quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dvorak-Piano concerto em si menor op.33



  • Em 1841 a 8 de Setembro  nasceu perto de Praga Antonin Dvorak que viria a morrer no dia 1 de Maio de 1904
Aqui se apresenta o seu Piano Concerto em si menor op.33 
 O Concerto para Piano e Orquestra em Sol menor, Op. 33, é o único concerto para piano do compositor tcheco Antonín Dvořák. 

Escrito em 1876, foi o primeiro de três concertos que Dvořák completou, seguido pelo Concerto para Violino, Op. 53 de 1879 e o Concerto para Violoncelo, Op. 104, escrito em 1894-1895. O concerto para piano é provavelmente o menos conhecido e menos executado dos concertos de Dvořák.

  • Foi composto em 1876, durante um período em que Dvořák buscava afirmar-se como compositor nacional checo, mas já dialogava fortemente com a tradição germânica (especialmente Brahms e Schumann).

  • Apesar de hoje não ser tão tocado quanto os concertos de Brahms, Liszt, Tchaikovsky ou Rachmaninov, é a sua principal contribuição para o gênero do concerto para piano e orquestra.

Estilo e caráter

  • Ao contrário de muitos concertos românticos, não é uma peça virtuosística no sentido “brilhante”.
    O piano não está em luta dramática com a orquestra, mas sim integrado nela, quase como um instrumento de câmara dentro da massa orquestral.

  • Isso gerou certa recepção mista: alguns pianistas acharam a escrita "pouco pianística", como se Dvořák tivesse orquestrado demais e sacrificado a fluidez pianística.

  • Mas a obra tem um grande valor musical, sobretudo pela riqueza melódica e pelo lirismo típico de Dvořák.

Estrutura

  • I. Allegro agitato (Si menor → Si maior)
    Bastante sinfónico, com o piano dialogando mais do que dominando. Apresenta temas líricos e rítmicos, alguns com sabor folclórico.

  • II. Andante sostenuto (Sol maior)
    O movimento mais apreciado: lírico, íntimo, com um belíssimo canto do piano e atmosfera de serenidade.

  • III. Finale: Allegro con fuoco (Si menor → Si maior)
    Ritmicamente vivo, cheio de energia dançante, com ecos das danças eslavas que Dvořák tanto amava. Fecha a obra com brilho, mesmo que não de forma pirotécnica.

Revisões

  • A versão original (1876) foi bastante criticada pela escrita pianística difícil e pouco “natural”.

  • O pianista Vilem Kurz, já no século XX, fez uma revisão muito tocada hoje, adaptando passagens para torná-las mais idiomáticas ao piano sem alterar o caráter da obra.

Recepção

  • Nunca entrou no "grande repertório" dos concertos românticos, mas ganhou espaço nas últimas décadas, especialmente em gravações de pianistas checos (Rudolf Firkušný foi um grande defensor da obra).

  • Hoje é visto como uma peça de grande beleza, mais poética e sinfônica que virtuosística, revelando o estilo único de Dvořák.

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