quinta-feira, 9 de julho de 2009

9 de Julho

  • No ano de 1924 nasceu em Bufalo o pianista americano Leonard Pennario. Aqui interpretando de Liszt a Sonata em ré menor S.178,
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  3. 3ªParte-

sábado, 4 de julho de 2009

,Sibelius-Sinfonia nº1 em mi menor op.39

  • No ano de 1900 foi estreada a versão final da Sinfomia nº1 de Sibelius, pela Filamónica de Helsínquia dirigida por Robert Kajanus. A primeira versão tinha sido estreada em 26 de Abril de 1899. 

A Sinfonia nº 1 em mi menor, op. 39, de Jean Sibelius, é uma obra de juventude que marca com força a entrada do compositor finlandês no cenário das grandes sinfonias europeias.

Contexto e estilo

  • Embora ainda influenciado por Tchaikovsky (especialmente pela sua 6ª sinfonia, a "Patética"), Sibelius já mostra nessa obra traços muito pessoais — paisagens sonoras vastas, intensidade emocional, dramatismo nórdico, e um uso do folclore finlandês não como citação literal, mas como essência estrutural e atmosférica.

    Estrutura (quatro movimentos)

    1. Andante, ma non troppo – Allegro energico
      Começa com um clarinete solo em pianíssimo, quase como uma névoa que se ergue antes da tempestade. O que segue é um movimento impetuoso, cheio de tensão rítmica e temas que evoluem como se fossem forças naturais.

    2. Andante (ma non troppo lento)
      Lírico, quase elegíaco. Uma melancolia que parece vir das florestas e lagos finlandeses. É como se ouvíssemos o coração de uma terra silenciosa e carregada de memória.

    3. Scherzo (Allegro)
      Tempestuoso, com ritmos cortantes e secções de grande energia. É uma dança selvagem — talvez o movimento mais "eslavo" da sinfonia — mas com uma assinatura rítmica que já é muito de Sibelius.

    4. Finale (Quasi una fantasia)
      O subtítulo já diz muito: é quase uma fantasia. Tem momentos de grande nobreza, outros de lamento intenso, e termina num gesto dramático que não resolve tudo, mas fecha com autoridade. Não há triunfo fácil aqui — há luta e dignidade.

    Importância

    • Marca a afirmação de Sibelius como sinfonista.

    • Já antecipa o seu afastamento do modelo germânico-romântico tradicional: menos desenvolvimento temático clássico, mais paisagens sonoras orgânicas.

    • É um grito de identidade: Finlanda, naquele tempo ainda sob domínio russo, encontrava em Sibelius uma voz musical nacional.






  • Aqui a interpretação e de Orchestre de Paris Paavo Järvi, conductor