segunda-feira, 13 de julho de 2020

5 de Abril

Cristo no Monte das Oliveiras (no original em alemão, Christus am Ölberge), opus 85, é um oratório composto por Ludwig van Beethoven para solistas vocais, coro e orquestra.

A composição iniciou em novembro de 1802 e terminou na primavera de 1803. Seu libreto, elaborado pelo poeta Franz Xaver Huber, narra as angústias de Jesus no Jardim das Oliveiras antes da sua prisão e crucificação. Foi estreado no Theater an der Wien em 5 de abril de 1803 e revisado para uma segunda apresentação em 27 de março de 1804

Desde o século XIX a obra tem sido associada ao chamado Testamento de Heilingenstadt, uma carta datada de 6 de outubro de 1802 e endereçada aos seus irmãos Kaspar e Nicolaus, onde o artista, aflito com a progressão da sua surdez, manifesta ter tido intenção de por um fim à própria vida, mas acaba por decidir enfrentar o desafio e superá-lo através da arte, cumprindo o seu destino.

O tema do oratório parece ter sido escolhido pela identificação de Beethoven com o Cristo sofredor.

 Segundo o relato de seu amigo e biógrafo Anton Felix Schindler, muitos anos depois Beethoven ainda se culparia por ter tratado o Cristo com excessiva teatralidade. 

O oratório nunca se tornou realmente popular e ainda suscita reações divergentes. Para alguns críticos seu nível estético não se compara ao das suas composições mais famosas. 



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