- Em 1908 a 19 de setembro, estreia-se em Praga a 7ª Sinfonia em mi menor de Mahler,com orquestra conduzida pelo próprio compositor. Aqui a interpretação é da Vienna Philharmonic conduzida por Leonard Bernstein
A Sétima Sinfonia de Mahler (1904–1905) é uma das obras mais enigmáticas e fascinantes do compositor — e também uma das menos imediatamente acessíveis. Eis alguns pontos essenciais sobre ela:
Estrutura e caráter
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A obra tem cinco movimentos, num arco simétrico:
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Langsam — Allegro risoluto, ma non troppo
— Introdução sombria com tenorhorn (instrumento incomum), seguida de um movimento vigoroso e complexo. -
Nachtmusik I (Allegro moderato)
— Uma marcha noturna de caráter misterioso e algo grotesco. -
Scherzo (Schattenhaft)
— Dança espectral, com timbres fantasmagóricos; soa como música de um baile de sombras. -
Nachtmusik II (Andante amoroso)
— Uma serenata intimista, com bandolim e guitarra, de atmosfera galante e quase mozartiana. -
Rondo-Finale (Allegro ordinario)
— Surpreendentemente jubiloso, quase bruscamente otimista, contrastando com os movimentos anteriores.
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Temas e atmosfera
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É muitas vezes chamada de “Sinfonia da Noite”, pois os três movimentos centrais evocam diferentes faces da noite (mistério, sonho, amor).
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O primeiro movimento começa em mi menor e o último termina de forma exuberante em dó maior — um percurso tonal que sugere uma travessia das trevas para a luz.
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Essa transição abrupta e até irônica no final deixou muitos ouvintes perplexos e dividiu a crítica por décadas.
Curiosidades
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Mahler compôs os dois “Nachtmusiken” durante o verão de 1904 e depois escreveu os movimentos extremos em 1905.
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A estreia foi em 1908 em Praga, regida pelo próprio Mahler.
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Durante muito tempo foi considerada uma das sinfonias menos populares dele, mas hoje é vista como visionária pelo seu uso de timbres e contrastes.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Mahler-Sinfonia nº07 em mi menor
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