A obra é mais conhecida pela sua sequência de tiros de canhão que é, em alguns concertos ao ar livre, executada com canhões reais. Embora a obra não tenha nenhuma conexão com os Estados Unidos da América, muitas vezes é executada juntamente com músicas patrióticas naquele país.
Alguns pontos interessantes sobre ela:
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Contexto histórico: Tchaikovsky foi encarregado de escrever a obra para a consagração da Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo, erguida em memória da resistência russa. Ele próprio dizia não ter grande apego ao tema patriótico, mas a encomenda pedia algo grandioso.
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Estrutura musical:
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Começa com um hino ortodoxo russo, representando a fé do povo.
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Depois surgem trechos militares, temas russos e até a Marselhesa, hino da França revolucionária e símbolo dos invasores.
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O clímax é uma explosão triunfal com o hino imperial russo “Deus salve o czar”, acompanhado por sinos e canhões.
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Instrumentação inusitada: Além da orquestra tradicional, Tchaikovsky pediu canhões reais e sinos de igreja. Em apresentações modernas, geralmente se usam efeitos sonoros, mas há execuções ao ar livre que incluem tiros de artilharia de verdade.
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Recepção: Embora o próprio Tchaikovsky não considerasse a obra entre suas melhores (dizia que era mais efeito do que emoção pessoal), ela se tornou um símbolo de espetáculo musical, muito usada em concertos ao ar livre e até em celebrações como o 4 de Julho nos EUA.
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Caráter: É uma peça mais de impacto do que de introspecção — cheia de energia, grandiloquência e brilho orquestral, quase um "fogos de artifício" em música.
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