a Sinfonia nº 39 em Mi bemol maior, K. 543, do Wolfgang Amadeus Mozart, é uma das grandes obras-primas do período clássico e faz parte da trilogia final que ele compôs no verão de 1788 (junto com a nº 40 e a nº 41 "Júpiter"). Eis alguns pontos que a tornam especial:
🎼 Data e contexto:
Mozart compôs a Sinfonia nº 39 em junho/julho de 1788, num momento difícil da sua vida pessoal e financeira — mas a música transborda luz, energia e sofisticação.
🎼 Orquestração inovadora:
Esta sinfonia é famosa por não ter oboés. Em vez disso, Mozart dá destaque às clarinetes, que trazem uma sonoridade mais suave e calorosa. Ele equilibra muito bem as madeiras, metais e cordas, criando um colorido único.
🎼 A tonalidade (Mi♭ maior):
A escolha de Mi bemol maior dá um caráter nobre, caloroso e até heroico, que lembra as grandes sinfonias que Beethoven escreveria depois.
🎼 Andamentos marcantes:
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Adagio — Allegro: uma introdução majestosa, seguida de um allegro animado e cheio de vivacidade.
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Andante con moto: um segundo movimento elegante e com passagens muito líricas.
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Menuetto (Allegretto): um minueto dançante, com um trio cheio de charme.
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Allegro: o final cheio de alegria e ritmo contagiante que fecha a sinfonia com energia.
🎼 O que a torna especial:
Esse equilíbrio entre força e doçura, entre passagens festivas e outras introspectivas, faz da Sinfonia nº 39 um exemplo da maturidade de Mozart como sinfonista. Ela soa moderna e cheia de contrastes, preparando o caminho para as sinfonias românticas que viriam a seguir.