- Em 1886, a 31 de julho, morre Franz List em Bayreuth com 74 anos nascera em Doborjan em 22 de Outubro de 1811 .
Aqui apresento o seu Piano Concerto No. 3 em mi bemol maior S125 a foi possivelmente composto em 1839. Diz-se que esta peça foi composta antes de os dois primeiros concertos, mas a data não é conclusiva, pois há informações que não foi concluída até 1847.
O Concerto para Piano nº 3 em Mi bemol maior, S.125a de Franz Liszt é uma obra incompleta e menos conhecida, muitas vezes ofuscada pelos seus dois concertos mais famosos: o nº1 em Mi bemol maior, S.124, e o nº2 em Lá maior, S.125. O Concerto nº3 é uma peça envolta em mistério,
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Composição: Acredita-se que Liszt tenha esboçado esse concerto na década de 1830 ou 1840.
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Esquecido por décadas: Após sua morte, os manuscritos foram esquecidos e dispersos.
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Redescoberta: O concerto só foi reconstruído no século XX. Em 1989, o musicólogo Jay Rosenblatt reuniu os fragmentos que estavam em diferentes bibliotecas (incluindo a Biblioteca Nacional da França e a Biblioteca de Weimar).
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Estreia póstuma: A primeira apresentação pública foi em 1990, com o pianista Janina Fialkowska e a Orquestra Filarmônica de Chicago, regida por Kenneth Jean.
Estrutura
O concerto segue, em linhas gerais, o formato tradicional tripartido (3 movimentos), mas com forte unidade temática, algo típico do estilo maduro de Liszt. A duração média é de 18 a 20 minutos.
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Allegro maestoso
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Abertura grandiosa, como no Concerto nº1, com fortes acordes e um tema nobre.
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Diálogo entre piano e orquestra bastante direto, com transições líricas e passagens virtuosas.
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Adagio
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Movimento lírico e introspectivo, com certo lirismo romântico que antecipa Rachmaninoff.
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O piano canta mais do que brilha, com harmonia refinada.
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Finale – Allegro vivace
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Um final enérgico, com retomadas dos temas anteriores e muito virtuosismo pianístico.
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Final triunfante e breve, sem excessos.
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Curiosidades
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Muitos estudiosos não sabiam da existência desse concerto até o final do século XX.
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É chamado às vezes de "Concerto Esquecido" ou “Concerto Perdido”.
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Sua autenticidade já foi questionada, mas hoje é geralmente aceito como uma obra legítima de Liszt, embora inacabada e reconstruída.
Liszt não fez menção a este concerto terceiro em seus escritos, de modo a existência da obra era desconhecido para os investigadores.Este concerto foi estreado por Janina Fialkowska em 1990 com a Orquestra Sinfónica de Chicago .A interpretação é da pianista Stephen Mayer, conduzido por Paul Freeman e acompanhado pela State Symphony Orchestra of Russia -
O Concerto para Violino e Orquestra, Op. 17, de Joseph Jongen, é uma obra raríssima e pouco executada, composta em 1899, quando o compositor belga tinha apenas 23 anos. Jongen é mais conhecido por sua música de câmara e para órgão, como a famosa Symphonie Concertante, mas este concerto de juventude revela já uma maturidade impressionante.
Aqui estão alguns aspectos relevantes sobre a obra:
Características Musicais
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Estilo: Romântico tardio, com ecos de Brahms, Franck e Lalo. Ainda que seja belga, Jongen tinha forte influência francesa (ele estudou com Paul Gilson e depois viveu em Paris).
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Estrutura: Três movimentos (como é habitual nos concertos do período):
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Allegro moderato
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Andante
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Finale (Allegro)
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Linguagem harmônica: Rica, mas acessível, com passagens líricas e momentos de grande brilho virtuosístico.
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Tratamento do violino: Melódico e expressivo, mas exigente tecnicamente — mostra bem a habilidade do compositor em equilibrar solista e orquestra.
Contexto Histórico
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Foi composto antes de Jongen ganhar o prestigioso Prix de Rome (1902), e por isso pode ser visto como um passo importante na consolidação do seu estilo.
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Ficou bastante tempo esquecido — há poucas gravações disponíveis e pouquíssimas execuções públicas.
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A obra foi redescoberta por intérpretes interessados em repertório belga e francófono do fim do século XIX.