quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Berlioz-Les nuits d été-Le spectre de la rose,

Em 1933 a 22 de Agosto  nasceu em Hatfield em Inglaterra  Janet Baker meio-soprano inglesa A sua carreira decorreu entre 1956 e 1982 do ponto de vista operístico  quando cantou  Orfeo e Euridice, em 17 de julho de 1982, em Glyndebourne, continuou contudo a realizar recitais de lieder por mais sete anos, aposentando-se em definitivo em 1989

Ei-la cantando em 1972 de Les nuits d été de Berlioz a segunda canção Le spectre de la rose

Le spectre de la rose” é a segunda canção do ciclo Les Nuits d’été (As Noites de Verão) de Hector Berlioz, composto em 1840 (primeira versão para voz e piano; depois, em 1856, orquestrado pelo próprio Berlioz). O ciclo é formado por seis mélodies (canções francesas eruditas), sobre poemas de Théophile Gautier, poeta romântico.

Contexto geral do ciclo

  • É considerado o primeiro ciclo de canções para voz e orquestra da história, antecessor de obras semelhantes de Mahler e outros.

  • Berlioz tinha grande afinidade com Gautier e sua estética romântica de sonho, nostalgia e sensualidade.

  • O título “Les nuits d’été” sugere um ambiente noturno, sonhador e melancólico, adequado ao romantismo francês.

Sobre “Le spectre de la rose”

  • Poema: Gautier escreveu este texto em que o fantasma de uma rosa fala à jovem que a usou como adorno em um baile.

  • A rosa, mesmo morta, sente-se orgulhosa de ter sido escolhida para dançar no cabelo da jovem e promete que o perfume de sua lembrança continuará a envolvê-la.

  • É um tema tipicamente romântico: a delicadeza da flor, a transitoriedade da beleza, e a fusão de morte e imortalidade pela lembrança amorosa.

Música de Berlioz

  • A atmosfera da canção é etérea, leve e flutuante, evocando tanto a leveza da flor quanto a presença sobrenatural do espectro.

  • O andamento é moderado e a orquestração transparente, com madeiras e cordas suaves criando um ambiente de perfume e sonho.

  • A linha vocal é ampla, lírica, com longas frases que exigem legato perfeito e sensibilidade ao texto.

  • Musicalmente, Berlioz evita dramatismos excessivos e aposta numa escrita etérea e graciosa, mas de grande emoção.

  • É talvez a canção mais famosa do ciclo, frequentemente executada de forma independente.

  • A fusão de poesia romântica e orquestração refinada mostra a genialidade de Berlioz em traduzir imagens poéticas em som.

  • O símbolo da rosa como algo frágil mas eterno pela memória amorosa faz da peça uma meditação sobre beleza, efemeridade e transcendência.


1 comentário:

Anónimo disse...

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