sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Dvorak-Missa op 86

Em 1887 a 11 de Setembro estreia a Missa op 86 de A. Dvorák em Luzany,foi encomendado pelo arquiteto e patrono Josef Hlávka por ocasião da inauguração de sua capela do castelo recém-construída 

 Na primeira apresentação sob a direção do compositor na capela do palácio. Zdenka Hlávka, a esposa do cliente, e a esposa de Dvořák, Anna, cantaram as partes solo feminina.

Contexto e Criação

  • Dvořák escreveu a Missa com órgão e quarteto vocal solista (SATB) mais coro misto, sem orquestra, para adequar-se ao espaço modesto da capela.

  • Em 1892, ele fez uma versão orquestral (ampliando-a para uso concertístico), que hoje é a mais executada.

Estrutura

A missa segue o ordinário católico tradicional em seis movimentos:

  1. Kyrie – Calmo e meditativo

  2. Gloria – Vivo, com caráter jubiloso

  3. Credo – Amplo e afirmativo, com seções contrastantes

  4. Sanctus – Solene e luminoso

  5. Benedictus – Lírico, com solos vocais em destaque

  6. Agnus Dei – Suave e comovente, concluindo com serenidade

Estilo e Caráter

  • Dvořák emprega harmonia tonal clara, melodias cantáveis e calor lírico, características marcantes do seu estilo.

  • A escrita coral é sencilla, porém expressiva, sem a grandiosidade sinfônica de missas como a Missa Solemnis de Ludwig van Beethoven ou a Missa in B minor de Johann Sebastian Bach.

  • É muitas vezes descrita como intimista e devocional, refletindo fé pessoal mais que espetáculo litúrgico.

Curiosidades

  • A versão com órgão (1887) é menos conhecida, mas preserva a atmosfera íntima da estreia.

  • A versão orquestral (1892) foi publicada como Op. 86, enquanto a original com órgão não tinha número de opus à época.

  • Embora não tão célebre quanto os grandes oratórios de Dvořák (como o Stabat Mater), a Missa em Ré maior é hoje valorizada por sua beleza singela e espiritualidade sincera.

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