- Em 1841 a 8 de Setembro nasceu perto de Praga Antonin Dvorak que viria a morrer no dia 1 de Maio de 1904
Aqui se apresenta o seu Piano Concerto em si menor op.33
O Concerto para Piano e Orquestra em Sol menor, Op. 33, é o único concerto para piano do compositor tcheco Antonín Dvořák.
Escrito em 1876, foi o primeiro de três concertos que Dvořák completou, seguido pelo Concerto para Violino, Op. 53 de 1879 e o Concerto para Violoncelo, Op. 104, escrito em 1894-1895. O concerto para piano é provavelmente o menos conhecido e menos executado dos concertos de Dvořák.
Foi composto em 1876, durante um período em que Dvořák buscava afirmar-se como compositor nacional checo, mas já dialogava fortemente com a tradição germânica (especialmente Brahms e Schumann).
-
Apesar de hoje não ser tão tocado quanto os concertos de Brahms, Liszt, Tchaikovsky ou Rachmaninov, é a sua principal contribuição para o gênero do concerto para piano e orquestra.
Estilo e caráter
-
Ao contrário de muitos concertos românticos, não é uma peça virtuosística no sentido “brilhante”.
O piano não está em luta dramática com a orquestra, mas sim integrado nela, quase como um instrumento de câmara dentro da massa orquestral. -
Isso gerou certa recepção mista: alguns pianistas acharam a escrita "pouco pianística", como se Dvořák tivesse orquestrado demais e sacrificado a fluidez pianística.
-
Mas a obra tem um grande valor musical, sobretudo pela riqueza melódica e pelo lirismo típico de Dvořák.
Estrutura
-
I. Allegro agitato (Si menor → Si maior)
Bastante sinfónico, com o piano dialogando mais do que dominando. Apresenta temas líricos e rítmicos, alguns com sabor folclórico. -
II. Andante sostenuto (Sol maior)
O movimento mais apreciado: lírico, íntimo, com um belíssimo canto do piano e atmosfera de serenidade. -
III. Finale: Allegro con fuoco (Si menor → Si maior)
Ritmicamente vivo, cheio de energia dançante, com ecos das danças eslavas que Dvořák tanto amava. Fecha a obra com brilho, mesmo que não de forma pirotécnica.
Revisões
-
A versão original (1876) foi bastante criticada pela escrita pianística difícil e pouco “natural”.
-
O pianista Vilem Kurz, já no século XX, fez uma revisão muito tocada hoje, adaptando passagens para torná-las mais idiomáticas ao piano sem alterar o caráter da obra.
Recepção
-
Nunca entrou no "grande repertório" dos concertos românticos, mas ganhou espaço nas últimas décadas, especialmente em gravações de pianistas checos (Rudolf Firkušný foi um grande defensor da obra).
-
Hoje é visto como uma peça de grande beleza, mais poética e sinfônica que virtuosística, revelando o estilo único de Dvořák.
Sem comentários:
Enviar um comentário