- Em 1779 Mozart acaba em Salzburgo a sua Serenata para Orquestra No. 9 em ré maior k 320
A Serenata para Orquestra nº 9 em Ré maior, K. 320, de Wolfgang Amadeus Mozart, é uma das suas obras mais notáveis do gênero serenata, e é frequentemente chamada de "Posthorn" (ou “Corno dos Correios”), devido ao uso marcante desse instrumento no último movimento.
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Contexto histórico e função
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Composta em 1779, em Salzburgo, quando Mozart tinha cerca de 23 anos.
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Escrita provavelmente para as celebrações de final de ano letivo na Universidade de Salzburgo.
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Como outras serenatas, a K. 320 era destinada à execução ao ar livre e em ambiente festivo — mas distingue-se pela sua sofisticação estrutural e orquestração.
Estrutura da obra
A serenata tem sete movimentos, o que a torna uma obra longa e elaborada para o gênero. Aqui está um resumo:
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Adagio – Allegro con spirito
– Abertura com grandeza e vivacidade. Já mostra o equilíbrio entre solenidade e festa. -
Menuetto
– Dançante e aristocrático, como é típico nas serenatas. -
Concertante: Andante grazioso
– Movimento lírico com destaque para solos de violino, flauta e oboé. -
Rondeau: Allegro ma non troppo
– Um movimento gracioso e bem-humorado, com forma de rondó. -
Andantino
– Mais calmo e introspectivo, contrastando com o resto da obra. -
Menuetto
– Segundo minuet, reforçando o caráter festivo. -
Finale: Presto (com interlúdio para o Posthorn)
– O famoso trecho com interlúdio para o Posthorn, instrumento associado às fanfarras dos carteiros. Essa sonoridade incomum confere originalidade e caráter pastoral.
O posthorn (corno dos correios) não é um instrumento comum na orquestra clássica, e aqui Mozart o usa de forma quase cénica, evocando sons da vida cotidiana (como o toque que anunciava a chegada de uma diligência). É um toque de humor e realismo em meio à sofisticação clássica.
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