segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Edward Elgar-Marcha Triunfal Caractacus op.35

A 5 de outubro de 1898 no Festival de Leeds estreou-se a Triumphal March Caractacus, Op. 35 de Edward Elgar

A Marcha Triunfal de Caractacus, Op. 35, de Edward Elgar, é o grandioso final da cantata dramática Caractacus (1898).

Essa obra foi escrita para o Festival de Música de Leeds, e marca um momento importante na carreira de Elgar: é uma das peças que o consolidaram como compositor nacional britânico, antes mesmo do sucesso colossal da Marcha Pompa e Circunstância nº 1 (1901).

🌿 Contexto dramático

A cantata Caractacus narra a resistência do chefe britano Caractacus (Carataco) contra a invasão romana, sua captura e subsequente apresentação ao imperador Cláudio em Roma. A Marcha Triunfal surge no final da obra, representando a entrada vitoriosa dos romanos na cidade — cheia de pompa, solenidade e esplendor imperial.

Características musicais

  • Escrita para orquestra completa, coro e solistas, a marcha combina:

    • Harmonia majestosa, com acordes amplos e brilhantes.

    • Temas nobres e expansivos, típicos do estilo britânico de Elgar.

    • Ritmo marcado e regular, evocando um cortejo triunfal romano.

    • Orquestração rica, com destaque para os metais (trompetes, trombones e trompas), tímpanos e cordas em uníssono.

Importância

  • É vista como precursora direta do estilo que Elgar desenvolveria nas suas marchas Pomp and Circumstance.

  • Foi muito bem recebida no Festival de Leeds, ajudando a firmar Elgar como um compositor de “voz inglesa” — algo que ele vinha buscando desde suas obras corais anteriores.

Curiosidade

Nos concertos modernos, a Marcha Triunfal é frequentemente executada isoladamente, como peça orquestral independente, graças ao seu caráter monumental e festivo — semelhante ao destino que tiveram outras marchas sinfônicas de Elgar. 

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