compositor barroco Albinoni, a peça foi na verdade reconstruída (ou composta) pelo musicólogo Remo Giazotto em 1945, supostamente com base em fragmentos de um manuscrito perdido de Albinoni.
Eis a interpretação duma miúda que gosto muito de ouvir Lara Fabian, numa versão deste Adágio, fica a curiosidade.
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z01-17 de Janeiro
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Korngold-Violino concerto em ré op.35
O Concerto para Violino em Ré maior, Op. 35, de Erich Wolfgang Korngold, é uma das obras mais emblemáticas do repertório para violino do século XX, destacando-se por sua rica mistura de romantismo tardio e influências cinematográficas.
Korngold, um renomado compositor de trilhas sonoras de Hollywood, conseguiu traduzir sua experiência no cinema em uma peça que alia lirismo, virtuosismo e orquestração luxuosa.
Características principais: Estilo e linguagem:
A obra é profundamente lírica, evocando a tradição romântica de compositores como Brahms e Tchaikovsky, mas com um toque modernista e cinematográfico que é inconfundivelmente de Korngold.
Há uma fluidez melódica marcante, com temas memoráveis e emocionantes que ecoam a linguagem melódica das trilhas sonoras que Korngold compôs para filmes.
Influência cinematográfica:
Vários temas do concerto derivam diretamente de suas trilhas sonoras, como as de Another Dawn (1937), Anthony Adverse (1936) e The Prince and the Pauper (1937).
Essa conexão dá à música uma qualidade narrativa e evocativa, criando imagens mentais quase cinematográficas enquanto a obra é executada.
Estrutura da obra: I. Moderato nobile: Um movimento de abertura lírico e expansivo, com um tema principal que exala grandeza e nobreza. O violino assume um papel altamente expressivo, como um contador de histórias.
II. Romanze: Este movimento lento é uma joia de lirismo e ternura, explorando o registro emocional mais profundo do violino, acompanhado por uma orquestração calorosa e envolvente.
III. Allegro assai vivace: Um final cheio de energia, virtuosismo e brilho técnico. Aqui, Korngold combina um espírito dançante com passagens tecnicamente desafiadoras para o solista. Recepção e importância:
O concerto foi estreado em 1947 a 15 de Janeiro, por Jascha Heifetz, o lendário violinista, cuja execução estabeleceu um padrão altíssimo para futuros intérpretes.
Inicialmente, enfrentou algum preconceito por sua associação com o cinema e pelo fato de Korngold ser um compositor de Hollywood. No entanto, o concerto é hoje amplamente reconhecido como uma das grandes obras do repertório para violino do século XX.
Virtuosismo e expressão: Embora tecnicamente exigente, o concerto é antes de tudo uma obra de expressividade. Korngold disse que foi "escrito para um Caruso do violino" – destacando o papel do intérprete como um cantor apaixonado.
Contexto pessoal: O Concerto para Violino marcou um retorno de Korngold à música de concerto após sua temporada em Hollywood, simbolizando sua tentativa de reafirmar sua relevância no cenário clássico europeu e americano.
Apesar disso, ele manteve um vínculo com o estilo cinematográfico, criando uma obra que se distingue tanto pela acessibilidade quanto pela profundidade.
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z01-15 de Janeiro
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Brahms-Sinfonia nº1 em dó menor op.68
Em 1878 a 3 de Janeiro, Brahms estreia nos EUA em Boston a sua Sinfonia nº1 em dó menor op.68.
A Sinfonia nº 1 em dó menor, Op. 68, de Johannes Brahms, é uma das obras mais grandiosas e impactantes do repertório sinfônico. Concluída em 1876, após quase 14 anos de trabalho, esta sinfonia é frequentemente descrita como a resposta de Brahms à gigantesca sombra deixada por Beethoven.
Estrutura da Sinfonia
A obra segue a estrutura tradicional de uma sinfonia clássica, dividida em quatro movimentos:
I. Un poco sostenuto – Allegro
Um movimento de abertura imponente, marcado por uma atmosfera dramática. A introdução lenta, com batidas de tímpanos repetidas, evoca um sentimento de tensão e solenidade.
II. Andante sostenuto
Um movimento mais lírico e introspectivo, onde a beleza melódica das cordas e solos dos instrumentos de sopro criam uma atmosfera serena e comovente.
III. Un poco allegretto e grazioso
Um movimento mais leve e gracioso, quase pastoral, que oferece um contraste com a profundidade emocional dos outros movimentos.
IV. Adagio – Più andante – Allegro non troppo, ma con brio
O último movimento começa com uma introdução lenta e misteriosa, que se transforma em um majestoso tema principal frequentemente comparado ao “Hino à Alegria” de Beethoven.
A conclusão é triunfante e luminosa, encerrando a sinfonia com um senso de vitória.
a Sinfonia nº 1 de Brahms é uma combinação poderosa de paixão, técnica e profundidade emocional, consolidando Brahms como um dos maiores compositores da era romântica.
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z01-03 de Janeiro
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