sexta-feira, 30 de abril de 2021

Berlioz-Te Deum

O Te Deum de Berlioz foi originalmente concebido como o clímax de uma grande sinfonia comemorando Napoleão Bonaparte. 

O trabalho final foi dedicado a Albert, Principe Consorte, marido da rainha Victoria.

 Parte do material usado por Berlioz na obra foi originalmente escrito para Messe Solennelle de 1824, que foi destruído pelo compositor, mas redescoberto em 1991. 

O Te Deum de Hector Berlioz é uma obra monumental, impressionante tanto pela sua grandiosidade quanto pela sua intensidade emocional e espiritual. 

Esta peça é uma das maiores do repertório coral-orquestral do século XIX — um verdadeiro colosso romântico.

Aqui estão alguns pontos importantes sobre a obra:

1. Escala monumental

  • Berlioz escreveu o Te Deum para três coros, orquestra ampliada e órgão, além de um tenor solo.

  • Pode envolver mais de 400 músicos quando executada conforme sua visão original.

  • O efeito sonoro é grandioso, quase arquitetônico, e lembra o estilo de seu Requiem (Grande Messe des Morts), com o qual compartilha afinidade.

2. Estrutura

  • A obra é dividida em seis seções, cada uma correspondendo a partes do hino litúrgico Te Deum laudamus.

  • O movimento final, Judex crederis, é particularmente célebre por sua força quase apocalíptica.

  • O quarto movimento, Tibi omnes, é frequentemente apontado como um dos mais belos, com sua serena e majestosa construção harmônica.

  • Embora inspirado por motivos religiosos, o Te Deum de Berlioz foi também pensado como celebração de grandes eventos públicos e triunfos nacionais (Berlioz o dedicou ao príncipe Napoleão).

  • Ele une espiritualidade e espetáculo, o que o torna uma peça única no repertório sacro.

  • Orquestração riquíssima e inovadora.

  • Uso dramático do silêncio e dos contrastes dinâmicos.

  • Harmonia ousada e expressiva, servindo a uma visão quase cinematográfica da fé e do louvor.


 A primeira apresentação da obra foi em 30 de abril de 1855, no Igreja de Saint-Eustache, Paris

quinta-feira, 29 de abril de 2021

29 de Abril

Nikolai Myaskovsky escreveu sua Sinfonia No. 9 em Mi menor , op. 28, entre 1926 e 1927. Foi dedicado a Nikolai Malko . 

 A sinfonia está em quatro movimentos : 
 Andante sostenuto (mi menor)
Presto ( L ♯ menor ) 
Lento molto ( F ♯ menor ) 
Allegro con grazia ( mi maior ) 

 A nona e a décima sinfonias foram estreadas em 29 de abril de 1928, a nona estreou sob a direção de Konstantin Saradzhev . (A décima foi estreada pela orquestra sem maestro Persimfans .)

 A sinfonia foi um sucesso, esteja ou não entre as obras mais significativas do compositor. Myaskovsky o chamou desde o início de "Intermezzo sinfônico" e até a décima sinfonia começou a atribuir mais significado quase ao mesmo tempo. O compositor ficou, no entanto, muito contente com este trabalho, na sua opinião foi o seu primeiro trabalho "para orquestras facilmente executáveis ​​e praticáveis ​​

. Nikolai Malko, que havia estreado sua 5ª sinfonia , foi a quem o maestro  dedicou esta sinfonia

quarta-feira, 28 de abril de 2021

28 de Abril

Kullervo , op. 7, é uma suíte de movimentos sinfônicos do compositor finlandês Jean Sibelius . 

Muitas vezes é referido como uma sinfonia coral. O terceiro e o quinto movimentos fazem uso de um coro masculino. A terceira, autorizada pelo compositor para execução como obra independente, também convoca dois solistas, um barítono e um mezzo-soprano. 

Baseado no personagem de Kullervo no poema épico Kalevala de Elias Lönnrot e usando textos desse poema, a obra estreou com aclamação da crítica em 28 de abril de 1892 com Emmy Achté e o compositor Abraham Ojanperä como solistas e  compositor que regeu o coro e orquestra do Helsinki Orchestra Society , que foi fundada naquele ano.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

26 de Abril

Em 1915 Paul Hindemith estreia no Hoch's Conservatory in Frankfurt. o seu String Quartet No. 1 in C, Op. 2,

quinta-feira, 22 de abril de 2021

terça-feira, 20 de abril de 2021

Miaskovsky-Violino Concerto em ré menor op.44

Em 1881 nasceu em Novogeorgievsk o compositor russo Nikolai MIASKOVSKY que viria a ser professor de Rimsky-Korsakov. morreu em de 8 de Agosto de 1950.

 o Concerto para Violino em Ré menor, Op. 44, de Nikolai Miaskovsky (1881–1950) — uma obra menos conhecida, mas absolutamente encantadora do repertório do século XX.

  • Composto: 1944

  • Estilo: Romântico tardio / início do moderno soviético

  • Duração: Cerca de 28–30 minutos

  • Movimentos:

    1. Andante – Allegro energico

    2. Andante con moto

    3. Allegro giocoso

Miaskovsky compôs este concerto durante a Segunda Guerra Mundial, numa altura de grande tensão, mas a obra revela uma leveza melódica e uma nostalgia lírica surpreendentes. Foi escrita para o famoso violinista soviético David Oistrakh, que a estreou em 1945.

Apesar de Miaskovsky ser conhecido mais pelas suas sinfonias (escreveu 27!), o Concerto para Violino destaca-se pelo seu lirismo caloroso, até pastoral por momentos, e por não seguir uma linha de virtuosismo brilhante como outros concertos do género — é mais introspectivo e expressivo.

  • 1.º movimento: Começa de forma lenta e contemplativa, mas logo ganha impulso com um allegro enérgico. A escrita para violino é cantabile, quase vocal, com frases longas e emotivas.

  • 2.º movimento: Um andante comovente, profundo, quase como uma canção russa cheia de saudade. É o coração emocional da obra.

  • 3.º movimento: Surge como um final alegre, dançante, com ritmos vivos, referências ao folclore e um espírito otimista — bastante contrastante com o segundo.

 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Alban Berg-Violin concerto

O Concerto para Violino de Alban Berg foi escrito em 1935 (a partitura é datada de 11 de agosto de 1935). 
Berg compô-lo  por encomenda de Louis Krasner , e se tornou o último trabalho que ele concluiu. 
Krasner interpretou a parte solo em estreia no Palau de la Música Catalana , Barcelona , a 19 de abril de 1936, após a morte do compositor.

O título é "Concerto para Violino: À memória de um anjo",
É dedicado à memória de Manon Gropius, filha de Alma Mahler (viúva de Gustav Mahler) e do arquiteto Walter Gropius. Manon morreu aos 18 anos de poliomielite, e Berg ficou profundamente tocado pela sua morte.

Berg pertence à Segunda Escola de Viena, e o concerto combina:

  • atonalidade e dodecafonismo (como era típico da escola de Schoenberg),

  • com elementos tonais, especialmente no final.

Apesar de usar a técnica dodecafónica (com série de 12 sons), ele consegue preservar uma grande expressividade lírica — quase romântica.

A peça tem dois andamentos, mas cada um com subdivisões internas:

  1. Primeira parte: vida de Manon — um retrato do mundo juvenil, com danças folclóricas e uma escrita luminosa.

  2. Segunda parte: morte e transfiguração — começa com tons sombrios, culmina numa citação do coral de Bach “Es ist genug” (É suficiente), um momento de profunda espiritualidade.

O concerto é uma meditação sobre a vida e a morte, não só de Manon, mas talvez também de Berg — ele morreria pouco depois, em 1935, sem ouvir a estreia da obra.

19 de Abril

O Quarteto de Cordas foi o primeiro sucesso público de Franck durante sua vida. Franck, conhecido como um compositor de florescimento tardio, atraiu pouca atenção do público. 

Até mesmo a Sinfonia Ré menor e o Prélude, Aria et Final , cuja reputação está bem estabelecida hoje, foram desastrosamente estreados. 

 No entanto, ele nunca cedeu ao gosto do público francês da época e nunca deixou de perseguir seu ideal de música, gradualmente atraindo o interesse do público e também de profissionais por meio de obras-primas como sua sonata para violino. Finalmente, em 19 de abril de 1890, no concerto da Société Nationale de Musique na Salle Pleyel, a estreia desta obra foi recebida com aplausos estrondosos.

domingo, 18 de abril de 2021

Rachmaninov-The isle ot the dead

No ano de 1909 a 18 de Abril,  Rachmaninoff estreia The Isle of the Dead 


he Isle of the Dead, Op. 29 é uma obra orquestral poderosa, sombria e profundamente evocativa — composta em 1908, depois de o compositor ter visto uma reprodução da pintura homônima de Arnold Böcklin.

Logo de início, o compasso 5/8 dá uma sensação de balanço irregular, como se fosse o movimento de um barco a remar silenciosamente em direção à ilha — uma travessia fúnebre, inevitável. A peça inteira tem esse ar de mistério pesado, quase hipnótico. E o modo como Rachmaninoff insere o Dies Irae (o tema medieval da morte) em meio ao tecido orquestral... é simplesmente genial.

Dá para sentir o peso existencial da música — uma meditação sobre a morte, sim, mas também sobre o destino, o tempo e o silêncio do fim. Há momentos em que a música cresce numa angústia quase insuportável, mas nunca se entrega ao desespero — é como se resignasse, com um tipo de beleza trágica. 

Estrutura geral da obra:

A peça dura cerca de 20 minutos e pode ser dividida em três grandes seções (alguns estudiosos propõem cinco, dependendo do nível de detalhe), com um crescendo dramático no meio e um retorno à quietude no fim.

I. Introdução – a travessia (Adagio, 5/8)

  • A música começa quase como se viesse de muito longe, com um ostinato em 5/8 que imita o som dos remos na água.

  • A ambiência é enevoada, espectral, lenta.

  • Essa seção estabelece o clima da travessia, o som do rio Estige, talvez — como se a alma fosse conduzida à ilha dos mortos.

II. Desenvolvimento – conflito e clímax (Allegro molto, 4/4)

  • A tensão cresce aos poucos.

  • O tema do Dies Irae aparece e começa a dominar — primeiro de forma sutil, depois mais clara.

  • É como se estivéssemos testemunhando uma batalha interna da alma, uma resistência à morte, um confronto entre forças de vida e morte.

  • O clímax é poderoso, denso e sombrio — com todos os metais em peso e as cordas agitadas.

III. Conclusão – resignação e silêncio (Adagio, 5/8)

  • A música retorna ao ritmo inicial dos remos.

  • Mas agora o ambiente é mais calmo, resignado.

  • O Dies Irae retorna mais suavemente, quase como uma lembrança.

  • Aos poucos, a música se desfaz em silêncio — como se a barca tivesse chegado à ilha, e tudo terminasse numa aceitação do destino.

   

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Handel-Messias

Em 1759 a 14 de Abrik morre em Londres Handel compositor barroco alemão 

 Aqui pode ouvir-se o Messias

O Messias" de George Frideric Handel é uma das obras mais célebres da música clássica ocidental — um oratório monumental que mistura música e fé de forma sublime.

O que é o Messias?

É um oratório sacro composto por Handel em 1741, com libreto (texto) de Charles Jennens, retirado de trechos da Bíblia King James. A obra foi composta em apenas 24 dias — um feito notável, dado seu tamanho e complexidade. Foi estreada em 1742, em Dublin, como um concerto beneficente.


Estrutura da Obra

O oratório é dividido em três partes, como se fosse uma narrativa musical da vida de Cristo:

  1. Parte I – Profecias do Antigo Testamento e o nascimento de Jesus.

    • Contém o famoso “For unto us a child is born”.

  2. Parte II – Paixão, morte, ressurreição e ascensão.

    • Inclui o icônico “Hallelujah”, o coro mais famoso da obra.

  3. Parte III – Vitória sobre a morte, juízo final e redenção eterna.

    • Destaque para o belíssimo “I know that my Redeemer liveth”.


Por que é tão importante?

  • É universal: embora seja cristã, toca temas como esperança, sofrimento e redenção — que falam à alma humana.

  • A música é dramaticamente expressiva: Handel usa recursos como recitativos, árias e coros para intensificar a emoção.

  • O coro “Hallelujah” é tão poderoso que, reza a lenda, o Rei George II ficou de pé ao ouvi-lo pela primeira vez — e por tradição, o público ainda hoje se levanta nessa parte.


Curiosidades

  • Handel era alemão, naturalizado britânico.

  • Ele escreveu Messias num momento de crise pessoal e artística, e a obra marcou uma virada em sua vida.

  • Embora seja hoje ligada ao Natal, Messias foi inicialmente pensado para o período da Páscoa.

 

domingo, 11 de abril de 2021

11 de Abril

A Paixão segundo Mateus BWV 244 (em latim: Passio Domini nostri Jesu Christi secundum Evangelistam Matthaeum; em alemão: Matthäus-Passion), mais conhecida em países católicos como Paixão segundo São Mateus, é um oratório de Johann Sebastian Bach, que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com libreto de Picander (Christian Friedrich Henrici). Com uma duração de mais de duas horas e meia (em algumas interpretações, mais de três horas) é a obra mais extensa do compositor. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma das obras mais importantes de Bach e uma das obras-primas da música ocidental. Esta e a Paixão segundo São João são as únicas Paixões autênticas do compositor conservadas em sua totalidade. A Paixão segundo Mateus consta de duas grandes partes constituídas de 68 números, em que se alternam coros, corais, recitativos, ariosos e árias. A obra foi apresentada pela primeira vez na Sexta-feira da Paixão de 1727 ou na Sexta-feira da Paixão de 1729 na Thomaskirche (Igreja de São Tomás) em Leipzig, onde Bach era o Kantor.

11 de Abril

Em 1814 Beethoven estreou em Viena o sei Piano trio nº7 em sibemol maior op.97 "Arquiduque". A primeira apresentação pública foi feita pelo próprio Beethoven, Schuppanzigh Ignaz (violinista) e Josef Linke (violoncelista), no hotel vienense "Römischen Zum Kaiser" É comumente referido como o Trio Arquiduque, porque foi dedicado ao pianista amador e estudante de composição de Beethoven, o arquiduque Rodolfo da Áustria

sexta-feira, 9 de abril de 2021

9 de Abril

1948 Samuel Barber estreia em Boston a sua Knoxville: Summer of 1915 com a soprano Elenor Steber e Serge Koussevitzky conduzindo a Boston Symphony Orchestra. Aqui a voz é de Russell Thoma

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Bruckner-Sinfonia nº 5 em si maior.II-Adagio

Bruckner-Sinfonia nº 5 em si bemol maio

No ano de 1894 a 8 de Abril, estreia em Graz a Sinfonia Nº. 5  em si bemol maior de Anton Bruckner . É uma verdadeira catedral sonora, talvez uma das obras mais complexas e arquitetonicamente grandiosas do repertório bruckneriano.


O que torna essa sinfonia especial?

  • Monumentalidade: É uma das mais longas e densas sinfonias de Bruckner. Ele mesmo nunca a ouviu orquestrada em vida. O apelido de "sinfonia da fé" vem da sua construção quase litúrgica.

  • Contraponto magistral: Bruckner mergulha fundo no uso do contraponto aqui — especialmente no último movimento, onde realiza uma fuga impressionante, em um clímax que parece erguer uma catedral sonora tijolo por tijolo.

  • Equilíbrio entre razão e emoção: A sinfonia é cerebral e apaixonada ao mesmo tempo. Tem a solenidade de um hino e a densidade de um tratado filosófico.


🧱 Estrutura (em 4 movimentos):

  1. Introduktion (Adagio) – Allegro
    Um início misterioso e solene, com tensão crescente e temas que se anunciam como vozes ao longe. Depois, o Allegro toma forma numa espécie de marcha austera e grandiosa.

  2. Adagio: Sehr langsam
    Uma meditação lírica e espiritual, como uma oração em forma musical. Um dos mais belos movimentos lentos de Bruckner.

  3. Scherzo: Molto vivace – Trio
    Dançante, quase rude, como um ländler alpino distorcido por um sonho litúrgico. O trio é mais calmo e pastoral.

  4. Finale: Adagio – Allegro moderato
    Aqui Bruckner mostra todo seu domínio do contraponto. Temas do primeiro movimento reaparecem. Tudo culmina num coro de metais glorioso, como se o céu se abrisse.

 

terça-feira, 6 de abril de 2021

6 de Abril

O Concerto para Piano em dó sustenido menor , op. 45, é uma composição para piano solo e orquestra em quatro movimentos da compositora americana Amy Beach . 

A obra foi composta entre setembro de 1898 e setembro de 1899. Foi apresentada pela primeira vez em Boston em 7 de abril de 1900, com o compositor como solista e a Orquestra Sinfônica de Boston atuando sob o comando do maestro Wilhelm Gericke . 

 A composição é dedicada à musicista Teresa Carreño e foi o primeiro concerto para piano de uma compositora americana 

 O primeiro movimento "Allegro moderato" é composto em forma de sonata e é o mais longo dos quatro movimentos

 O segundo tema desse movimento é baseado na canção de Beach "Jeune fille et jeune fleur", Op. 1,

 No. 3. O "Scherzo" é baseado na canção "Empress of Night" de Beach, op. 2, nº 3, originalmente definido para um poema de seu marido Henry Beach e dedicado a sua mãe Clara Cheney, nascida Marcy. 

 Da mesma forma, o terceiro movimento sombrio "Largo" é baseado na canção "Twilight" de Beach, Op. 2, nº 1, e é dedicado ao marido, cuja poesia mais uma vez serviu de texto original.

 O quarto movimento, "Allegro con scioltezza", lembra o tema do terceiro movimento, dando início a um final exuberante

6 de Abril

Em 1892 Antonin Dvorak estreia em Praga a sua Sinfonia Nº4 em ré menor op.13 

 O final de 1873 e o início de 1874 viram uma virada no desenvolvimento da expressão musical de Dvorak. Depois de um período de grande influência dos neo-românticos alemães, o estilo de composição distinto de Dvorak consolidou-se , caracterizado por um afastamento de suas melodias "intermináveis" em favor de um tratamento temático mais acentuado    A instrumentação do compositor também não era mais a partitura wagneriana densa, adotando uma expressão mais simples, porém mais vibrante e um som mais claro.

 O primeiro representante deste período é a sinfonia nº 4 em ré menor. Tendo em vista que é atribuída à obra a mesma tonalidade da sétima sinfonia, a Quarta às vezes recebe o subtítulo “Pequeno”, para a distinguir  da heroica “Grande” sétima sinfonia.

domingo, 4 de abril de 2021

Saint-Saenz-Violino Concerto nº1 em lá maior op20

No ano de 1867, a 4 de Abril, Saint-Saens estreia em Paris na Sala Pleyel o seu Violino concerto nº1 em lá maior op.20, sendo Sarasate como solista.

 o Concerto para Violino nº 1 em Lá Maior, Op. 20, de Camille Saint-Saëns — uma joia muitas vezes ofuscada pelo mais conhecido Concerto nº 3, mas que guarda um charme próprio e exuberante!


🌟 Contexto histórico e geral

  • Composto em 1859, quando Saint-Saëns tinha apenas 24 anos.

  • Dedicado ao violinista Jean-Pierre Maurin.

  • Apesar de sua juventude ao compor, já mostra domínio técnico e um brilho orquestral bem característico do romantismo francês.

🎻 Características musicais

  • Diferente dos concertos românticos "de peso", esse tem um ar mais leve, lírico e elegante, lembrando até o estilo de Mendelssohn em certos momentos.

  • A obra tem três movimentos, mas os dois primeiros são unidos de forma contínua:

    1. Allegro agitato – começa direto, sem introdução orquestral. O violino já entra com força e emoção.

    2. Andante – uma transição quase sonhadora, doce e melancólica. Um momento de introspecção.

    3. Allegro molto – vibrante, saltitante, dançante. Fecha o concerto com um espírito quase festivo.

✨ O que encanta nessa peça?

  • A forma como o violino dialoga com a orquestra, não só como um "virtuose", mas como personagem expressivo.

  • Momentos de beleza melódica lírica, contrastando com passagens técnicas rápidas.

  • A leveza e frescor que tornam esse concerto uma obra encantadora, embora nem sempre lembrada entre os grandes concertos do repertório.

Smetana-Vitava em mi menor

Em 1875 Smetana estreou a sua composição Vltava em mi menor, também conhecido pelo seu nome alemão Die Moldau , foi composta entre 20 de Novembro e 8 de dezembro de 1874 . A peça contém a mais famosa melodia de Smetana. Fuggi, fuggi, fuggi da questo cielo . É uma adaptação duma canção italiana renascentista que também é a base para o hino nacional de Israel. Bedřich, devido à tensão nervosa e à sífilis, começou a ficar surdo em Março de 1874, aos 50 anos, aquando da estreia da sua ópera «As Duas Viúvas». Alguns meses depois, a 20 de Outubro de 1874,[1] ficou afectado por surdez total. Ainda viveu 10 anos na mais completa surdez, compondo ainda muita música, tal como o poema sinfónico «Minha Pátria» («Má Vlast»), com a parte musical mundialmente conhecida «O Moldava» («Vltava»), em sol maior, de 1874, evocando o rio Moldava ou Vltava – afluente do rio Elba –, bem como as óperas «O Beijo» (1876), «O Segredo» (1878) e «A Parede do Diabo» (1882). Smetana é considerado como o pai da escola musical checa. Antonín Dvořák será o seu seguidor.

sábado, 3 de abril de 2021

l,Mozart-Piano Concerto nº24 em dó menor K491

No ano de 1786 estreia-se no Burgtheater em Viena o Piano Concerto No. 24 em dó menor K. 491, de Mozart com o compositor como solista.

O Concerto para Piano nº 24 em dó menor, K. 491, de Mozart, é uma das suas obras mais dramáticas e inovadoras. Composto em 1786, durante o auge da sua produção operística, este concerto se destaca pelo seu tom sombrio e intensidade emocional, algo incomum para os concertos de piano da época.

Algumas características marcantes:

  • Uma das poucas obras em tom menor de Mozart, o que já sugere um caráter mais intenso e introspectivo.

  • Orquestração rica, incluindo clarinetes e fagotes, criando uma sonoridade mais profunda e densa.

  • Primeiro movimento (Allegro) começa com um tema sombrio e impetuoso, quase trágico, contrastando com a entrada mais delicada do piano.

  • Segundo movimento (Larghetto) oferece um respiro com uma melodia lírica e sublime, mas com uma beleza melancólica.

  • Terceiro movimento (Allegretto) é um tema e variações, onde a orquestra e o piano dialogam de forma quase teatral, reforçando a dramaticidade.

Este concerto foi uma das inspirações de Beethoven, que o admirava profundamente e pode ter influenciado o seu próprio Concerto para Piano nº 3

sexta-feira, 2 de abril de 2021

2 de Abril

No ano de 1800, Beethoven estreia no Hofburgtheater em Viena a Sinfonia No. 1 dó maior op.21,num concerto com o maestro na condução da orquestra. 

 A sinfonia é composta por 4 andamentos. 

O primeiro andamento (Adagio molto—Allegro con brio) começa por uma espécie de introdução muito calma e uma dissonância que se pensa ter sido uma experimentação de Beethoven dado que o voltou a utilizar logo no ano seguinte. 

Alias esta dissonância que hoje não nos parece nada de transcendente foi suficientemente inovadora para valer a Beethoven uma polémica pessoal com os críticos da época nomeadamente Preindl, Stadler e Weber. 

 O segundo andamento (Andante cantabile con moto) é um dos andamentos onde se nota em simultâneo a escola de contraponto do seu mestre Albrechtsberger mas em simultâneo uma elegância e uma beleza acima de qualquer escola. 

Em termos de inovação é também neste andamento que Beethoven nos reserva uma utilização da precursão inovadora e que anuncia a verdadeira revolução que acabou por ocorrer mais tarde. 

 O terceiro andamento (Menuetto: Allegro molto e vivace) é dos quatro o que mais trouxe em termos de inovação. Na verdade embora guarde a forma do minueto Beethoven faz explodir completamente a forma tradicional desta antiga dança de salão para a transformar em algo completamente novo. Nas palavras de J. W Davison´s Beethoven terá aqui dado "Um Salto para um mundo novo". 

 Finalmente o quarto andamento (Adagio—Allegro molto e vivace) foi caracterizado por Berlioz na sua análise das nove sinfonias de Beethoven como "Uma brincadeira infantil e nada beethoviana". 

 Créditos : Comentário extraído dum dos melhores blogs de música escritos em português, chamado Diz que não gosta de música clássica ?.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

1 de Abril

Em 1 de abril de 1747 no London Royal Opera House o ratório Judas Maccabaeus ( HWV 63) é um oratório em três atos composto em 1746 por George Frideric Handel com base em um libreto escrito por Thomas Morell . 

 O oratório foi concebido como um elogio ao vitorioso Príncipe William Augusto, Duque de Cumberland, após seu retorno da Batalha de Culloden (16 de abril de 1746).