A Serenata em Ré Maior, K. 250, conhecida como "Haffner", é uma das obras mais brilhantes e festivas de Wolfgang Amadeus Mozart. Composta em 1776, ela foi encomendada pela família Haffner, de Salzburgo, para a celebração do casamento de Marie Elisabeth Haffner com Franz Xaver Späth.
Estrutura e características gerais
A Serenata é extensa — tem oito movimentos, o que é incomum — e foi escrita para uma ocasião ao ar livre, com espírito de celebração, mas também com momentos de ternura e profundidade. A orquestração inclui cordas, oboés, fagotes, trompas e trompetes, além de tímpanos — o que dá à obra um colorido sonoro vibrante.
Os movimentos são:
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Allegro maestoso – Allegro molto
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Andante
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Menuetto
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Rondeau: Allegro – para violino solo
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Menuetto galante
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Andante – para violino solo
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Menuetto
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Adagio – Allegro assai
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Os movimentos 4 e 6 funcionam quase como pequenos concertos para violino solo — talvez escritos para ser interpretados por Mozart ou outro músico virtuoso da ocasião.
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Os três minuetos oferecem variedade: o primeiro é cerimonial, o segundo mais leve e elegante ("galante") e o terceiro retorna ao estilo mais tradicional.
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O finale (Adagio – Allegro assai) começa com um toque cerimonioso e termina com grande energia e brilho.
Estilo e intenção
A obra tem o frescor típico do Mozart jovem (tinha 20 anos), mas já mostra sua habilidade em equilibrar forma, lirismo e virtuosismo. É música de celebração — feita para uma noite especial, talvez ao ar livre, com o som ecoando nos jardins de Salzburgo.
Curiosidade
Apesar do nome “Haffner” também se aplicar à Sinfonia n.º 35, K. 385, esta é uma obra diferente, composta anos depois para o mesmo patrono, Sigmund Haffner Jr. — o irmão da noiva desta serenata.
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