A 5 de outubro de 1898 no Festival de Leeds estreou-se a Triumphal March Caractacus, Op. 35 de Edward Elgar
A Marcha Triunfal de Caractacus, Op. 35, de Edward Elgar, é o grandioso final da cantata dramática Caractacus (1898).
Essa obra foi escrita para o Festival de Música de Leeds, e marca um momento importante na carreira de Elgar: é uma das peças que o consolidaram como compositor nacional britânico, antes mesmo do sucesso colossal da Marcha Pompa e Circunstância nº 1 (1901).
🌿 Contexto dramático
A cantata Caractacus narra a resistência do chefe britano Caractacus (Carataco) contra a invasão romana, sua captura e subsequente apresentação ao imperador Cláudio em Roma. A Marcha Triunfal surge no final da obra, representando a entrada vitoriosa dos romanos na cidade — cheia de pompa, solenidade e esplendor imperial.
Características musicais
-
Escrita para orquestra completa, coro e solistas, a marcha combina:
-
Harmonia majestosa, com acordes amplos e brilhantes.
-
Temas nobres e expansivos, típicos do estilo britânico de Elgar.
-
Ritmo marcado e regular, evocando um cortejo triunfal romano.
-
Orquestração rica, com destaque para os metais (trompetes, trombones e trompas), tímpanos e cordas em uníssono.
-
Importância
-
É vista como precursora direta do estilo que Elgar desenvolveria nas suas marchas Pomp and Circumstance.
-
Foi muito bem recebida no Festival de Leeds, ajudando a firmar Elgar como um compositor de “voz inglesa” — algo que ele vinha buscando desde suas obras corais anteriores.
Curiosidade
Nos concertos modernos, a Marcha Triunfal é frequentemente executada isoladamente, como peça orquestral independente, graças ao seu caráter monumental e festivo — semelhante ao destino que tiveram outras marchas sinfônicas de Elgar.
Sem comentários:
Enviar um comentário