Antonin Leopold Dvorak nasceu em Nelahozeves (Rep. Tcheca), a 8 de setembro de 1841. Filho de um humilde comerciante, aos oito anos de idade Dvorak teve despertada sua vocação musical. Mas só pôde realizar os primeiros estudos em 1853, já residindo na cidade de Zlonice. Quatro anos depois instalou-se em Praga, onde iniciou uma vida de sacrifícios, aliviados quando foi premiado pela composição de um hino patriótico (1873).
Depois de uma fase influenciada por Wagner e Liszt, tornou-se adepto do movimento nacionalista tcheco iniciada por Smetana. O impulso decisivo para a sua carreira ocorreu em 1877 quando, sob recomendação de Brahms, os Duetos morávios foram editados na Alemanha. Desde então, os programas de concerto no estrangeiro passaram a colocar em destaque o nome de Dvorak.
Na Inglaterra, houve uma acolhida sobremodo entusiástica (iniciada com a apresentação das Danças eslavas), a ponto de quase se tornar a segunda pátria do compositor. Várias vezes Dvorak esteve em Londres e outras cidades britânicas, regendo as próprias obras, entre estas a Sinfonia em ré maior e o oratório Santa Ludmilla. Em 1891, a universidade de Cambridge lhe conferiu o título de doutor honoris causa.
Por essa época, já era numerosa a produção de Dvorak. Tinha abordado todos os gêneros, revelando-se especialista em música de câmara. O Trio para piano Op. 90 - Dumky (1891), foi logo incorporado ao repertório de todos os conjuntos camerísticos. A posição estética do compositor também já estava definida, como a de seu conterrâneo Smetana, igualmente abeberado nas fontes folclóricas.
Popularidade, fama, honrarias, tornaram-se comuns na vida de Dvorak. Em Praga, recebeu também o título de doutor honoris causa da universidade. Foi nomeado professor e mais tarde diretor do conservatório. Chegou a ser nomeado membro da câmara dos pares do império austríaco.
Sua fama atravessou o Atlântico. Dvorak foi dirigir o conservatório de Nova Iorque. Nos Estados Unidos, foi atraído pela melodia dos índios e dos negros. Três anos na América resultaram para Dvorak na fase mais conhecida de sua atividade criadora. A ela pertencem obras como a célebre Sinfonia n.º 9 em mi menor - Do Novo Mundo (1893); o Quarteto em fá maior Op. 96, arbitrariamente apelidado de Americano (1893); o Concerto para violoncelo em si menor Op. 104 - obra-prima no género; e uma colectânea de peças para piano intitulada Humoresques, das quais a sétima chegou a ser a música quase mais tocada em todo o mundo.
Quando retornou a Praga, a fidelidade às origens continuou inalterada. Dvorak dedicou-se à composições de peças sinfónicas e óperas. E nestas últimas, principalmente, os elementos musicais e dramáticos são de pura inspiração folclórica tcheca. A glória em vida acompanhou-o até a morte. Dvorak morreu em Praga, a 1.º de maio de 1904 e foi sepultado como herói nacional.
Dvorak apareceu como um improvisador, bem menos atento às regras de estruturação formal. Embora Smetana, sempre obediente às normas tradicionais, fosse seguidor de Liszt e Wagner - ao passo que Dvorak é discípulo de Brahms, Schumann e, sobretudo, de Schubert - Dvorak é bem mais, rapsódico. Daí, por certo, a popularidade que alcançou no mundo inteiro.
Da fase americana de Dvorak também resultou um equívoco, hoje esclarecido: dizia respeito ao aproveitamento do folclore dos Estados unidos, em detrimento das fontes eslavas; mas pesquisas musicológicas, levadas a efeito em Harvard, concluíram por confirmar o original caráter eslavo da Sinfonia n.º 9 e do Quarteto Americano.
Óperas - Vanda (1875), Rusalka (1900), Armida (1902-1903)
Concertos - Concerto para violino em lá menor (1880), Concerto para violoncelo em si menor Op. 104 (1895)
Trios - Trio para piano em si bemol maior Op. 21 (1875), Trio para cordas em fá menor Op. 65 (1883), Trio para piano em mi menor Op. 90 - Dumky (1891)
Quartetos - Quarteto para cordas em lá menor Op. 16 (1874), Quarteto para piano em mi bemol maior Op. 87 (1889), Quarteto para cordas em fá maior Op. 96 - Americano (1893)
Quintetos - Quinteto para piano em lá menor Op. 81 (1887), Quinteto para cordas em si bemol maior Op. 97 (1893)
Sinfonias - Sinfonia n.º 8 em sol maior Op. 88, Sinfonia n.º 9 em mi menor Op. 95 - Do Novo Mundo (1893)
Compôs ainda um oratório (Santa Ludmilla), um Stabat Mater (1877), um Requiem (1890), um Te Deum (1892), peças para piano, para violino, canções, etc.
Depois de uma fase influenciada por Wagner e Liszt, tornou-se adepto do movimento nacionalista tcheco iniciada por Smetana. O impulso decisivo para a sua carreira ocorreu em 1877 quando, sob recomendação de Brahms, os Duetos morávios foram editados na Alemanha. Desde então, os programas de concerto no estrangeiro passaram a colocar em destaque o nome de Dvorak.
Na Inglaterra, houve uma acolhida sobremodo entusiástica (iniciada com a apresentação das Danças eslavas), a ponto de quase se tornar a segunda pátria do compositor. Várias vezes Dvorak esteve em Londres e outras cidades britânicas, regendo as próprias obras, entre estas a Sinfonia em ré maior e o oratório Santa Ludmilla. Em 1891, a universidade de Cambridge lhe conferiu o título de doutor honoris causa.
Por essa época, já era numerosa a produção de Dvorak. Tinha abordado todos os gêneros, revelando-se especialista em música de câmara. O Trio para piano Op. 90 - Dumky (1891), foi logo incorporado ao repertório de todos os conjuntos camerísticos. A posição estética do compositor também já estava definida, como a de seu conterrâneo Smetana, igualmente abeberado nas fontes folclóricas.
Popularidade, fama, honrarias, tornaram-se comuns na vida de Dvorak. Em Praga, recebeu também o título de doutor honoris causa da universidade. Foi nomeado professor e mais tarde diretor do conservatório. Chegou a ser nomeado membro da câmara dos pares do império austríaco.
Sua fama atravessou o Atlântico. Dvorak foi dirigir o conservatório de Nova Iorque. Nos Estados Unidos, foi atraído pela melodia dos índios e dos negros. Três anos na América resultaram para Dvorak na fase mais conhecida de sua atividade criadora. A ela pertencem obras como a célebre Sinfonia n.º 9 em mi menor - Do Novo Mundo (1893); o Quarteto em fá maior Op. 96, arbitrariamente apelidado de Americano (1893); o Concerto para violoncelo em si menor Op. 104 - obra-prima no género; e uma colectânea de peças para piano intitulada Humoresques, das quais a sétima chegou a ser a música quase mais tocada em todo o mundo.
Quando retornou a Praga, a fidelidade às origens continuou inalterada. Dvorak dedicou-se à composições de peças sinfónicas e óperas. E nestas últimas, principalmente, os elementos musicais e dramáticos são de pura inspiração folclórica tcheca. A glória em vida acompanhou-o até a morte. Dvorak morreu em Praga, a 1.º de maio de 1904 e foi sepultado como herói nacional.
Dvorak apareceu como um improvisador, bem menos atento às regras de estruturação formal. Embora Smetana, sempre obediente às normas tradicionais, fosse seguidor de Liszt e Wagner - ao passo que Dvorak é discípulo de Brahms, Schumann e, sobretudo, de Schubert - Dvorak é bem mais, rapsódico. Daí, por certo, a popularidade que alcançou no mundo inteiro.
Da fase americana de Dvorak também resultou um equívoco, hoje esclarecido: dizia respeito ao aproveitamento do folclore dos Estados unidos, em detrimento das fontes eslavas; mas pesquisas musicológicas, levadas a efeito em Harvard, concluíram por confirmar o original caráter eslavo da Sinfonia n.º 9 e do Quarteto Americano.
Óperas - Vanda (1875), Rusalka (1900), Armida (1902-1903)
Concertos - Concerto para violino em lá menor (1880), Concerto para violoncelo em si menor Op. 104 (1895)
Trios - Trio para piano em si bemol maior Op. 21 (1875), Trio para cordas em fá menor Op. 65 (1883), Trio para piano em mi menor Op. 90 - Dumky (1891)
Quartetos - Quarteto para cordas em lá menor Op. 16 (1874), Quarteto para piano em mi bemol maior Op. 87 (1889), Quarteto para cordas em fá maior Op. 96 - Americano (1893)
Quintetos - Quinteto para piano em lá menor Op. 81 (1887), Quinteto para cordas em si bemol maior Op. 97 (1893)
Sinfonias - Sinfonia n.º 8 em sol maior Op. 88, Sinfonia n.º 9 em mi menor Op. 95 - Do Novo Mundo (1893)
Compôs ainda um oratório (Santa Ludmilla), um Stabat Mater (1877), um Requiem (1890), um Te Deum (1892), peças para piano, para violino, canções, etc.
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