segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Bruckner-Sinfonia nº 2 em dó menor

Em 1873  a 26 de outubro Bruckner estreou a sua Sinfonia nº 2 em dó menor em Viena com a orquestra por si conduzida

A Sinfonia Nº 2 em Dó menor foi escrita pelo compositor Anton Bruckner entre 11 de outubro de 1871 e 11 de setembro de 1872.



 

domingo, 25 de outubro de 2020

25 de Outubro

Em 1875 Tchaikovsky estreia em Boston o seu Concerto para piano Nº 1 em si bemol maior op.23.Interpretado por Hans Von Bulow sob a condução de Benjamin J. Lang. Aqui a interpretação é de Lang Lang

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Schubert-Sinfonia nº2 em si bemol maior D.125

Em 1877 Franz Schubert estreia em Berlim a sua Sinfonia nº2 em si bemol maior D.125 Aqui a interpretação é da Frankfurt Radio Symphony ∙ Andrés Orozco-Estrada, Dirigent ∙

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

19 de Outubro

19 de Outubro Em 1894 George Whitefield Chadwick estreia em Boston a sua Sinfonia nº 3.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Alan Hovhaness-Sinfonia n. 3 op 148

Em 1956 a 14 de Outubro, Alan Hovhaness estreia a Sinfonia n. 3 op 148, Symphony of the Air, com Leopold Stokowski conduzindo a orquestra

A Sinfonia n.º 3, Op. 148 de Alan Hovhaness é uma das obras sinfónicas mais representativas do estilo contemplativo e espiritual do compositor.  esta sinfonia tem uma duração aproximada de 15 a 20 minutos e estrutura-se em três movimentos, seguindo um modelo clássico, mas com linguagem muito própria:

1.º movimento – Andante

Este movimento estabelece imediatamente o clima meditativo característico de Hovhaness. A escrita contrapontística lembra o estilo coral renascentista, com linhas melódicas independentes que se entrelaçam de forma serena, quase como um canto espiritual coletivo. 

2.º movimento – Allegro

Aqui há um contraste rítmico mais evidente, mas sem abandonar a clareza modal. O movimento utiliza padrões imitativos e ostinati, lembrando danças antigas ou até influências arménias discretas. É frequente que Hovhaness combine texturas quase barrocas com timbres modernos, criando um efeito de solenidade viva, não agressiva.

3.º movimento – Andante espressivo

O último movimento retoma o tom contemplativo inicial, mas com maior profundidade emocional. As linhas melódicas parecem fluir como cantos litúrgicos ou hinos espirituais. A música culmina não num clímax dramático, mas numa espécie de “elevação tranquila”, típica da estética hovhanessiana: em vez de resolver tensões, a música dissolve-se numa quietude luminosa.

Características gerais notáveis

  • Uso intensivo de contraponto modal inspirado em Palestrina e na música medieval/renascentista.

  • Ausência de conflito dramático: Hovhaness evita dissonâncias fortes e desenvolvimentos sinfónicos no estilo beethoveniano.

  • Carácter místico e intemporal, muitas vezes associado a paisagens naturais ou experiências espirituais.

  • Orquestração clara e equilibrada, privilegiando cordas e madeiras, com uso muito controlado dos metais.

Contexto estilístico

A 3.ª Sinfonia surge num período em que Hovhaness começa a consolidar o seu estilo pessoal, afastando-se das vanguardas pós-guerra e da tradição sinfónica europeia dramática. Em vez disso, procura uma voz profundamente interior, universal e espiritual, o que fez com que fosse muitas vezes visto como um compositor “à margem” das correntes dominantes.

Em suma, a Sinfonia n.º 3 é uma obra lírica, contemplativa e quase “atemporal”. Não busca o virtuosismo orquestral nem a inovação técnica, mas cria um espaço sonoro de calma e transcendência — um exemplo claro de como Hovhaness conseguiu forjar uma linguagem única no século XX.

     

terça-feira, 13 de outubro de 2020

13 de Outubro..

Em 1968 Allan Pettersson estreia em Estocolmo a sua Sinfonia nº7 . Este compositor é hoje considerado um dos compositores mais importantes da Suécia do século 20.

Brahms-Piano trio Nº1 em dó maior op.8

o Piano Trio n.º 1 em Dó maior, Op. 8 de Johannes Brahms é uma das obras de câmara mais fascinantes do século XIX, não só pela sua riqueza musical, mas também pela sua história única: é uma das raras peças que o próprio Brahms revisou profundamente décadas depois de a ter escrito.

Aqui vai uma análise geral 

Contexto histórico

  • Composição original: 1853–1854, Em 1855 a 13 de Outubro estreou em Dantzig  a 1ªversão, quando Brahms tinha cerca de 20 anos.

  • Revisão: 1889, já no fim da carreira, quando era um compositor maduro.

  • Apesar de manter o mesmo número de opus, a versão revisada é quase uma nova obra — Brahms reescreveu vastas secções, condensou ideias e refinou a forma, mas manteve a exuberância lírica da juventude.

Instrumentação

  • Piano

  • Violino

  • Violoncelo

É uma formação clássica de trio, mas Brahms explora aqui uma densidade orquestral: o piano tem papel sinfónico e os instrumentos de cordas dialogam intensamente, não sendo meros acompanhantes.

Estrutura dos movimentos

  1. Allegro (Sonata-allegro)

    • Abertura expansiva e lírica, com um tema inicial belíssimo apresentado pelo violoncelo.

    • Alterna momentos de ternura com passagens de grande energia rítmica.

    • A revisão de 1889 trouxe maior coesão formal e clareza contrapontística.

  2. Scherzo – Allegro molto / Trio

    • Ritmicamente incisivo, quase tempestuoso, lembrando o estilo de Schumann.

    • O Trio central contrasta com uma melodia serena e lírica antes de o Scherzo voltar com vigor.

  3. Adagio

    • Movimento profundamente contemplativo e íntimo, com atmosfera quase religiosa.

    • Os diálogos entre violino e violoncelo são de grande beleza melódica, enquanto o piano sustenta uma textura harmónica densa e expressiva.

  4. Finale – Allegro

    • Inicia com um caráter misterioso e tenso, para depois ganhar energia.

    • Combina passagens líricas e dramáticas com um uso magistral do desenvolvimento temático.

    • Termina com brilho, reafirmando a tonalidade de dó maior.

Importância artística

  • A versão revisada equilibra juventude e maturidade: mantém a inspiração melódica do jovem Brahms, mas com a solidez formal e contrapontística do mestre tardio.

  • É considerada uma das mais perfeitas obras de música de câmara do repertório romântico.

  • Clara influência de Beethoven e Schumann, mas já com a voz plenamente brahmsiana — rica, profunda, e arquitetonicamente sólida.

 

domingo, 11 de outubro de 2020

11 de Novembro

EM 1923 Ernest Bloch estreia em Nova Iorque o seu Piano Quintet nº 1 com Harold Bauercomo pianista.

sábado, 10 de outubro de 2020

Beethoven-Violino sonata nº10 em sol op.96

A Sonata para Violino nº 10 de Ludwig van Beethoven em Sol maior , seu Opus 96, foi escrita em 1812 , publicada em 1816 e dedicada ao arquiduque Rudolph Johannes Joseph Rainier da Áustria , aluno de Beethoven , que fez sua primeira apresentação, junto com o violinista Pierre Rode .

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

9 de Outubro

Charles-Camille Saint-Saëns nasceu em Paris a 9 de outubro de 1835 e faleceu em Argel a 16 de dezembro de 1921 foi um compositor, organista, maestro e pianista francês da Era Romântica. 

Seus trabalhos mais conhecidos incluem Introdução e Rondo Caprichoso (1863), seu Segundo Concerto para Piano (1868), seu Primeiro Concerto para Violoncelo (1872), Dança Macabra (1874), a ópera Sansão e Dalila (1877), o Terceiro Concerto para Violino (1880), sua Terceira Sinfonia (1886) e O Carnaval dos Animais (1886).

Aqui o seu Cello concerto nº1 por Camille Thomas
eem bis  : Les Larmes de Jacqueline - Offenbach

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Chopin-Balada nº1 em sol menor op.23

Shura Cherkassky nasceu a  7 de outubro de 1909 - e faleceu em 27 de dezembro de 1995) foi um pianista clássico ucraniano-americano  conhecido por suas interpretações do repertório romântico . 

Sua execução foi caracterizada por uma técnica virtuosa 

Durante grande parte de sua vida, Cherkassky residiu em Londres. 


Aqui toca de Chopin a Balada nº1 em sol menor op.23

Balada No. 1, em Sol menor, Opus 23 é a primeira das quatro baladas compostas pelo compositor polaca Frédéric Chopin para piano solo. 

Foi composta entre 1835 e 1836. durante os primeiros dias do compositor em Paris, e foi dedicada ao Monsieur le Baron de Stockhausen (Senhor Barão de Stockhausen), embaixador de Hanover na França

A obra não segue uma forma clássica rígida (como sonata ou rondó), mas tem uma construção narrativa muito clara — como se contasse uma história musical:

  1. Introdução lenta (Lento) – Uma abertura em sol menor, de caráter grave e contemplativo, com acordes em estilo quase coral. Cria uma sensação de expectativa, como se um narrador abrisse um conto sombrio.

  2. Tema principal (Moderato) – Surge com uma melodia delicada e fluida, quase inocente, mas já com uma nostalgia profunda. Esse tema cresce e se desenvolve ao longo da peça com variações e intensificações.

  3. Tema secundário (Meno mosso) – Aparece mais lírico e cantabile, contrastando com o primeiro. É um momento de beleza mais tranquila, quase sonhadora.

  4. Desenvolvimento – Chopin alterna e transforma os dois temas, intensificando a tensão com passagens virtuosísticas, mudanças harmônicas ousadas e um crescendo emocional contínuo.

  5. Coda (Presto con fuoco) – É uma explosão de energia: uma corrida vertiginosa, dramática e heroica, onde o tema principal é reinterpretado com fúria. Termina de forma abrupta e intensa, com acordes fortíssimos em sol menor.Características musicais

  • Virtuosismo técnico: exige grande domínio pianístico — arpejos extensos, saltos, escalas rápidas e controle expressivo delicadíssimo.

  • Profundidade emocional: alterna entre introspecção, lirismo e tempestade.

  • Narrativa aberta: muitos pianistas e ouvintes sentem que a peça conta uma “história sem palavras”, com clímax e desfecho trágico ou grandioso.

Curiosidades

  • Foi a peça escolhida por Roman Polanski para uma das cenas mais intensas do filme The Pianist (2002).

  • Liszt ficou impressionado com esta balada e chegou a tocá-la em concertos, mesmo sendo escrita para o estilo único de Chopin.

  • É frequentemente considerada a mais popular e emocionalmente arrebatadora das quatro baladas.



segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Edward Elgar-Marcha Triunfal Caractacus op.35

A 5 de outubro de 1898 no Festival de Leeds estreou-se a Triumphal March Caractacus, Op. 35 de Edward Elgar

A Marcha Triunfal de Caractacus, Op. 35, de Edward Elgar, é o grandioso final da cantata dramática Caractacus (1898).

Essa obra foi escrita para o Festival de Música de Leeds, e marca um momento importante na carreira de Elgar: é uma das peças que o consolidaram como compositor nacional britânico, antes mesmo do sucesso colossal da Marcha Pompa e Circunstância nº 1 (1901).

🌿 Contexto dramático

A cantata Caractacus narra a resistência do chefe britano Caractacus (Carataco) contra a invasão romana, sua captura e subsequente apresentação ao imperador Cláudio em Roma. A Marcha Triunfal surge no final da obra, representando a entrada vitoriosa dos romanos na cidade — cheia de pompa, solenidade e esplendor imperial.

Características musicais

  • Escrita para orquestra completa, coro e solistas, a marcha combina:

    • Harmonia majestosa, com acordes amplos e brilhantes.

    • Temas nobres e expansivos, típicos do estilo britânico de Elgar.

    • Ritmo marcado e regular, evocando um cortejo triunfal romano.

    • Orquestração rica, com destaque para os metais (trompetes, trombones e trompas), tímpanos e cordas em uníssono.

Importância

  • É vista como precursora direta do estilo que Elgar desenvolveria nas suas marchas Pomp and Circumstance.

  • Foi muito bem recebida no Festival de Leeds, ajudando a firmar Elgar como um compositor de “voz inglesa” — algo que ele vinha buscando desde suas obras corais anteriores.

Curiosidade

Nos concertos modernos, a Marcha Triunfal é frequentemente executada isoladamente, como peça orquestral independente, graças ao seu caráter monumental e festivo — semelhante ao destino que tiveram outras marchas sinfônicas de Elgar.