quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Brahms-Violino sonata nº3 em re menor op.108

  • Em 1888 a 22 de Dezembro , Brahms estreia em Budapeste o seu Violin Sonata No. 3 em re menor op. 108. Aqui a interpretação é de Caeli Smith no violino e SuJung Jang no piano

  • 1ºmov.-Allegro

  • 2ºmov.-adagio

  • 3ºmov.-Un poco presto e con sentimento

  • 4ºmov.-Presto agitato

domingo, 12 de dezembro de 2010

Saint-Saenz-Piano Concerto nº2 em sol maior op022

  • Em 1868 Camille Saint-Saëns estreia Piano Concerto No. 2 em sol maior op.22 no Concerto Popilaire em Paris com Anton Rubinstein conduzindo a orquestra sendo o proprio compositor o solista.

Aqui a interpretação é Valentina Lisitsa e 4 encores 
Encore 1 - Schubert/Liszt - Ave Maria - 25:49
Encore 2 - Schubert/Liszt - Der Erlkonig - 32:14 Encore 3 - Chopin - Nocturne Op. 9 No. 2 in E flat major - 38:13 Encore 4 - Rachmaninoff - Prelude Op. 23 No. 5 in g minor - 44:17

sábado, 6 de novembro de 2010

6 de Novembro


  • Em 1913 Camille Saint-Saënsn estreia em Paris a sua Introdução e Rondo Capriccioso em Lá menor para violino e orquestra op,28
Aqui a interpretação é de Itzhak Perlman e da New York Philarmonic orchestra dirigida por Zubin Mehta


domingo, 31 de outubro de 2010

Rimsky-Korsakov-Capriccio Espagno


  • Em 1887 Rimsky-Korsakov estreia o seu Capriccio Espagnol em St. Petersburg.com Richard Strauss conduzindo a orquestra
aqui a interpretação é da Orquesta Sinfónica de Puerto Rico dirigida por Roselín Pabón

movº 1, 2 e 3


movº 4º e 5º

sábado, 16 de outubro de 2010

16 de Outubro


  • Em 1934 Miaskovsky estreia em Winterthu na Suiça a sua Sinfonia nº13 em si menor op.36 interpretada pela . Musikkollegium orquestra dirigida por Hermann Scherchen.
  • 1ºMov-Andante moderato-1ªParte

  • 1ºMov-Andante moderato-2ªParte

  • 2ºMov.-Agitato molto e Tenebroso

  • 3ºMov.-Nostalgico Andante

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

24 de Setembro


  • Em 1962 Samuel Barber estreia em Nova Yorque o seu Piano Concerto op.38 interpretado pela Boston Symphony Orchestra, sendo solista o pianista John Browning e Erich Leinsdorf o director.

Aqui a interpretação é da pianista Anny Hwang acompanhada pela Taipei Symphony Orchestra
  • 1ºmov.-1ª parte-Allegro apassionato

  • 1ºMov.-2ªParte-Allegro apassionato

  • 2ºMov.-Canzone Moderato

  • 3ºMov.-Allegro molto

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Edward Elgar-Pompa e Circunstância nº5 em dó maior op.39


  • Em 1930   a 20 de setembro, Sir Edward Elgar estreia em Londres a sua Marcha Pompa e Circunstancia nº. 5 em dó maior op.39
  • Esta  Marcha  é a última das cinco marchas que ele compôs entre 1901 e 1930.

    Alguns pontos relevantes sobre ela:

    • Data: foi composta em 1930, quase trinta anos depois da célebre Marcha n.º 1 (com o famoso trio usado nas formaturas). É a mais tardia da série.

    • Caráter: ao contrário das anteriores, tem um tom mais sombrio, solene e contido, marcado pela tonalidade menor (dó menor). Não é tão festiva nem triunfal, mas tem uma profundidade emocional que reflete talvez a maturidade e até certa melancolia de Elgar no fim da vida.

    • Estilo: mantém o formato típico de marcha cerimonial, mas com uma orquestração densa e harmonias mais introspectivas. O trio central, em contraste, é mais lírico, ainda que não atinja o mesmo apelo popular da n.º 1.

    • Receção: nunca ganhou a popularidade das marchas anteriores, sobretudo da n.º 1 e da n.º 4 (ambas muito tocadas em cerimónias), mas é considerada por muitos estudiosos como uma peça de grande profundidade artística.

    Em resumo: a Marcha n.º 5 é menos conhecida, mas representa um Elgar maduro, reflexivo e mais sombrio, um contraponto às marchas mais célebres da série.



sábado, 18 de setembro de 2010

Francesca Caccini-Aure volanti


  • Em 1587 nasceu em Florença, Francesca Caccini filha de Giulio Caccini , e foi um dos mais conhecidos e mais influentes compositoras europeus do sexo feminino entre o século 12 e o século 19. Seu trabalho no palco, La Liberazione di Ruggiero , tem sido amplamente considerada a primeira ópera de um compositor mulher.
  • Enredo
  • A ópera conta um episódio do poema épico Orlando Furioso, de Ludovico Ariosto:

    • O cavaleiro Ruggiero está preso na ilha encantada da feiticeira Alcina, vivendo sob feitiço e prazeres ilusórios.

    • A feiticeira boa Melissa chega disfarçada e liberta Ruggiero do encantamento.

    • Ruggiero retoma o seu destino de herói cristão e parte da ilha, deixando Alcina furiosa e derrotada.


    Importância histórica

    • É considerada a primeira ópera composta por uma mulher de que se tem registo.

    • Demonstra o grande talento de Francesca Caccini, que era cantora, compositora e cravista na corte dos Médici.

    • Mistura de música, dança e poesia — típica do início do barroco italiano.

    • A obra tinha também um subtexto político e moral, elogiando a virtude e a disciplina sobre os prazeres enganadores.


    interpretado pela Concordia College Moorhead Minnesota - Bel Canto Choir apresento a sua peça Aure volanti


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nadia Boulanger-Vers la vie nouvelle


Em 1887 a 16 de Setembro  nasce em Paris a compositora Nadia Boulanger

Nadia Boulanger foi uma compositora, maestrina e pedagoga musical francesa, figura central na música do século XX, conhecida sobretudo como professora de grandes nomes como Aaron Copland, Astor Piazzolla, Philip Glass, Quincy Jones e muitos outros. Embora sua carreira como compositora tenha sido breve, ela deixou algumas obras próprias de juventude, entre elas Vers la vie nouvelle, de 1918.
Aqui se apresenta a sua peça Vers la vie nouvelle uma peça de 1918 aqui interpretada por Emile Naoumoff

Vers la vie nouvelle

  • Gênero: peça coral-orquestral de caráter sinfónico e lírico.

  • Ano: 1918 (logo após o fim da Primeira Guerra Mundial).

  • Contexto: Boulanger a compôs como um tributo à esperança e à reconstrução após a guerra — daí o título “Rumo à nova vida”.

  • Estilo:

    • Harmonias pós-românticas, herdadas de Gabriel Fauré e Claude Debussy.

    • Textura orquestral densa e coros que emergem de forma grandiosa.

    • Equilíbrio entre emotividade contida e solenidade, com progressões que caminham de trechos sombrios para clímax luminosos.

  • Importância: É considerada uma das últimas grandes composições que ela assinou antes de dedicar-se quase exclusivamente ao ensino e à regência. Marca a transição simbólica da sua própria carreira para uma “vida nova”.



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jeno Hubay-6 peças para violino e piano op.121


  • Em 1858 a 15 de Setembro nasce em Budapeste o compositor Jeno Hubay que vira a morrer em Vienna a 12 de Março de 1937
    Aqui se apresenta a sua obra 6 peças para piano e violino op.121
    A interpretação é de Ferenc Szecsódi (Violino) e István Kassai (Piano)

    )
  • As 6 peças para violino e piano, Op. 121, compõem um dos últimos conjuntos de obras de câmara do compositor e virtuose húngaro Jenő Hubay (1858 – 1937). Escritas já em sua fase madura, elas refletem bem o estilo tardio do autor: um romantismo ainda muito lírico e caloroso, mas permeado por um certo refinamento e concisão típicos da experiência adquirida ao longo de décadas como professor, intérprete e compositor.

    Contexto e estilo

    • Hubay foi um dos grandes violinistas do seu tempo e dirigiu o Conservatório de Budapeste, formando vários nomes importantes.

    • A Op. 121 não é uma obra de fôlego sinfónico, mas sim um conjunto de peças curtas e de caráter, cada qual explorando um clima expressivo diferente.

    • A escrita do violino é tecnicamente exigente, mas sobretudo cantabile e idiomática, mostrando o domínio do instrumento que Hubay possuía.

    • O piano desempenha papel ativo, muitas vezes dialogando com o violino de forma camerística, e não apenas como acompanhamento.

    Características gerais das 6 peças

    • Miniaturas românticas: cada peça tem cerca de 3 a 5 minutos, com melodias líricas, ritmos dançantes e contrastes de humor.

    • Idioma harmônico tardio-romântico, mas acessível e tonal.

    • Virtuosismo elegante: há passagens rápidas, duplas cordas e harmônicos, mas sempre em função da expressão musical.

    • Influência húngara ocasional, em certos giros melódicos ou ritmos que evocam a música cigana, traço marcante em várias obras de Hubay.

    Recepção e uso

    • Embora não tão conhecidas quanto os seus famosos Czardas para violino, essas peças são apreciadas por violinistas que buscam repertório romântico menos tocado.

    • Frequentemente aparecem em recitais de música de câmara como peças de contraste ou encore, justamente por sua brevidade e brilho.


domingo, 12 de setembro de 2010

Shostakovitch-Sinfonia nº02 em si maior op14 October



  • Em 1906 a 12 de setembro, nasce em St.Petersburgo o compositor russo Dimitri Shostakovich
A Sinfonia Nº 2 (1927) foi terminada quando o compositor tinha 21 anos e começava a abraçar a estética da música moderna. 

Se a primeira sinfonia leva o DNA do Shostakovich maduro, a segunda é a sinfonia dum jovem revolucionário nos anos iniciais de outra revolução. O stalinismo ainda não o tinha rotulado de “formalista
  • Encomendada para celebrar o 10.º aniversário da Revolução de Outubro (1917), razão do subtítulo “October”.

  • Características musicais

  • Estrutura não tradicional: em um único movimento contínuo (aprox. 20 minutos).

  • Grande orquestra e coro no final (sobre um texto de Alexander Bezymensky exaltando a revolução).

  • Estilo experimental e modernista:

    • Texturas dissonantes e fragmentadas

    • Seções caóticas e abruptas

    • Uso de técnicas de música de máquina (machine music) que refletem a industrialização soviética

  • A entrada do coro marca uma mudança abrupta do caos orquestral para um hino triunfal e propagandístico.

Recepção e legado

  • Na época, foi vista mais como uma obra de propaganda revolucionária do que como uma sinfonia “clássica”.

  • Hoje é considerada menos madura e mais experimental, mostrando um jovem Shostakovitch em busca de linguagem própria.

  • Serve como documento histórico do clima político e artístico soviético dos anos 1920, mas raramente é executada em concertos contemporâneos.

Aqui a interpretação é da
Azusa Pacific University Symphony Orchestra and Oratorio Choir com
Christopher Russell, na condução 



sábado, 11 de setembro de 2010

11 de Setembro


  • Em 1711 nasce em Londres o compositor William Boyce que viria a morrer em Kensington em 7 de Fevereiro de 1779

Aqui se apresenta a sua Sinfonia nº5 em ré maior op.2 sob direcção de Trevor Pinnock noThe English Concert


  • 1ºMov.-Allegro ma non troppo - Adagio ad lib. - Allegro assai

  • 2ºMov.-Tempo di Gavotta
(por encontrar)
  • 3ºMov.-Tempo di Minuetto
(por encontrar)




sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Karl Amadeus Hartmann-Sinfonia nº2


Em 1950 a 10 de Setembro, Karl Amadeus Hartmann estreia a sua Sinfonia nº2 interpretada pela Southwest German Radio Orchestra, com Hans Rosbaud na condução

Karl Amadeus Hartmann (1905–1963) foi um compositor alemão que se destacou por ser uma voz de resistência ao nazismo. Ele recusou-se a colaborar com o regime e, durante o Terceiro Reich, entrou em uma espécie de “exílio interno”: não teve suas obras executadas oficialmente, mas continuou compondo em silêncio. Depois da guerra, tornou-se uma das figuras centrais da música contemporânea alemã, fundador do festival Musica Viva em Munique.

A Sinfonia nº 2

  • Composição: 1942 (durante a guerra), revisada em 1945–46.

  • Estreia: 1947, em Viena, sob regência de Ferenc Fricsay.

  • Duração: cerca de 15–18 minutos.

  • Instrumentação: Orquestra de cordas.

  • Caráter: É uma sinfonia curta, em um só movimento contínuo, mas estruturada em seções contrastantes.

Estilo e linguagem

  • Escrita apenas para cordas, a obra é densa, expressiva e fortemente marcada pela tensão histórica de sua época.

  • Hartmann mescla elementos neoclássicos, contraponto rigoroso e influências de Mahler, Hindemith e até Bartók.

  • Apesar da concisão, a música transmite uma carga emocional intensa, com passagens líricas e dramáticas que lembram um lamento.

  • O clima é de resistência, dor e esperança, refletindo o espírito de oposição ao nazismo.

Estrutura (visão geral)

Embora não siga a forma tradicional de sinfonia em quatro movimentos, pode-se perceber:

  1. Abertura sombria, quase elegíaca.

  2. Seção central mais rítmica e agitada, com energia e tensão acumulada.

  3. Retorno ao lirismo, com um final mais sereno, que sugere resignação ou esperança contida.

Importância

  • É considerada a obra que lançou Hartmann internacionalmente após a guerra.

  • Marca sua consolidação como sinfonista: ele acabaria escrevendo 8 sinfonias no total.

  • A Sinfonia nº 2 já apresenta aquela dualidade típica dele: um lamento pelo sofrimento humano e, ao mesmo tempo, um gesto de resistência espiritual.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dvorak-Piano concerto em si menor op.33



  • Em 1841 a 8 de Setembro  nasceu perto de Praga Antonin Dvorak que viria a morrer no dia 1 de Maio de 1904
Aqui se apresenta o seu Piano Concerto em si menor op.33 
 O Concerto para Piano e Orquestra em Sol menor, Op. 33, é o único concerto para piano do compositor tcheco Antonín Dvořák. 

Escrito em 1876, foi o primeiro de três concertos que Dvořák completou, seguido pelo Concerto para Violino, Op. 53 de 1879 e o Concerto para Violoncelo, Op. 104, escrito em 1894-1895. O concerto para piano é provavelmente o menos conhecido e menos executado dos concertos de Dvořák.

  • Foi composto em 1876, durante um período em que Dvořák buscava afirmar-se como compositor nacional checo, mas já dialogava fortemente com a tradição germânica (especialmente Brahms e Schumann).

  • Apesar de hoje não ser tão tocado quanto os concertos de Brahms, Liszt, Tchaikovsky ou Rachmaninov, é a sua principal contribuição para o gênero do concerto para piano e orquestra.

Estilo e caráter

  • Ao contrário de muitos concertos românticos, não é uma peça virtuosística no sentido “brilhante”.
    O piano não está em luta dramática com a orquestra, mas sim integrado nela, quase como um instrumento de câmara dentro da massa orquestral.

  • Isso gerou certa recepção mista: alguns pianistas acharam a escrita "pouco pianística", como se Dvořák tivesse orquestrado demais e sacrificado a fluidez pianística.

  • Mas a obra tem um grande valor musical, sobretudo pela riqueza melódica e pelo lirismo típico de Dvořák.

Estrutura

  • I. Allegro agitato (Si menor → Si maior)
    Bastante sinfónico, com o piano dialogando mais do que dominando. Apresenta temas líricos e rítmicos, alguns com sabor folclórico.

  • II. Andante sostenuto (Sol maior)
    O movimento mais apreciado: lírico, íntimo, com um belíssimo canto do piano e atmosfera de serenidade.

  • III. Finale: Allegro con fuoco (Si menor → Si maior)
    Ritmicamente vivo, cheio de energia dançante, com ecos das danças eslavas que Dvořák tanto amava. Fecha a obra com brilho, mesmo que não de forma pirotécnica.

Revisões

  • A versão original (1876) foi bastante criticada pela escrita pianística difícil e pouco “natural”.

  • O pianista Vilem Kurz, já no século XX, fez uma revisão muito tocada hoje, adaptando passagens para torná-las mais idiomáticas ao piano sem alterar o caráter da obra.

Recepção

  • Nunca entrou no "grande repertório" dos concertos românticos, mas ganhou espaço nas últimas décadas, especialmente em gravações de pianistas checos (Rudolf Firkušný foi um grande defensor da obra).

  • Hoje é visto como uma peça de grande beleza, mais poética e sinfônica que virtuosística, revelando o estilo único de Dvořák.

domingo, 5 de setembro de 2010

Liszt-Sinfonia Fausto s.108



A Faust-Symphonie em três caracteres (Eine Faust-Symphonie in drei Charakterbildern), S.108, é uma das obras sinfônicas mais ambiciosas de Franz Liszt. Foi estreada em 1857 em Weimar,a 5 de Setembro, sob direção de Liszt, para celebrar os 50 anos de Goethe.

Ela não é uma sinfonia no sentido clássico (como Beethoven ou Brahms), mas sim uma obra programática inspirada diretamente em Fausto de Goethe. Liszt não se limita a narrar a história, mas procura “traduzir em música” a essência psicológica das personagens.

Estrutura

  1. Faust – um vasto movimento em forma sonata livre, com temas que refletem a inquietude, a dúvida e a ânsia de conhecimento do protagonista. É instável, cheio de modulações, contrastes entre energia e lirismo.

  2. Gretchen – movimento lírico, mais simples e terno. Aqui o tema de Fausto é transformado em algo mais sereno, como se fosse “espelhado” pela pureza de Margarida.

  3. Mephistopheles – não tem tema próprio; é uma paródia distorcida dos temas de Fausto, como se o diabo fosse apenas uma caricatura negativa da alma humana. Esse movimento culmina no Chorus mysticus (se incluído, já que Liszt concebeu versões diferentes), onde surge o coro masculino sobre os versos finais do Fausto II de Goethe (“Das Ewig-Weibliche zieht uns hinan” / “O eterno feminino nos atrai para o alto”).

Significado

  • É considerada uma das mais radicais criações sinfónicas de Liszt, tanto pelo uso de transformação temática (cada motivo evolui, mudando de caráter, quase como uma proto-técnica de leitmotiv), quanto pela ousadia harmônica.

  • Antecipou muitas técnicas do final do século XIX e influenciou compositores como Wagner, Richard Strauss e até Mahler.

  • O caráter filosófico da obra reflete o fascínio de Liszt pelo mito fáustico: a eterna busca humana por transcendência, o risco da perdição, mas também a possibilidade de redenção pelo amor.

Aqui a interpretação é da Boston Symphony Orchestra dirigida por Leonard Bernstein

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

3 de Setembro


  • Em 1695 nasce em Bergamo na Italia Pietro Locatelli que viria a morrer em Amesterdão em 30 de Março de 1764
Aqui a interpretação do seu Concerto nº8 é de Bohdan Warchal - Violino
Quido Hölbling - Violino e a
Slovak Chamber Orchestra

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Chopin-Valsa em lá bemol maior op.4





EM 1969 a 30 de Agosto , nasceu en Atenas o pianista Dimitris Sgouros

Aqui interpreta de Chopin a Valsa em lá bemol maior op.42

A Valsa em Lá♭ maior, Op. 4 de Chopin tem uma particularidade interessante: trata-se de uma obra de juventude, composta por volta de 1827, quando Chopin tinha apenas uns 17 anos, e publicada postumamente (Chopin, em vida, só autorizou a publicação de 8 valsas).

Alguns pontos relevantes:

  • Caráter: não tem ainda a sofisticação harmónica e o lirismo pleno das valsas maduras (como a Op. 34 ou a célebre "Grande Valsa Brilhante", Op. 18), mas já se percebe a fluidez melódica e o encanto leve e dançante característicos de Chopin.

  • Forma: segue o molde clássico da valsa vienense, com seções contrastantes e repetição temática. É mais simples e mais "salonista", lembrando peças de dança feitas para ambientes íntimos e sociais.

  • Estilo: ainda mostra influência de compositores como Weber e Hummel, mestres que Chopin admirava na adolescência.

  • Valor histórico: embora não seja das valsas mais tocadas em concerto, é uma peça curiosa para perceber a evolução do estilo de Chopin — um olhar para o embrião do seu refinamento poético.


domingo, 29 de agosto de 2010

Josef Strauss-Primeira e última valsa op.1



  • Em 1853 a 29 de Agosto, Josef Strauss estreia no Unger's Casino em Hernals na Austria a sua Primeira e Última valsa op.1, tocado pela Johann Strauss Orchestra, conduzida pelo compositor.

Josef Strauss (1827–1870), irmão de Johann Strauss II, começou sua carreira musical de forma quase “forçada”: ele era engenheiro e não pretendia seguir a vida de compositor, mas a pressão familiar acabou levando-o à música.

  • A “Primeira e última valsa” (Erste und Letzte Walzer), Op. 1, foi composta em 1853 e tem um caráter bastante curioso: o título nasce da ideia de que seria sua primeira e também a única valsa que escreveria, pois ele não queria tornar-se compositor de profissão. O destino, claro, mostrou o contrário — Josef se tornaria um dos grandes mestres da valsa vienense, ao lado do irmão Johann e do pai, Strauss I.

    Essa peça tem uma atmosfera delicada, íntima e até melancólica, diferente do brilho mais festivo das valsas de Johann. Já ali se nota a marca pessoal de Josef: uma sensibilidade mais lírica, refinada e, muitas vezes, um traço de melancolia, que o distinguiria no seio da família Strauss.

    Com o tempo, Josef deixou para trás essa ideia de que seria sua “última” valsa, compondo depois muitas outras obras que até hoje são reconhecidas pelo lirismo, como a célebre Sphärenklänge (Música das Esferas), Op. 235.

    👉 Ou seja: a Primeira e última valsa, op. 1 é quase um manifesto de hesitação — uma despedida que se transformou em início.


sábado, 28 de agosto de 2010

Liszt-Poema sinfónico nº02 Tasso


Em 1849 a 28 de Agosto, Liszt estreia em Weimar no Festival do Centenario de Goethe o seu poema sinfónico nº2 Tasso

O Poema Sinfónico nº 2 de Franz Liszt, Tasso, Lamento e Trionfo, é uma das obras mais representativas do projeto lisztiano de transformar a música orquestral em narrativa poética.

  • Data e contexto: A primeira versão foi escrita em 1849, em Weimar, como música incidental para a peça Torquato Tasso de Goethe, mas Liszt reviu profundamente a partitura em 1851 e depois em 1856, resultando no que conhecemos como o segundo de seus treze poemas sinfónicos.

  • Inspiração: O protagonista é Torquato Tasso (1544–1595), poeta italiano marcado pela genialidade e pelo sofrimento, cuja vida oscilou entre o brilho da corte e a alienação mental. Liszt viu nele um símbolo romântico do artista incompreendido.

  • Estrutura:

    • A obra tem dois grandes eixos contrastantes:

      1. Lamento – em tom menor, sombrio, melancólico, com uma melodia de caráter quase vocal, expressando a dor de Tasso.

      2. Trionfo – em tom maior, grandioso, transformando o tema inicial numa marcha triunfal, que representa a consagração póstuma do poeta.

    • O processo musical é essencialmente transformacional: Liszt pega um motivo inicial e o metamorfoseia, como se mostrasse o destino de Tasso através da própria música.

  • Estilo: O caráter é marcadamente romântico, com contrastes fortes de dinâmica, orquestração rica (Liszt usa madeiras e metais para colorir os momentos de dor e triunfo) e um lirismo que por vezes lembra a escrita pianística transposta para a orquestra.

  • Receção: Apesar de não ser o mais popular dos poemas sinfónicos de Liszt (como Les Préludes), Tasso é admirado pela profundidade expressiva e pela forma como condensa a figura romântica do “gênio sofredor” que encontra redenção na memória da posteridade.


Aqui a interpretação é da Philharmonia Orchestra dirigida porConstantin Silvestre

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Carlos Seixas-Concerto para cravo em lá maior


  • Em 1742 a 25 de Agosto  morreu em Lisboa Carlos Seixas um compositor e organista português que nascera em Coimbra em 11 de Junho de 1704

Aqui se apresenta o seu concerto para cravo em lá maior interpretado por 

Päivi Vesalainen, harpsichord
Mirva Laine, violin
Hanne Lund, violin
Kaisa Ruotsalainen, viola
Elina Mattila, violoncello

O Concerto para Cravo em Lá maior de Carlos Seixas  é uma das obras mais conhecidas do compositor português, que foi organista da Sé de Lisboa e deixou uma produção riquíssima, sobretudo para tecla.

  • 🎹 Forma e estilo: segue o modelo barroco do concerto, com três andamentos (rápido–lento–rápido), influenciado pelo concerto italiano (sobretudo Vivaldi e Scarlatti, que esteve em Lisboa e terá influenciado Seixas).

  • O cravo como protagonista: o instrumento não fica apenas a acompanhar, mas assume papel de destaque melódico, com passagens virtuosísticas, escalas e arpejos que mostram a habilidade de Seixas em escrever para tecla.

  • 🎼 O 1º andamento (Allegro): tem energia rítmica e um caráter luminoso, típico do barroco tardio. É construído sobre diálogos entre o cravo e a orquestra.

  • 🌙 O 2º andamento (Largo): mais expressivo, lírico, de caráter cantabile, explora a riqueza harmônica e o lado íntimo do instrumento.

  • 🔥 O 3º andamento (Allegro): volta ao brilho, com vitalidade dançante, bastante próximo de um concerto grosso vivaldiano, mas com colorido harmônico que denuncia a originalidade de Seixas.

  • Importância histórica: é um testemunho do que se fazia em Portugal no barroco tardio e mostra como Seixas estava em sintonia com a Europa musical do seu tempo. O concerto em Lá maior é uma das poucas obras concertantes suas que sobreviveram, pois grande parte da produção perdeu-se no terramoto de 1755.





terça-feira, 24 de agosto de 2010

24 de Agosto


  • Em 1907 Sir Edward Elgar estreia em Londres a sua Marcha Pompa e Circunstância nº4
Aqui a interpretação é da sob a direcção de Chulayuth Lochotinan

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

20 de Agosto


Em 1893 Smetana estreia em Chicago a sua Opera A noiva vendida uma opera cómica em 3 acyos com libretto de Karel Sabina e fora tocada pela primeira vez no Teatro Provisório em Praga em 30 de Maio de 1866

Aqui a interpretação da Orquestra Sinfónica de Ribeirão Preto dirigida por Claudio Cruz 


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Benjamin Britten-Piano Concerto Op. 13


Em 1938  a 18 de Agosto, Britten escreveu a partitura do seu piano concerto e como grande pianista tocou também como solista na estreia desse trabalho. num concerto Promenade Henry Wood no Salão do Queens, em Londres, no mesmo ano .

Em 1945, Britten reescreveu-o, fazendo pequenas revisões em três dos quatro movimentos, substituindo o terceiro movimento completamente.

Estrutura dos Movimentos (versão revisada, 1945):

  1. Toccata: Allegro molto e con brio

    • Abertura brilhante e percussiva, quase mecânica, com energia virtuosa e rítmica.

  2. Impromptu: Andante lento

    • Movimento lírico, meditativo e sombrio, em contraste com a explosão inicial.

  3. March: Allegretto

    • Uma marcha irônica e satírica, com humor britteniano característico.

  4. Recitative and Aria: Andante – Allegro

    • O piano inicia em estilo recitativo (quase operístico), levando a uma “Ária” mais ampla, onde o solista brilha de forma quase teatral até o final triunfal..

Características principais

  • É uma obra de juventude, mas já revela a originalidade de Britten.

  • Tem caráter virtuosístico — Britten era pianista excelente, e escreveu a parte solista com brilho e desafio técnico.

  • Mistura humor e drama, explorando tanto a percussividade do piano quanto seu potencial lírico.



Britten dedicou o resultado ao seu amigo e colega compositor Lennox Berkeley

Aqui temos Benjamin Grosvenor no  piano acompanhado pela National Youth Orchestra of Great Britain com Vladimir Jurowski,  na condução


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Richard Strauss-Horn Concerto nº 2 em mi bemol maior


Em 1943 a 11 de Agosto, Richard Strauss estreia no Festival de Salzburgo a o seu Horn Concerto nº 2 em mi bemol maior, tocado pela Vienna Philharmonic conduzida por Karl Böhm, com Gottfried von Freiburg como solista

O Concerto para Trompa nº 2 em Mi bemol maior, de Richard Strauss, é uma das obras tardias do compositor, escrita em 1942, quando ele já tinha 78 anos. É curioso porque, apesar de ter sido criado no auge da Segunda Guerra Mundial, a música soa luminosa, serena e quase clássica na sua forma — como se Strauss estivesse a dialogar com Mozart e o período vienense, e não com o mundo caótico à sua volta.

Alguns pontos marcantes:

  • Estilo – É mais contido e transparente do que as obras orquestrais grandiosas da juventude de Strauss (como Don Juan ou Uma Vida de Herói). Aqui ele adota uma escrita mais clara, com texturas leves, mas sempre com sua assinatura melódica.

  • Estrutura – Segue o formato tradicional em três movimentos:

    1. Allegro – brilhante, ágil, com passagens virtuosísticas para trompa, lembrando o espírito mozartiano.

    2. Andante con moto – lírico e contemplativo, com momentos de grande calor expressivo.

    3. Rondo (Allegro molto) – alegre e saltitante, com certo humor e vitalidade surpreendentes para um compositor tão idoso.

  • Técnica da trompa – É uma verdadeira prova de resistência e agilidade para o trompista. A escrita pede precisão nas notas agudas e clareza nas rápidas articulações, algo que combina com a afinidade de Strauss com o instrumento (o pai dele, Franz Strauss, era um renomado trompista).

  • Caráter emocional – Não é uma obra dramática; soa mais como um gesto de paz interior, quase uma despedida elegante e otimista.

Se quisermos resumir, o Horn Concerto nº 2 é uma espécie de homenagem de Strauss à tradição clássica, escrita com a sabedoria e simplicidade que só um compositor veterano poderia alcançar.


Aqui a interpretação é de Dennis Brain como solista sob direcção da Philharmonia Orchestra conduzida por Wolfgang Sawallisch

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mozart-Sinfonia nº41 em dó maior Júpiter" K551

  • Em 1788 a 10 de Agosto,  Mozart termina a sua Sinfonia nº41 em dó maior K5551, conhecida como Jupiter, quando ele tinha 32 anos.
  • Nessa época, Mozart enfrentava dificuldades financeiras e de saúde, mas a música não revela decadência — pelo contrário, tem energia, vitalidade e um espírito quase triunfal.

  • A Sinfonia 41 é o último de uma série de três que Mozart compôs em rápida sucessão durante o verão de 1788.

    Não se sabe se a Sinfonia 41 foi estreada em vida do compositor. De acordo com Otto Erich Deutsch , nessa época de Mozart estava preparando-se para realizar uma série de "Concertos no Casino", num novo casino em Spiegelgasse propriedade de Philipp Otto

    Mozart ainda enviou um par de ingressos para a série ao seu amigo Michael Puchberg . Mas parece impossível determinar se a série de concertos foi realizado ou foi cancelado por falta de interesse.

    Foi a sua última sinfonia

    São quatro movimentos, seguindo o modelo clássico, mas com refinamentos que mostram Mozart no auge:

    1. Allegro vivace (C maior) — Abertura luminosa e afirmativa, com contrastes dinâmicos e motivos que se respondem como diálogo.

    2. Andante cantabile (F maior) — Uma melodia serena e expressiva, mas com momentos de tensão e contraponto que dão profundidade emocional.

    3. Menuetto: Allegretto (C maior) — Um minueto robusto e quase cerimonial, com trio mais delicado.

    4. Molto allegro (C maior) — O grande trunfo: um movimento final que combina cinco temas num verdadeiro tour de force contrapontístico, culminando numa fuga e coroamento em estilo barroco, mas com o brilho clássico.



    Aqui a interpretação é da Sinfónica de Galicia dirigida por  Lorin Maazel 

    9 de Agosto


    • Em 1925 nasceu em Amsterdam o compositor Robert Heppener
      Aqui se apresenta a sua peça chamada Eglogues

    Cecil Chaminade-Concertino para Flauta e Piano


    • Em 1857 nasceu em Paris o compositor francês Cecil Chaminade, que viria a morrer em Monte Carlo a 13 de Abril de 1944

    Contexto histórico

    • Composto em 1902.

    • Encomendado pelo Conservatório de Paris como peça de exame (concours) para os flautistas do último ano.

    • Dedicado a Paul Taffanel, lendário flautista e professor do conservatório, que teve enorme influência no desenvolvimento da escola francesa de flauta.

    🔍 Características musicais

    • A obra tem estrutura livre, não segue a forma-sonata clássica, mas sim uma espécie de forma rapsódica, com seções contrastantes.

    • Duração: cerca de 8 minutos.

    • Começa de forma lírica e cantabile, exibindo o timbre doce da flauta.

    • Desenvolve-se com virtuosismo crescente, incluindo arpejos, passagens rápidas e momentos de grande brilho técnico.

    • Termina com um clímax energizante, onde a flauta brilha com agilidade e leveza.

    🎧 Estilo

    • Fortemente romântico, com harmonias doces, melodias amplas e momentos de expressão sentimental.

    • Carrega o charme da belle époque, com leveza, graça e uma certa elegância francesa inconfundível.

    • Muito acessível ao ouvido — não é experimental, mas sim envolvente, encantador.

    🎹 Versões orquestradas

    Embora tenha sido escrito originalmente para flauta e piano, há também uma versão orquestrada feita pouco depois da composição. Essa versão é comumente tocada em concertos.


    7 de Agosto


    • Em 1977 Howard Hanson estreia a sua Sinfonia nº7 a Sea Symphony Dedicado a Joseph. E. Maddy, fundador da Interlochen e um amigo próximo de Hanson, esta foi a última grande obra sinfónica escrito por Hanson., como textos de Walt Whitman descrevendo uma viagem de exploração do oceano como uma metáfora da vida em trânsito para a morte.



    • 1ºMov,-Lo, The Unbounded Sea (Largamente
    • 2ªParte-The Untold Want (Adagio)

    • 3ªmov.-Joy, shipmate, joy! (Allegro molto - Molto meno mosso)